A diversão em Dead Rising Deluxe Remaster não é tão diferente do game original
Quando a Capcom anunciou Dead Rising Deluxe Remaster, pensei que seria um jogo difícil de adaptar para os dias atuais, mesmo que essa nova versão seja mais do que apenas um “tapa no visual“. Estamos falando de um game de 2006, quando as expectativas do mercado eram outras, e o gameplay apresentado no original, podia ser encarado como suficiente para a época.
No entanto, quase 20 anos depois, Dead Rising Deluxe Remaster entrega, sim, um upgrade gráfico considerável, mas falha nas tentativas de aplicar melhorias de qualidade de vida, que podem tornar a experiência tão melhor assim para justificar a nova versão.
Só um rostinho bonito
Dead Rising Deluxe Remaster realmente cumpre a promessa de dar nova vida aos gráficos do game original. Os modelos de personagens, texturas e ambientação como um todo são consideravelmente mais bonitos e detalhados. O trabalho aqui é de se aplaudir, pois parece, de fato, um jogo lançado para a atual geração de consoles e PCs, mesmo que não atinja níveis de Hellblade 2, por exemplo.
No entanto, apesar das muitas e consideráveis atualizações e melhorias de qualidade de vida implementadas pelo Remaster, o que temos, pelo menos no curto tempo de jogo disponibilizado pela Capcom para este preview, é uma experiência que, mesmo que mais fluida, ainda evoca bastante os sentimentos que tive ao jogar o game original.
Isso vale para o Modo 72 horas do game, o único disponível para teste na prévia. E, mesmo assim, contando com apenas uma parcela deste tempo, válido para ser analisado; fica claro que uma experiência maior, com o jogo completo, pode trazer outras impressões. Mas nesse primeiro momento, senti que em termos de gameplay, Dead Rising Deluxe Remaster ficou devendo upgrades mais sensíveis. Compreensível, pois não se trata de um remake completo, apenas uma remasterização.
Ainda muito divertido
Se por um lado o game não passou um feeling mais moderno, pelo outro, Dead Rising Deluxe Remaster também tem a ganhar com isso, pois é tão divertido quanto era há quase 20 anos. A sensação de sair demolindo zumbis em um shopping ainda é bastante divertida, principalmente pela mecânica insana de transformar quase tudo pela frente em uma arma em potencial nas mãos de Frank.
As melhorias de controle, principalmente a possibilidade de se mexer enquanto mira e o indicador de durabilidade das armas, trouxeram um respiro interessantes para o gameplay, ainda que não sejam recursos extremamente vanguardistas, como falei anteriormente.
No curto tempo de testes, me senti transportado para 2006, quando me diverti bastante com o Dead Rising original, mas não com a mesma intensidade, algo que só consigo justificar pela modernização dos jogos; e também pelo fato de que a simples premissa de sentar a mão em zumbis não é mais suficiente para me entreter.
Conclusão
Dead Rising Deluxe Remaster surpreendeu nas melhorias gráficas, mas, no curto trecho de gameplay disponível para o preview, não entregou material suficiente para ser tão mais interessante do que já era em sua versão original.
Este preview foi produzido com uma cópia antecipada de PC fornecida pela Capcom. Dead Rising Deluxe Remaster chega em 18 de setembro de 2024 também para PlaytStation 5 e Xbox Series X|S.
Leia mais
- Review | The Crush House: mistérios, pegação e muito suco
- Review | Cat Quest 3: por miaus jogos assim
- Review | Nobody Wants to Die segura a mão demais para chamar de ‘mistério’