Destiny 2: A Forma Final traz tudo o que um fã da franquia poderia pedir
Antes de começar esse review, preciso dizer que por mais que eu goste de jogar Destiny 2 com meus amigos, minha experiência sempre foi mais solitária. Gosto de jogar no meu tempo, no meu jeito, sem me importar muito com builds e armas poderosas. Dito isso, sempre encarei, desde o primeiro jogo, como uma experiência singleplayer.
E acho que pela primeira vez em muito tempo jogando Destiny — contando desde o primeiro, lá no saudoso PlayStation 3 —, que eu senti vontade de ter experimentado isso mais vezes com os meus amigos. Destiny 2: A Forma Final traz uma aventura que foca no que importa nesses 10 anos de história: seus personagens e os amigos até aqui, e talvez, uma aventura que supere bastante em qualidade, O Rei dos Possuídos e A Bruxa-Rainha.
No Pálido Coração do Viajante
A Forma Final leva finalmente os jogadores para o combate final contra A Testemunha, algo que vem sido prometido há bastante tempo, e que muitos acreditávamos que teríamos algum tipo de embate ainda em Queda da Luz, a Bungie finalmente nos coloca para confrontar o principal inimigo, e dessa vez, sem deixar as coisas para depois.
Destiny 2 sofreu com vários problemas ao longo desses 10 anos, com muitos momentos incríveis e também momentos que não foram dos melhores para a franquia, mas o final dessa jornada é extremamente positivo.
O interior do Viajante é lindo, com vários locais que remetem a lugares e situações da franquia, mostrando toda a carta de amor que a Bungie quis entregar aos fãs que estão com esse jogo desde 2014. E vendo como a trama se desenrola, dá para ver que tudo o que eles fizeram, valeu a pena.
Toda a exploração no Coração Pálido do Viajante traz um sentimento incrível de urgência, finalmente sentido toda a tensão e problemas da batalha final prometida para os jogadores há tanto tempo.
Não só isso, mas o retorno de Cayde-6 como personagem, não traz somente a genialidade de Nathan Fillion no papel, mas também todo o sentimento de reencontrar um amigo perdido, e lidar com a noção da perda, e o que acarreta tê-lo de volta para mais uma aventura.
Os debates entre Corvo, Ikora, Zavala e Cayde, ajudam a trazer um ponto de vista mais dramático para a situação, e como o lendário Caçador acabou sendo puxado da morte para auxiliar os companheiros, mas ninguém parou para pensar se ele gostou de voltar à vida ou não, e isso vira um tópico dramático importante.
Zavala também tem um papel importante nessa aventura, principalmente por estar tão atormentado pela morte de Amanda Holliday que aconteceu recentemente na história, e isso traz um peso enorme para o comandante que não aguenta mais perder amigos e pessoas queridas.
Com uma trama em torno de dor, perda, e o sentimento de lutar contra esses problemas para conseguir ver a Luz, coloca A Forma Final não só como uma excelente aventura para se jogar, mas também para apreciar esses momentos importantes, ainda mais que ficar a par com a história de Destiny é sempre um baita problema.
Um novo poder com muita possibilidade de diversão
Prismática é talvez o meu poder preferido em Destiny 2. Sempre fui um cara de usar uma build de sustentabilidade no meu Guardião usando Solar, mas poder combinar a sustentabilidade com a possibilidade de usar habilidades passivas do Vácuo, e, além disso, conseguir um poder novo? É maravilhoso utilizar Prismática para derrotar os inimigos.
Podendo fazer uma amálgama de poderes de Luz e Treva, a nova habilidade tem tudo para trazer algumas das builds mais divertidas de se jogar da história de Destiny 2, e com certeza, já deve ter alguém trabalhando em criar combinações poderosas para as três classes, e eu mal posso esperar para ver isso.
O salto de poder que Prismática entrega para o jogador durante a história, ajuda como parte da narrativa do jogo ao deixar o protagonista descobrir os poderes conforme descobre mais sobre o seu papel no grande esquema das coisas, e também se torna mais poderoso no processo.
Com novas armas e novos poderes para explorar, Prismática torna-se um salto de jogabilidade tão poderoso que o jogador fica focado em garantir tudo o que é possível para desbloquear o poder máximo.
Um futuro promissor para Destiny 2
A Forma Final traz o final da Saga da Luz e Treva, e a partir de agora, é um horizonte completamente novo para a franquia. O que vier daqui para frente, terá um grande trabalho para manter a barra alcançada com o encerramento desse primeiro arco de histórias.
E encerrar tudo o que os jogadores viveram com A Forma Final, mostra que por mais que a Bungie tenha derrapado bastante ao longo dos anos durante o desenvolvimento de Destiny 2, dá para ver que ainda existe o carinho, a paixão, tudo aquilo que amamos nessa franquia, sendo colocado de uma forma carinhosa para o público que tanto ama esse MMORPG.
Destiny 2 tem todas as chances de ressurgir para os holofotes de fora do seu nicho com A Forma Final, principalmente se algum novato quiser entrar de cabeça na história da franquia, jogar todas as expansões em sequência deve ser talvez uma das experiências mais incríveis que um usuário possa ter.
Foi um longo caminho desde a primeira vez que pisamos na Última Cidade, fomos para A Torre, encontramos a Treva, e enfrentamos diversas raids, problemas de conexão, e tudo mais o que a Bungie pode nos oferecer de bom — e ruim — durante esses 10 anos.
No final de tudo, o saldo de A Forma Final é extremamente positivo, e pela primeira vez em muito tempo, sinto que jogarei as temporadas inteiras, com aquele brilho no olho que tive pela primeira vez quando liguei meu PlayStation 3 e coloquei o CD do primeiro jogo.
Como é bom gostar de Destiny, e que venham mais 10 anos.
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Este review foi produzido com uma cópia para PC fornecida pela Theogames. O jogo está disponível para PC (via Steam e Epic Games Store), Xbox One, PlayStation 4, Xbox Series X/S e PlayStation 5.
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