NetherRealm errou feio com o lançamento da DLC Reina o Kaos, de Mortal Kombat 1
Depois que a NetherRealm acertou em cheio com o lançamento da expansão Aftermath, de Mortal Kombat 11, os jogadores ficaram muito empolgados com o anúncio de Reina o Kaos, conteúdo que visava replicar o sucesso em forma de DLC para Mortal Kombat 1.
E depois de passar cerca de 4 horas na segunda parte da história de Mortal Kombat 1, chegou o momento de trazer o meu veredito para Reina o Kaos.
Preço de jogo cheio, conteúdo de DLC
No lançamento de Reina o Kaos, a expansão custa R$ 250 nos consoles e R$ 230 no PC, valor que pode ser confundido, inclusive, com algum lançamento completo, ou de uma promoção para um AAA mais pesado do momento.
E esse fator é fundamental para determinar ou justificar a validade da existência de Reina o Kaos, que, acima de tudo, ainda exige a presença do jogo base para ser jogada.
Para efeito de comparação, Mortal Kombat 1, no PlayStation 5, está custando exatamente a mesma coisa que a expansão, ou R$ 449 em um pacote com todo o conteúdo.
O problema é que, a expansão por si só, não entrega conteúdo suficiente pelo preço cobrado por ela. O jogo base tem uma história de 15 capítulos, enquanto a DLC possui apenas 5. A desproporção é clara.
E talvez o maior problema da existência de Reina o Kaos está na necessidade de compra da DLC para se ter acesso aos novos personagens que são introduzidos com ela. Não há outra maneira, pelo menos até o momento, de se adquirir, Cyrax, Sektor e Noob Saibot.
Isso tem impacto direto na competitividade do game no modo online, uma vez que trava o acesso a estes e aos próximos personagens do Pacote de Kombate 2. Ou seja: desembolse R$ 250 ou não faça parte das novidades no meta.
Pelo menos o conteúdo da expansão é bom?
Deixando de lado as incongruências do preço cobrado pela expansão, Reina o Kaos ainda precisa ser avaliada com relação ao que ela traz à mesa em termos de conteúdo e gameplay.
Começando pela história, ela dá sequência aos eventos do jogo base, e traz Havik como grande vilão, disposto a espalhar destruição e caos (ou kaos em mortalkombatês) no universo em que se passa a trama principal de MK1.
O problema é que Havik nunca foi, e não consegue ser aqui, também, um personagem minimamente carismático, e falha em assumir o posto que já foi de Shao Khan, Shang Tsung, Goro e tantos outros vilões da história clássica de Mortal Kombat.
Com isso, a história de Reina o Kaos não se sustenta por muito tempo, e acaba se encerrando de maneira sem pé, nem cabeça. Foram pouco mais de duas horas de conteúdo, em que passei boa parte delas querendo pular as cenas para avançar direto à próxima luta.
Novos lutadores que podem ter destaque no competitivo
Como citei acima, os novos personagens de Reina o Kaos são novidades importantes para o meta de MK1. Principalmente Cyrax e Noob Saibot. Enquanto a primeira é mais amigável para jogadores novatos, o segundo promete ser dor de cabeça nas mãos dos mais experientes.
O potencial que Ghostface, Conan e T1000 possuem é bem latente, e também têm muitas chances de chegarem com tudo nas partidas online de MK1. Mas novamente reforço o erro que é travar o acesso a estes lutadores não só atrás de DLCs pagas, mas de uma que custa o preço do jogo inteiro.
Conclusão e nota de Mortal Kombat 1 Reina o Kaos
Com um preço injustificável, história fraca e curta e atuando como barreira de acesso a importantes lutadores para o meta de Mortal Kombat 1, Reina o Kaos é um erro grotesco da NetherRealm em todas as esferas. Espero que reconsiderem e disponibilizem os personagens no “varejo”, para equilibrar, ainda que minimamente, a competição dentro do game.
Mortal Kombat 1 Reina o Kaos foi jogado no PlayStation 5 com uma chave cedida pela Warner Bros. O jogo e a expansão também estão disponíveis para Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC.
Leia mais
- Review | Episódio Aigis: A Resposta encerra Persona 3 Reload com emoção e desafio
- Review | EA Sports FC 25 é o melhor simulador de futebol já feito
- Review | Yars Rising tem ótima trilha sonora, bons poderes, mas acaba sendo esquecível demais