“Primo pobre de Astro Bot”, Akimbot relembra os tempos de PS1 e PS2
O mundo pode estar falando apenas de Astro Bot no momento, mas um outro robô também chegou aos consoles e PCs recentemente, trazendo, assim como seu colega mais badalado, um sentimento de muita nostalgia.
Akimbot é uma clara homenagem aos jogos de plataforma do primeiro PlayStation e até do PlayStation 2, inspirado em nomes como Ratchet & Clank e Jak & Dexter, mas será que consegue entregar apenas uma cópia ou se destaca de alguma maneira?
Bem, depois de sete horas no controle de Exe, e na companhia de Shipset, chegou o momento de trazer o meu veredito para Akimbot.
Me senti com um DualShock em mãos
Akimbot evoca, logo de cara, uma sensação de se estar ligando o PlayStation numa manhã preguiçosa de sábado, nos anos 1990. O visual cartunesco, o level design das fases e até um infame caso de “screen tearing” ajudam a trazer de volta memórias da minha infância.
O gameplay de Akimbot é relativamente simples, e realmente relembra os áureos tempos dos clássicos Ratchet & Clank e Jak & Dexter, com fases compostas por muita travessia de plataformas aliadas a um constante tiroteio contra os inimigos que surgem pela frente.
Não é nada muito fora dos padrões, e isso acaba colocando Akimbot numa prateleira abaixo dos jogos em que se inspira, mesmo porque até o próprio Ratchet & Clank já seguiu adiante, e ainda que as comparações com Em Outra Dimensão sejam injustas em termos de orçamento, o estúdio Evil Raptor poderia ter buscado mais elementos que fizessem o jogo se destacar por si só.
Deixando a inovação de lado, Akimbot entrega uma experiência bem satisfatória e nostálgica para o público certo, e sua mistura de saltos calculados pelos cenários, com uma variedade justa de armas e habilidades especiais, faz com que quem esteja com saudades do que vivemos no PS1 e no PS2 tenha uma nova solução.
Muito humor e screen tearing
A dupla de protagonistas, Exe e Shipset, entrega uma dose cavalar de piadas e bom humor ao longo da campanha de Akimbot, e acaba acertando mais do que errando no tom das sacadas e na constante troca de farpas entre si.
O que também acompanha Akimbot do início ao fim são dois problemas bem incômodos de performance, principalmente um screen tearing que afeta a imagem a cada vez que se mexe na câmera para cima ou para baixo.
A constância desse screen tearing é tão alta que chega a parecer que a Evil Raptor colocou isso como um recurso de nostalgia aos games do passado, mas seria bem estranho isso acontecer sem uma opção de desabilitar a função.
Outro ponto que parece ter saído direto do PS1 é a pobre execução do “draw distance“, que acaba entregando cenários envoltos em uma névoa sem fim, e com os clássicos “pop-outs” de elementos que compõem as fases.
Conclusão e nota de Akimbot
Akimbot funciona como uma homenagem aos jogos de Ratchet & Clank do PS2 e outros jogos desse gênero até mesmo do PS1, mas acaba não entregando nada que o faça ser algo próprio dentro dessa turma. No geral, serve mais como uma injeção de nostalgia para quem estava com saudades das jogatinas de sábado de manhã sem escola.
Akimbot foi jogado no PlayStation 5 por meio de uma cópia cedida pela PLAION. O game também está disponível para Xbox Series X|S e PC.
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