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Entrevista
Imagem: Divulgação/Ubisoft

'A comunidade brasileira cresceu junto conosco e sempre nos apoiou muito', diz gerente de marca de Brawlhalla

Conversamos com o gerente de marca de Brawlhalla sobre o jogo, a comunidade brasileira e a importância do modelo de negócios do título

Igor Pontes •
18/10/2024 às 18h26, atualizado há 2 meses
Tempo de leitura: 12 minutos

Conversamos com Joshua Kenneth, de Brawlhalla, na BGS 2024

Durante a Brasil Game Show 2024 tivemos a oportunidade de conversar com Joshua Kenneth, gerente de marca de Brawlhalla na Ubisoft, sobre o sucesso do jogo e como ele conseguiu se manter ao longo dos anos como um título com uma comunidade sólida, além da relação com o Brasil.

Primeiro, comentamos sobre como Brawhalla continua ativo e com uma base sólida de jogadores até hoje. Ativo desde 2015, Brawlhalla se manteve sólido e sobreviveu ao teste do tempo, com 9 anos em atividade. Por isso, comentamos sobre a importância do título ser gratuito. “Foi muito importante desde o início que o jogo fosse o mais acessível possível. Queríamos que todo mundo pudesse jogá-lo. Por isso, ele é free-to-play, e não há como comprar poder no jogo. Você só pode comprar itens cosméticos para parecer mais legal, o que pode fazer você se sentir mais poderoso, mas isso não afeta a jogabilidade de forma alguma. E isso sempre foi muito importante para nós. Isso também reflete na nossa abordagem com os esports. Nossos torneios de esportes eletrônicos são gratuitos para entrar, e todos podem competir. Esse sempre foi um grande pilar para nós ao longo do tempo.”

Brawlhalla
Imagem: Divulgação/

Kenneth continua, explicando que eles conseguiram manter a longevidade dando um passo de cada vez. “A forma como gerenciamos isso foi crescendo devagar. Começamos com uma equipe muito pequena, de apenas quatro pessoas. Fui a 20ª pessoa a ser contratada, e jogo desde 2015. Crescemos de forma controlada, garantindo que o jogo fosse o melhor possível para a comunidade que o jogava. Prestamos muita atenção ao que os jogadores estavam dizendo e, apesar de termos nossa própria visão, sempre consideramos o feedback da comunidade. Isso foi essencial para Brawlhalla. Claro, cada jogo é diferente, com objetivos diferentes, mas, para nós, sempre foi sobre facilitar o acesso e garantir que a comunidade se sentisse ouvida, porque eles são realmente ouvidos.”

O renascimento dos jogos de luta de plataforma

Outro ponto que conversamos sobre, foi sobre como os jogos de luta de plataforma fazem parte de um nicho, e tem um público bem específico, que anteriormente, só tinha a franquia Super Smash Bros. como principal referência. Por isso, perguntei como ele encarava a posição de Brawlhalla no cenário atual, com outros títulos como MultiVersus fazendo sucesso. “Sim, eu, honestamente, como fã de jogos de luta de plataforma, adoro que existam mais jogos agora. Porque você tem razão, começamos em 2015, certo? Estamos prestes a completar nove anos, o que é louco de pensar. Eu estive aqui o tempo todo. E, como fã desse gênero, estou muito animado com a direção que as coisas estão tomando”.

Brawlhalla
Imagem: Divulgação/Ubisoft

Kenneth ainda cita nomes como Nickelodeon All-Star Brawl como exemplo de outros jogos que fazem parte dessa comunidade. “Você mencionou Multiversus, mas também temos Rivals of Aether 2 chegando, feito por Dan Farnasi, que é um cara incrível. E antes disso, tivemos Nickelodeon All-Star Brawl. É ótimo, honestamente, adoro isso. Como você disse, antes era só o Smash Bros. quando as pessoas pensavam em jogos de luta de plataforma. Mas agora, com mais jogos como Brawlhalla estabelecidos, parece que estamos vivenciando uma espécie de renascimento dos jogos de luta de plataforma, com muitos jogos incríveis surgindo e realmente estabelecendo o gênero, que antes era considerado nicho. Agora está sendo estabelecido na comunidade de jogos de luta como um gênero respeitável e divertido de se jogar.”

As várias colaborações em Brawlhalla

Durante a nossa conversa, também falamos um pouco sobre as mais variadas colaborações com outras franquias que Brawlhalla possui. De Tartarugas NinjasWWE, existem muitos nomes que chamam atenção do público. Contudo, como Kenneth me explica, existe também um pouco do gosto pessoal dos membros do Blue Mammoth Games. “Bem, são duas coisas. Primeiro, você está absolutamente certo: quando temos personagens como John Cena e The Rock da WWE lutando contra Rayman, Darth Vader e Mega Man — isso já é uma frase maluca de se dizer isso obviamente é importante para a marca. Mas também é resultado de nós, como desenvolvedores, tentando colocar nossos personagens favoritos no jogo”. 

Brawlhalla
Imagem: Divulgação/Ubisoft e Capcom

O gerente de marca ainda comenta que sobre como Mega Man, a colaboração mais recente a chegar no jogo, era um personagem querido da infância do diretor de arte de Brawlhalla, e que foi devido à franquia da Capcom, que ele se especializou em ilustração. “Temos histórias assim para praticamente todas as nossas colaborações. Para mim, foi um sonho realizado ter Avatar no jogo. E também o Master Chief, Mega Man, Darth Vader e Bob Esponja. São todos sonhos realizados para mim e para muitos dos desenvolvedores. Trabalhamos em estreita colaboração com os detentores de direitos autorais, como a Capcom, para garantir que esses personagens sejam exatamente o que as pessoas esperam. E isso acaba sendo algo muito legal para as pessoas falarem e jogarem Brawlhalla, vendo essas batalhas fantasiosas se tornando realidade”.

