Uma jornada empolgante e miauravilhosa define Cat Quest 3
No meio de tantos lançamentos pesados na indústria de games, como Final Fantasy 7 Rebirth e a DLC de Elden Ring, Cat Quest 3 aparece como um oásis no meio de jogos que costumam demandar mais tempo e atenção, em uma proposta mais simples, mas sem deixar de ser profundo ao seu modo.
Depois de passar cerca de 12 horas velejando pelo Miauribe, chegou a hora de trazer o meu veredito sobre Cat Quest 3.
Tesouros perdidos, criaturas de outro mundo e a boa velha briga de gato e rato
Em Cat Quest 3, encarnamos um protagonista escolhido para ser o próximo de uma longa linhagem de criaturas especiais capazes de encontrarem o Tesouro do Norte, algo elusivo que muitos creem ser apenas uma lenda. Ao lado do carismático Capitão Chapelinho, que nos auxilia com alguns conhecimentos sobre o mundo do game, mas mantém um segredo particular, embarcamos literalmente em uma jornada regada a bom-humor e reviravoltas interessantes.
Ao longo da aventura, vamos descobrindo, ao lado de nosso herói, que o Miauribe é muito mais do que aparenta ser no início, e que uma simples briga de gatos e ratos é apenas a ponta do iceberg. O game surpreende a cada vez que velejamos mais longe do ponto central onde temos acesso a um hub de missões secundárias e upgrades para armas, equipamentos e feitiços.
Logo de cara somos incumbidos da missão de encontrar o tal Tesouro do Norte, mas descobrimos que não somos os únicos atrás desse objetivo. Então passamos por diversas ilhas, maiores e menores, ao longo de um mapa que se estende aos quatro cantos, reservando surpresas a cada destino alcançado.
Esse fluxo da história de Cat Quest 3 me prendeu com garras afiadas, e gostei de cada momento passado com a história do game, que ainda termina com um turbilhão de emoções e… bem, vou deixar vocês descobrirem por si próprios o que acontece no final da aventura. Vale a pena!
Um combate completo, tanto em alto mar, quanto em terra firme
Além da exploração e da história, Cat Quest 3 tem um outro pilar muito importante: o combate. No game, isso é dividido em duas frentes, que acontecem em terra firme, com uma mistura de ataques corpo a corpo, feitiços, armas de fogo e esquivas, além de uma extensão da batalha para a parte aquática, que acontece a bordo de nosso navio.
Ambos esses aspectos podem, e devem, ser melhorados para que a progressão em Cat Quest 3 siga de maneira fluida e divertida. Como o mapa do game é aberto desde o início, é possível acabar indo parar em locais com inimigos muito mais poderosos que seu personagem naquele momento, resultando em uma inevitável e rápida morte.
Não é difícil de entender qual o caminho mais indicado a se seguir, uma vez que inimigos muito mais poderosos são indicados com um marcador de nível acima da cabeça, facilitando sua percepção de que ali não o lugar ideal naquele ponto do game.
Falando mais especificamente do combate em terra firme, Cat Quest 3 oferece uma boa variedade de armas, em categorias diferentes, como espadas, machados, cajados e escudos, cada uma com atributos, move sets e habilidades distintas. As armas podem ser melhoradas na ilha central em troca de moedas de ouro, mas também podem ganhar upgrades automáticos se você encontrar versões repetidas delas pelo caminho. Isso também vale para os equipamentos que o protagonista pode equipar.
Essa constante descoberta de novas armas, armaduras e habilidades me forneceu uma experiência sempre divertida, nunca entediante, em que pude usar e testar todas até encontrar uma build que mais me agradasse, uma vez que é possível selecionar um item para atacar no corpo a corpo e mais um para disparar projéteis, sejam mágicos ou balas de fogo.
Em alto mar, as batalhas são mais simples, contra outros navios, mas também reservam desafios mais intensos contra embarcações mais poderosas, e até mesmo um chefão secreto e opcional que se provou o mais difícil de derrotar no game. Os upgrades e novas habilidades adquiridas para meu possante se provaram, assim como no combate mano a mano, indispensáveis, e ajudaram bastante nas batalhas.
Os inimigos não são molezinha, e isso me surpreendeu positivamente, principalmente os chefões, que entregam batalhas desafiadoras na maioria das vezes, e chegaram a evocar uma leve sensação de se estar jogando um soulslike. Uma pena que os confrontos finais acabaram sendo muito mais simples e triviais do que eu esperava, muito por conta de uma inexplicável explosão de experiência que obtive na área derradeira, o que me fez subir praticamente 10 níveis, aumentando também os atributos principais do meu personagem.
Uma trilha sonora que se miautém na cabeça e um bom-humor memorável
Parece que as 12 horas que levei para terminar Cat Quest 3 se multiplicaram na minha cabeça, pois as deliciosas musiquinhas que vão nos acompanhando ao longo da aventura, principalmente em alto mar, cavaram um buraco fundo na minha memória, e muitas vezes me pego, até mesmo dias depois de ter parado de jogar, cantarolando e assobiando pela casa.
O mesmo vale para o tom bem-humorado que a história possui, entregando tiradas divertidas e trocadilhos miauravilhosos em nomes e termos usados pelos personagens e até para definir a alcunha dos locais que visitamos. Isso me fez ler com muito interesse cada conversa e descrição de itens, pois sempre havia um gracejo à espera.
Conclusão e nota de Cat Quest 3
Definitivamente, Cat Quest 3 é uma experiência que surpreende a todo momento, seja através do bom-humor e dos trocadilhos, das canções que não saem da cabeça, dos combates desafiadores ou de uma história repleta de reviravoltas e mistérios, recheada de momentos que me fizeram sorrir de empolgação e ansiedade para saber o que iria acontecer na sequência. Que bom que existem dois jogos anteriores, e que venham outros miaus pela frente!
Este review foi produzido com uma cópia antecipada de Nintendo Switch fornecida pela Kepler Interactive. Cat Quest 3 chega em 8 de agosto de 2024 também para PlaytStation 4 e 5, Xbox One e Series X|S e PC.
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