Game Arenagamearena.gg

Busca

Games

Hotel Mario
Colunas
Pérolas da 10ª Arte – Hotel Mario

Pérolas da 10ª Arte - Hotel Mario

Quando o Mario poder de Mario era fechar portas Todos nós já tomamos decisões ruins nessa vida. É humanamente impossível passar pelo processo de amadurecimento sem deixar alguns arrependimentos pelo caminho. Mas quase ninguém precisa conviver com o fato de feito uma escolha errada que tenha custado a liderança do mercado mais lucrativo da indústria do entretenimento.

Marcellus Vinicius •
18/07/2023 às 23h05, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 7 minutos

Quando o Mario poder de Mario era fechar portas

Todos nós já tomamos decisões ruins nessa vida. É humanamente impossível passar pelo processo de amadurecimento sem deixar alguns arrependimentos pelo caminho. Mas quase ninguém precisa conviver com o fato de feito uma escolha errada que tenha custado a liderança do mercado mais lucrativo da indústria do entretenimento.

É com esse fardo que a Nintendo precisou conviver nos anos 90, quando precisou investir em uma parceria para um console que rodasse jogos em CD. De um lado, estava a Sony com protótipos do que viria a ser o PlayStation. Do outro, a Philips, que investiria em um console próprio, o CD-i. Como estamos falando de arrependimentos, nem precisou dizer em qual a Nintendo resolveu apostar todas as fichas.

Leia mais

Philips CD-i
Philips CD-i

O Philips CD-i é um desastre conceitual que surgiu em meio a essa colaboração com a Nintendo, o que permitiu que o novo console de CD recebesse jogos licenciados de franquias famosas da gigante japonesa. Essa parceria rendeu três jogos da série Zelda – um deles, Wand of Gamelon, já foi estrela desta coluna – e um novo título do Mario, personagem mais famoso dos videogames. E é neste último que vamos mergulhar a partir de agora.

A pérola da décima arte de hoje é um dos piores usos de personagem licenciado da história dos videogames: Hotel Mario!

Do que se trata

Desenvolvido pela Fantasy Factory e publicado em junho de 1994 pela própria Philips, com vista grossa da Nintendo, Hotel Mario é um jogo exclusivo de CD-i que apresenta os personagens do Reino dos Cogumelos em uma aventura inédita. Na história, Bowser escondeu a princessa Peach em um dos 7 prédios da rede de hotéis da qual ele é dono, e cabe aos irmãos Mario e Luigi revirar cada um deles para resgatar a monarca.

A trama é contextualizada dentro do jogo através de cenas animadas (cutscenes), que parecem ter se inspirado no desenho animado para televisão do Mario, que fez relativo sucesso no começo dos anos 90. O resultado dessas cutscenes é pitoresco, para dizer o mínimo, e foi matéria-prima de muitos memes entre fãs do mascote da Nintendo.

Não há qualquer explicação plausível sobre o motivo do Bowser ser dono de uma rede de hotéis, ou por que ele escondeu a Peach nesses prédios em vez de apenas deixá-la no próprio castelo como de costume. Como toda grande arte, Hotel Mario deixa lacunas que só podem ser preenchidas pela imaginação.

O que você faz no jogo

Na prática, Hotel Mario não lembra em quase nada o que se espera de um jogo do Mario. As fases são hotéis de vários andares com uma série de portas por onde os inimigos saem. O estágio é concluído sempre que Mario consegue fechar todas as portas, prosseguindo assim para o novo desafio.

Se formos comparar com algum jogo da Nintendo, Hotel Mario está mais próximo de uma experiência de fliperama como Donkey Kong e o primeiro Mario Bros, mas sem o mesmo refinamento. A composição visual das fases é uma baderna, as músicas são extremamente enjoativas e a jogabilidade ficou muito limitada pelo esquisitíssimo conceito de andares e portas que foi adotado.

Cada hotel é gerenciado por um dos filhos do Bowser, que aparece como um obstáculo final separando os episódios e ambientes do jogo. Mas as batalhas de chefe nada mais são do que fases normais com o rival da vez tentando te atrapalhar a fechar as portas. O que nos leva à questão: que diferença faz para eles ou para a Peach se essas portas estão abertas ou fechadas? Novamente, lacunas se oferecem ao exercício especulativo.

O impacto estético

Além de render muitos memes pela bizarrice toda do conceito, Hotel Mario é, assim como os Zeldas de CD-i, o retrato de uma das apostas mais alopradas da Nintendo. É o legado de uma época em que, assim como hoje, a empresa se esforçava para emplacar as franquias de sucesso em outras mídias e formados. Foi nesse embalo que tivemos, além dos jogos com a Philips, os programas de televisão e o famigerado filme do Mario com atores reais, em 1993.

É evidente que a Nintendo não se orgulha da escolha que fez entre PlayStation e CD-i. Mas e quanto aos arrependimentos da Philips? Porque, veja bem, a empresa teve na mão o personagem mais famoso da história dos videogames para alavancar um console próprio. Poderia fazer absolutamente qualquer coisa tendo como base os sucessos do NES, Super NES e Game Boy. Era só jogar seguro. Mas o que veio foi uma maluquice aleatória sobre portas, hotéis e cenas animadas de gosto duvidoso. Sabemos bem como está o PlayStation hoje em dia. E o CD-i, por onde anda?

É como eu disse, todos nós já tomamos decisões ruins nessa vida.

Nos vemos na semana que vem com mais uma pérola da décima arte!

Probabilidades em alta

Últimos Arena Shorts

Astralis confirma o retorno de dev1ce!

🎯 Presente! FalleN acaba de se tornar o jogador com mais abates de AWP na história dos Majors de CS!

Flashzinha perfeita para você dominar o mercado da Anubis! 😉

arT comentou sobre as declarações de Nobru sobre “dar alguns passos para trás” recentemente.

A Valve se pronunciou sobre a polêmica envolvendo as mudanças no regulamento do Major Shanghai 2024.

Betnacional - A Bet do Galvão, do Thiaguinho e do Brasil
Tenha acesso a estatísticas avançadas sobre o seu time em tempo real.