A primeira vez no Brasil e a importância da comunidade brasileira

Outro ponto que conversamos, foi sobre essa ser a primeira vez que um representante de Brawlhalla esteve presente no Brasil. Comentamos sobre o quão importante é para o jogo, ter uma presença forte na América Latina. “O Brasil e a América Latina têm sido muito importantes para nós. Estamos prestes a completar nove anos, e, durante todo esse tempo, a comunidade brasileira cresceu junto conosco e sempre nos apoiou muito. Tanto que, em 2016, voamos alguém do Brasil para representar a comunidade no nosso primeiro campeonato mundial. Queríamos garantir que fosse um campeonato mundial de verdade, com o Brasil representado. E isso continua até hoje. No ano passado, o campeão mundial foi um jogador brasileiro, e o segundo lugar também. Isso mostra o quanto a comunidade tem sido importante para nós.”

Brawlhalla
Imagem: Divulgação/Ubisoft

Kenneth ainda fala sobre como é importante criar essa ponte entre os desenvolvedores e a comunidade, e estar presente fisicamente em eventos como a BGS. “Não queremos apenas ouvir o que eles dizem enquanto estamos nos Estados Unidos, mas também estar presentes fisicamente, como agora, no Brasil, oferecendo conteúdo especial, como o próximo personagem, King Zuva, para que a comunidade daqui possa experimentar antes de todo mundo. Nosso novo personagem só será jogável aqui na BGS até o lançamento oficial. É uma forma de retribuir e mostrar nosso apoio a uma comunidade que tem sido tão boa para nós por tantos anos.”

Comentamos até mesmo sobre Vivi, personagem de Brawlhalla, que é brasileira. Segundo Kenneth, um trabalho extenso foi feito para que ela fizesse jus a comunidade brasileira. “Ela foi nossa 62ª lenda, então a equipe já está muito experiente nisso. O que acontece é que nossa equipe de design e nossos animadores principais fazem muita pesquisa para garantir que, quando criam um personagem, ele seja devidamente representativo da cultura de onde vem. Queremos que os jogadores possam olhar para o personagem e dizer “ei, isso é como eu”. Esse é um momento muito especial. No caso da Viv, trabalhamos em estreita colaboração com a equipe da Ubisoft Brasil, mostrando a personagem para eles bem cedo, para garantir que ela estava no caminho certo. A resposta foi muito positiva.”

brawlhalla
Imagem: Divulgação/Ubisoft

Kenneth continua explicando que o feedback foi essencial para continuar o trabalho. “Um dos feedbacks mais engraçados foi quando alguém mencionou “eu conheço cinco pessoas chamadas Viv”, e isso nos deu ainda mais confiança de que estávamos no caminho certo. O lançamento dela foi muito bem recebido. Inclusive, após o lançamento, tivemos um evento de treinamento de capoeira para influenciadores em São Paulo, onde eles aprenderam alguns dos movimentos que a Vivi faz em Brawlhalla. Eu queria muito participar, parecia muito divertido! Enfim, é assim que trabalhamos: com muito estudo e atenção aos detalhes, conseguimos criar personagens incríveis.”

Trabalhando para manter Brawlhalla renovado

Kenneth também comentou comigo sobre como é incorporar o feedback da comunidade, agora que ela é bem maior do que na época do lançamento de Brawlhalla, em 2015. “Sim, isso se tornou mais desafiador hoje em dia, porque o jogo está muito maior do que era em 2015, 2016. Naquela época, podíamos observar um único canal e entender o que todos estavam dizendo. Agora, temos que olhar para diversos canais e em várias línguas para captar o que a comunidade está nos dizendo como um todo. É muito trabalho, mas também é um trabalho muito importante, para garantir que, quando estamos balanceando o jogo ou adicionando novos recursos, isso reflita o que a comunidade deseja ou o que percebemos que eles querem.”

Brawlhalla
Imagem: Divulgação/Ubisoft e Capcom

O gerente de marca ainda comentou sobre algumas mudanças visuais para ajudar a renovar o espírito de Brawlhalla após tanto tempo. “Por exemplo, acabamos de revelar que nosso novo design de interface será lançado com o patch do King Zuva. Ninguém estava especificamente pedindo uma nova interface, mas percebemos que algumas pessoas estavam começando a sentir que o jogo parecia estar ficando “velho”, com quase nove anos”.

Kenneth continua, explicando a forma como eles trabalham. Então, pensamos: como podemos transformar essa percepção em algo positivo para a comunidade? No ano passado, lançamos um novo logotipo, que deu uma renovada na marca, e agora estamos renovando a interface dentro do jogo, para que, quando as pessoas entrem, não sintam que estão jogando algo de nove anos. Então, é assim que trabalhamos: filtramos as ideias principais e também temos nossas transmissões semanais ao vivo, onde discutimos as atualizações de Brawlhalla e recebemos feedback direto da comunidade. Isso ajuda muito a entender o que eles querem.”

Brawlhalla está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch, iOS e Android.

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