O Pedro de 10 anos e também o de 33 agradecem por Astro Bot
Assim que comprei meu PlayStation 5, lá na época de lançamento, minha primeira experiência foi com o famigerado Astro’s Playroom, uma demonstração que já vinha no console, e que apresentava ao novo usuário as novidades que o DualSense traz para a atual geração da Sony.
Antes mesmo de colocar qualquer outro jogo para rodar, meu desejo era ter mais tempo com o Astro, e a Sony demorou, mas realizou meu sonho agora em 2024, com o lançamento de Astro Bot, uma aventura completa do robozinho, que me prendeu completamente do início ao fim.
Agora, 18 horas depois de começar o resgate de centenas de outros Bots, chegou o momento de trazer o meu veredito sobre Astro Bot.
O meu eu de 10 anos nem dormiria
Minha relação com o PlayStation é de longa data. Muito cedo, ganhei um PS1 de Natal e me apaixonei perdidamente pelo mundo dos games. Desde então, são mais de 20 anos curtindo as mais variadas franquias da Sony, e Astro Bot funciona como uma bela carta de amor a todos que vêm acompanhando a evolução dos consoles.
No game, acompanhamos uma jornada intergaláctica e interfranquias, em que o carismático Astro precisa resgatar 300 de seus amigos Bots que acabaram espalhados por vários mundos depois que a nave-mãe (que tem o formato de um PS5) deles foi atacada por uma terrível criatura espacial.
Daí para frente, o que Astro Bot entrega é referência atrás de referência aos quase 30 anos de PlayStation, misturando o resgate de Bots genéricos com os de personagens icônicos dessas três décadas. Nomes como Kratos, Spyro, Nathan Drake e muitos outros são salpicados pelas dezenas de fases que se apresentam ao jogador.
Diversão dos anos 1990, com gameplay e gráficos de 2024
O gameplay de Astro Bot é o ponto mais forte de um pacote bem completinho. Tudo começa com um estilo de plataforma e exploração em 3D que coloca o robozinho na busca por seus companheiros enquanto supera obstáculos naturais do cenário e a presença sempre hostil dos alienígenas que querem impedir os resgates. As fases são muito variadas e exploram bastante a criatividade do jogador para encontrar cada Bot e segredo escondidos.
Na maioria das fases, encontramos alguns poderes especiais que dão a Astro capacidades extras de navegação, combate e exploração. Luvas de boxe que ficam na ponta de braços capazes de se esticar, foguetes que saem de um lugar nada agradável do corpo de uma galinha e até mesmo uma transformação em uma espécie de esponja que absorve água e faz o protagonista crescer de tamanho.
Todas essas habilidades, aliadas ao senso básico de exploração dos cenários, compõem o ciclo de gameplay das fases de Astro Bot. Ao fim de cada uma delas, os colegas resgatados são enviados de volta ao local em que a nave-mãe caiu, e lá acontece mais uma camada interessante de jogabilidade.
Conforme vamos adicionando novos Bots à tripulação, também avançamos na exploração do local onde a nave-mãe caiu. Algumas áreas exigem determinadas quantidade de robôs para serem acessadas, e progressivamente vamos descobrindo cada vez mais cenários e até resgatando outros personagens perdidos.
Tanto nas fases, quanto no local de queda da nave, vamos encontrando também, peças de quebra-cabeças que formam grandes murais. Essas figuras, quando completadas, desbloqueiam novos recursos para Astro em seu “quartel-general” no espaço. Desde uma lojinha que complementa os mais de 100 personagens especiais de PlayStation até estações de personalização de uma nave em forma de DualSense que usamos para navegar pelas estrelas e do próprio protagonista.
Nas estrelas, inclusive, exploramos sete galáxias compostas por várias fases, que guardam, ao final, uma grande batalha contra um chefão e um estágio completamente especial baseado em franquias icônicas de PlayStation. Essas são ainda mais divertidas, pois concedem a Astro o visual e as habilidades dos personagens em questão. Não vou entrar em detalhes para não estragar a experiência de quem está lendo, mas meu coração ficava quentinho a cada referência.
E tudo que falei acima fica muito mais destacado pela maneira magistral que Astro Bot explora os recursos do DualSense. Isso já acontece em Astro’s Playroom, mas fica ainda melhor nessa segunda aventura. Cada interação do protagonista com os cenários é registrada e replicada de maneira específica. O caminhar pela neve ou pela grama, a chuva caindo, o som dos passos que saem do próprio controle ou dos fones de ouvido. Não há outro jogo no PS5 capaz de demonstrar melhor a magia do DualSense.
O pacote fica completo quando levamos em conta o visual esplendoroso de Astro Bot. Os gráficos que o estúdio Team Asobi conseguiu implementar nesse jogo são deslumbrantes. Não há uma fase sequer que você pode dizer que é feia. Tudo foi carinhosamente construído a fim de entregar um deleite visual que salta aos olhos de quem joga.
Conclusão e nota de Astro Bot
Quando ganhei meu PS1, 25 anos atrás, jamais imaginei que um dia teria um jogo com a diversão daquela época, mas com os gráficos e recursos do PlayStation 5. Astro Bot me deixou sorrindo por 100% da minha jogatina, e em momento algum me fez correr para terminar uma fase ou reclamar de ter que rejogar algumas delas quando morria. O review está pronto, e agora, se vocês me permitem, voltarei para buscar mais uma Platina.
Astro Bot foi jogado no PlayStation 5 por meio de uma cópia antecipada cedida pela Sony. O game será lançado em 6 de setembro.
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