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Tenista Thiago Monteiro em jogo do quali de Roland Garros 2024
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Divulgação/Roland Garros

Após grande desempenho no quali, Brasil terá participação recorde em Roland Garros; veja o histórico

Brasil terá seis tenistas nas chaves principais de simples do 2º Grand Slam do ano, melhor marca em quase 40 anos

Vítor Aguiar •
24/05/2024 às 15h20, atualizado há 7 meses
Tempo de leitura: 5 minutos

O tênis brasileiro viverá dias históricos no torneio de Roland Garros. Depois de um desempenho com 100% de aproveitamento dos brasileiros no quali – o melhor da história do país -, o 2º Grand Slam do ano terá a participação de seis tenistas do país nas chaves de simples, a maior marca desde 1988.

Assim, a chave feminina terá Bia Haddad MaiaLaura Pigossi, enquanto Thiago WildThiago MonteiroFelipe Meligeni Alves e Gustavo Heide participarão entre os homens. Isso além das disputas nas duplas, que ainda deve ter Rafael Matos, Marcelo MeloFernando Romboli, Luisa Stefani e Ingrid Martins, além do próprio Wild.

Assim, serão incríveis 11 brasileiros nas disputas principais do saibro francês, em uma lista que ainda pode aumentar em um improvável caso de desistências seguidas. Além desses, ainda teremos brasileiros nas disputas em cadeira de rodas e nas disputas juvenis, com destaque para Nauhany Vitória da SilvaLuis Augusto Miguel, que garantiram convites após títulos no Roland Garros Junior Series, que aconteceu em São Paulo.

A maior participação brasileira em Roland Garros

Já se contavam 36 anos desde a última vez que o Brasil teve tanta gente assim nas chaves de simples de um Grand Slam. Na edição de 1988 de Roland Garros, o país teve as presenças de Cassio Motta, Luiz Mattar, Marcelo Hennemann, Pat Medrado, Gisele Miró, Niege Dias e Luciana Corsatto.

Naquela oportunidade, Motta e Hennemann entraram via quali, enquanto Corsatto garantiu a vaga como lucky looser (perdeu no quali, mas herdou a vaga após alguma desistência). Apesar da boa participação, porém, ninguém foi muito longe naquela edição do torneio, com Motta, Hennemann, Mattar e Corsato caindo na 2ª rodada, enquanto os demais se despediram ainda na estreia – Medrado, inclusive, foi derrotada pela estadunidense Martina Navratilova, uma das maiores tenistas da história.

Nas disputas mais recentes, o Brasil não vinha chegando sequer perto dessa marca. Nos últimos três Grand Slams, foram apenas dois brasileiros na chave principal, um em cada gênero: Bia Haddad Maia como cabeça de chave em todas, acompanhada por Thiago Monteiro (Wimbledon 2023), Felipe Meligeni (US Open 2023) ou Thiago Wild (Australian Open 2024).

A última vez com mais de dois tenistas do país na chave principal de simples tinha sido justamente na França, com Bia e os dois Thiagos na última edição de Roland Garros. Bia e Wild, inclusive, saíram como destaque: ela por ter sido semifinalista em sua melhor campanha de Grand Slam na carreira; ele por eliminar o então número 2 do mundo, Daniil Medvedev e chegar à 3ª rodada.

O melhor quali de Grand Slam da história do Brasil

Essa presença histórica do Brasil no saibro francês acontece por causa de um desempenho excepcional no torneio qualificatório, no qual todos os quatro brasileiros participantes garantiram suas vagas na chave principal. Foi o caso de Laura Pigossi, Thiago Monteiro, Felipe Meligeni Alves e Gustavo Heide.

Para Pigossi e Monteiro, furar o quali foi mais um passo em meio às boas campanhas na gira de saibro. Ela vem de bons resultados, com dois títulos seguidos de duplas no ITF, e vai a Roland Garros pela 1ª vez na carreira; ele teve grandes participações nos Masters 1000 de Madrid e Roma, chegando às oitavas de final na Itália.

Mas se eles chegaram como fortes candidatos às vagas, Felipe Meligeni e Gustavo Heide não vinham tão bem cotado para a classificação. Meligeni já tinha chegado por duas vezes à final do quali na França, em 2021 e 2023, mas perdido em ambas. Heide sequer tinha disputado um quali de Grand Slam na vida, mas estreou com o pé direito.

Essa foi a 1ª vez na história que o Brasil classificou quatro tenistas para a disputa principal de um Grand Slam via torneio qualificatório. Na verdade, nunca tinham sido mais que dois, marca alcançada em 10 oportunidades (oito na França, duas em Londres), sendo a última em Wimbledon 2019, com Thiago Monteiro e Bia Haddad Maia.

Segundo levantamento do perfil Os Olímpicos, antes dessa edição de Roland Garros, o Brasil tinha 36 tenistas somando 69 furos de quali, com 45 eliminações ainda na 1ª fase. O melhor qualifier brasileiro foi Fernando Meligeni, tio de Felipe, que foi 4ª rodada de Roland Garros, em 1993.

Probabilidades em alta

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