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Imagem: Divulgação/PlayStation

Review | Remake de Until Dawn: era melhor ter refeito Bloodborne

Com a chegada do novo Until Dawn, a conclusão é de que faltou bom senso por parte da Sony na hora de escolher qual jogo transformar em remake

Pedro Scapin •
16/10/2024 às 18h34, atualizado há um minuto
Tempo de leitura: 7 minutos

Lançamento do remake de Until Dawn é um desperdício de recursos da Sony

No ano de 2015, a Sony lançou dois jogos exclusivos para o PlayStation 4: Until Dawn e Bloodborne. Um acabou vendendo pouco mais de 4 milhões de cópias, e o outro superou 7.6 milhões em unidades vendidas.

Quase 10 anos depois, a mesma Sony resolve lançar um remake de um desses jogos, e, contrariando todos os indicadores de bom senso, o escolhido foi aquele que teve menos popularidade (em termos de vendas): Until Dawn.

Agora, depois de reviver a mesma história de quase uma década atrás, chegou a hora de trazer o meu veredito para o novo Until Dawn.

Muito mais bonito, mas nada além disso

A principal novidade desta nova versão de Until Dawn está em seus visuais, que foram completamente refeitos usando a Unreal Engine 5, e agora entregam uma experiência ainda mais cinematográfica do que existe no game original.

O trabalho feito pela Ballistic Moon é realmente esplêndido em termos gráficos, e Until Dawn se transformou em um dos jogos com melhor ambientação a que temos acesso atualmente, com direito a algumas melhorias significativas também nos modelos dos personagens e na iluminação como um todo.

O problema é que fora isso, Until Dawn é basicamente o mesmo jogo de 2015, com apenas alguns ajustes em termos de ponto de vista da câmera, no posicionamento dos totens que revelam prévias do futuro, e na adição de dois finais alternativos.

Until Dawn Remake novo ângulo da câmera
Imagem: Reprodução/PlayStation

A fórmula de escolha e consequência que o game ajudou a estabelecer quando foi lançado segue inalterada, e não da melhor maneira, pois as opções que temos em termos de história são as mesmas do jogo original, o que acaba sendo uma tremenda decepção para quem esperava por mais conteúdo original neste remake.

Nova câmera, velhos problemas

O que muda, de fato, é a perspectiva da câmera que acompanha a história do game, que na maioria dos momentos, passa a ser no estilo “sobre o ombro“, similar à existente em jogos como os God of Wars mais novos e o recém-lançado Silent Hill 2 (que inclusive tem muito o que ensinar a Until Dawn).

Esse novo formato é um grande acerto para este remake, pois, assim como o faz em Silent Hill 2, aproxima o jogador da ação, e em Until Dawn, ajuda a imergir quem está com o controle em mãos nas explorações e investigações que os personagens fazem em tela.

Screenshot do trailer de Until Dawn Remake
Imagem: Reprodução/PlayStation

Ou pelo menos deveria fazer isso, mas acaba sendo refém da mesma sensação de “ter cimento nas calças” dos personagens, que o jogo original também possui. É simplesmente um pesadelo andar pelos cenários, com movimentos lentos e, por muitas vezes, irreais. Isso sem falar na inexplicável decisão de não existir mais um botão para acelerar o passo dos protagonistas.

Não vale o preço cobrado

Para piorar a situação de Until Dawn, a Sony está cobrando o valor total de um lançamento AAA pelo remake. Isso não seria problema se o jogo de fato entregasse uma experiência totalmente renovada, com conteúdos novos, expansões ou coisas do tipo.

O mais grave é que estamos falando de um jogo que até teve seu relativo sucesso, mas nunca chegou a criar uma verdadeira base de fãs que vivessem pedindo por uma nova versão do original. Ou seja: quem já tem o game de 2015, não vai se interessar tanto pelo de 2024. E quem não tem, fará um investimento melhor escolhendo o primeiro.

Por que não Bloodborne, Sony?

Meme Bloodborne
Imagem: imgflip.com/Reprodução

O lançamento do novo Until Dawn só serve para colocar ainda mais pontos de interrogação na pergunta que vem assombrando os fãs e a própria PlayStation há anos: por que não temos uma nova versão de Bloodborne?

Assim como Until Dawn, Bloodborne também foi lançado em 2015, então o tempo já não é mais um argumento. Além disso, o próprio jogo original da Supermassive Games já roda melhor no PlayStation 5, enquanto o da FromSoftware segue preso nas amarras do PS4 e seus 30 FPS.

Tendo em vista o clamor popular que cerca um remaster, remake ou até mesmo uma sequência de Bloodborne, fica muito difícil, para não dizer impossível, de entender as escolhas feitas pela PlayStation nesse sentido.

Conclusão e nota de Until Dawn

Dotado apenas de melhorias gráficas e de uma nova perspectiva de câmera, a nova versão de Until Dawn não entrega, nem de perto, tudo que deveria em um pacote cujo preço se assemelha ao de lançamentos AAA atualmente.

Nota de Until Dawn Remake

Until Dawn foi jogado no PlayStation 5 com uma cópia cedida pela PlayStation. O jogo também está disponível para PC (via Steam e Epic Games Store).

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