Dead Rising Deluxe Remaster deve ser uma aprendizado para a Capcom em futuros jogos da franquia
Na minha prévia de Dead Rising Deluxe Remaster, trouxe uma opinião de que o jogo avançava em alguns aspectos, mas que tinha perdido uma excelente oportunidade de ser muito mais.
Agora, com a versão completa do game em mãos, chegou a hora de ver se mudei de ideia em relação ao que escrevi na prévia. Bora lá!
Definitivamente o mesmo feeling da prévia (e o de 2006)
Infelizmente, mantenho firmemente meu posicionamento em relação a Dead Rising Deluxe Remaster. O game tem, sim, algumas qualidades (das quais falarei posteriormente), mas preciso abrir este review sendo bastante honesto com vocês.
Ainda é muito divertido embrulhar zumbis na porrada, seja com um taco de beisebol, uma lixeira, ou até mesmo com armas de fogo. Mas isso não gera mais o mesmo engajamento que oferecia quase vinte anos atrás.
Essa defasagem de gameplay é muito marcante, e torna a experiência bastante repetitiva depois de apenas algumas horas no controle do jornalista Frank West.
Na mira, por exemplo, que é uma das novidades da remasterização, fica muito clara a limitação que o jogo de 2006 implica nesta nova versão, e mesmo que melhore o que foi feito anteriormente, ainda fica muito abaixo do que temos atualmente na indústria.
A Capcom até tentou com as melhorias de qualidade de vida que Dead Rising Deluxe Remaster entrega, mas acabou sendo só uma versão mais bonita do jogo original.
Gráficos formosos e uma dublagem bem brasileira
Se no gameplay, Dead Rising Deluxe Remaster não encanta, em termos de gráficos o jogo merece muitos elogios. A diferença em relação ao game de 2006 é brutal, e mesmo sendo uma remasterização, aqui o feeling é de algo muito mais próximo de um remake.
É claro que não estamos falando de um jogo nativamente desenvolvido para a geração atual de consoles e PCs, mas nas configurações máximas (que usei para o review no meu computador), temos um nível alto de visuais, começando pelo próprio modelo do protagonista e dos coadjuvantes, e passando por toda a ambientação do game.
Para completar o pacote estético, pela primeira vez na história desse país, a Capcom produziu uma dublagem em português do Brasil por conta própria (Dead Rising 3 e 4 foram dublados pela Microsoft na época). E o trabalho é muito bom!
Mais do que simplesmente traduzir as falas, a dublagem de Dead Rising Deluxe Remaster entrega uma adaptação fiel ao que temos aqui no país em termos de linguagem, aproximando bastante os jogadores dos dramas vividos pelos personagens no game.
Conclusão e nota de Dead Rising Deluxe Remaster
Apesar de muito bonito e com uma excelente dublagem, Dead Rising Deluxe Remaster deixa a desejar no quesito “modernidade”. Mesmo com boas melhorias de qualidade de vida, a essência do game é a mesma da presente no de 2006, e isso torna muito improvável que os jogadores se mantenham interessados por muito tempo, mesmo com os modos secretos que podem ser desbloqueados. Fica a sensação de que a Capcom deveria ter gasto essa energia em uma nova entrada para a franquia.
Este review foi produzido com uma cópia antecipada de PC fornecida pela Capcom. Dead Rising Deluxe Remaster chega em 18 de setembro de 2024 também para PlaytStation 5 e Xbox Series X|S.
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