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Black Myth Wukong
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Imagem: Divulgação/Game Science

Review | Black Myth Wukong traz o melhor e o pior de um soulslike

Black Myth Wukong acabou sendo desequilibrado entre o bom e o ruim Este review de Black Myth Wukong já começa afirmando que, sim: é soulslike! O termo em si evoca uma sensação de que se trata de algo parecido com os jogos "Souls" criados pela FromSoftware. Não uma cópia 100% fiel, mas com muitos dos elementos que ajudaram a consagrar um subgênero que começou com Demon's Souls. E agora, 36 horas depois de iniciar minha jornada na pele do Predestinado, chegou o momento de trazer o meu veredito.

Pedro Scapin •
29/08/2024 às 12h29, atualizado há 20 dias
Tempo de leitura: 8 minutos

Black Myth Wukong acabou sendo desequilibrado entre o bom e o ruim

Este review de Black Myth Wukong já começa afirmando que, sim: é soulslike! O termo em si evoca uma sensação de que se trata de algo parecido com os jogos “Souls” criados pela FromSoftware. Não uma cópia 100% fiel, mas com muitos dos elementos que ajudaram a consagrar um subgênero que começou com Demon’s Souls. E agora, 36 horas depois de iniciar minha jornada na pele do Predestinado, chegou o momento de trazer o meu veredito.

Combates empolgantes, exploração broxante

Como um soulslike, Black Myth Wukong é composto por um ciclo de gameplay permeado por combate contra inimigos menores, exploração dos ambientes e batalhas mais complexas contra chefões. E essa rotina é responsável por me dar munição para escolher o título deste review.

Começando pelo lado positivo, o combate de Black Myth Wukong é extremamente divertido quando feito contra os chefões que encontramos pelo caminho. E o estúdio Game Science não poupou esforços para rechear seu game com batalhas memoráveis contra figuras variadas da mitologia chinesa. Pode parecer exagero, mas, em média, parecia que a cada cinco inimigos encontrados, um era um boss.

As batalhas contra chefões são, de longe, o ponto mais forte do jogo. A absurda quantidade de inimigos poderosos trouxe momentos realmente marcantes durante minha jornada. E a grande maioria desses confrontos levou Black Myth Wukong o mais próximo possível dos jogos da FromSoftware, com alguns deles superando as lutas mais complexas do estúdio japonês.

O combate é composto por ataques e combos leves e pesados, espalhados por três posturas diferentes, e salpicado pelo uso de magias especiais e transformações em alguns dos chefes derrotados anteriormente, que dá ao jogador não só a aparência do antigo inimigo, mas as armas e habilidades também. Isso ajudou a tornar os embates posteriores sempre renovados e divertidos.

No entanto, o ciclo de poucos inimigos comuns e muitos chefões foi uma grande montanha russa, pois, ao mesmo tempo que formou sequências incríveis de batalhas absurdas, também entregou momentos de travessia em altíssima velocidade do personagem pelo cenário em questão, o que me dá o gancho necessário para começar a falar de um ponto que muito me incomodou no game: a exploração.

black myth wukong
Imagem: Divulgação/Game Science

São anos jogando as criações da FromSoftware (e de outros estúdios que vieram na sequência), vivenciando aquilo que de melhor existe no mercado em termos de level design e exploração. Os mapas de Dark Souls, Bloodborne, Sekiro: Shadows Die Twice e principalmente Elden Ring, me deixaram mal acostumado, e Black Myth Wukong falhou gravemente em replicar esse ponto.

Os cenários, no geral, são rasos e com pouca ou quase nenhuma exploração fora da linha principal de avanço em direção ao próximo chefão. Para piorar, não são poucas as temíveis e ultrapassadas “paredes invisíveis“, algo que víamos muito nas gerações passadas de videogames, e incomodam bastante enquanto impedem bruscamente o caminho do Predestinado.

Mesmo que em alguns momentos eu tenha encontrado personagens e áreas inteiras escondidas, esses foram exceção e não a regra. Por conta da magnífica e gigantesca mitologia que deu origem ao game, esperava mais nesse cenário.

Como diria a Pirelli: “potência não é nada sem controle”

Imagem de Black Myth Wukong
Imagem: Divulgação/Game Science

Desde que foi mostrado ao mundo, Black Myth Wukong chamou muito a atenção do mundo dos games por conta de gráficos e visuais deslumbrantes, e o produto final entregue pela Game Science de fato chegou a um nível dentre os melhores presentes na atualidade.

Só que isso se traduziu em um problema muito grande em termos de performance do game, tanto no PlayStation 5 quanto no PC, que foi onde joguei para preparar este review. Mesmo com uma máquina relativamente potente, e seguindo as configurações recomendadas pelo estúdio, foram constantes as quedas de quadros por segundo, e principalmente durante as cutscenes.

Durante as batalhas contra alguns chefões, os efeitos pirotécnicos que têm a missão de dar um tempero extra à luta, em alguns momentos pareciam pesar na performance do game. O mais estranho é que isso não era algo certo, e podia acontecer em uma tentativa, mas não na próxima.

Imagem promocional de Black Myth Wukong
Imagem: Divulgação/Game Science

Esse problema de otimização do game impacta diretamente na experiência, que, ainda que tenha sido majoritariamente fluida no meu caso, me tirou da imersão da história quando o FPS caía de 120 para incríveis vinte e poucos, quase chegando a “crashar” o aplicativo da Steam.

Conclusão e nota de Black Myth Wukong

A enorme expectativa sobre Black Myth Wukong foi parcialmente correspondida com o game final, mas penso que os problemas que o jogo apresentou acabaram tirando pontos demais da experiência que poderia ter sido. Ainda que a Game Science consiga resolver a questão da performance, a fraca exploração dos cenários é algo irremediável e lamentável por não atingir o potencial que tinha.

Por outro lado, as batalhas contra chefões foram de tirar o fôlego, variadas e desafiadoras. O sistema encontrado pela Game Science misturando o combate corpo a corpo com o uso de magias e transformações criou um pacote redondinho que casou perfeitamente com as memoráveis lutas contra os bosses.

Nota de Black Myth Wukong

Black Myth Wukong foi jogado no PC (via Steam). O game também está disponível para PlayStation 5.

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