O EA Sports FC 25 é uma boa evolução em relação a jogos anteriores
Em meio ao surgimento de possíveis novos rivais, e do amargor vivido pela franquia eFootball, a Electronic Arts segue de vento em popa com o lançamento do EA Sports FC 25, seu segundo jogo sem a parceria com a FIFA.
E depois de bater uma bolinha por mais de 30 horas, desbravando tudo que o FC 25 tem a oferecer, chegou a hora de trazer o meu veredito para o game.
O mais próximo que já chegamos de estar dentro de campo
Não há como começar um review de um simulador de futebol sem falar do principal aspecto que o jogo possui: seu gameplay. E no EA Sports FC 25, o que temos é mais uma evolução em relação ao jogo anterior, sem chegar a ser algo revolucionário, mas que consegue aparar arestas deixadas pelo game do ano passado.
Todas as ferramentas adicionadas ou atualizadas no EA Sports FC 25 contribuem para uma simulação muito próxima do real, e de longe a melhor que já tivemos até hoje em um jogo de futebol. As movimentações dos atletas estão mais naturais, os passes e chutes não são mais uma imitação barata, e toda a física das partidas condiz com que deveria ser.
Os jogadores também se comportam de maneira mais realista graças ao novo sistema de Funções do FC 25, que substitui as Taxas de Dedicação de jogos passados, e apresenta uma variedade enorme de objetivos primários que cada jogador precisa executar em campo. Isso trouxe um nível incomparável de estratégia para cada partida, e montar seu time é muito mais personalizado do que antes.
Tudo isso fica ainda mais interessante com o visual aprimorado que o FC 25 traz para campo, com direito a, pela primeira vez, termos opções gráficas: uma que prioriza uma entrega mais bonita, e outra com foco maior na performance. A primeira delas é simplesmente deslumbrante, inclusive com adição de ray tracing para criar um ambiente ultra realista.
O Rush é a cola que une os modos de jogo
Se o gameplay do EA Sports FC 25 está em um patamar acima, os modos de jogo também seguem essa batida e se mostram muito mais divertidos e engajantes do que em anos anteriores.
Meu foco é primariamente no Ultimate Team, então vou começar falando dos outros primeiro para me aprofundar mais no UT mais para frente neste review.
O modo Carreira está renovado, com adições extremamente interessantes, como os Live Start Points, um sistema que recria situações reais da temporada e que será atualizado ao longo do ano.
A Base do seu time também se beneficia das novidades, com olheiros buscando talentos em mais de 160 países e o Rush servindo como uma plataforma de evolução para os jovens.
Mas a principal novidade do modo Carreira é a chegada de uma versão totalmente exclusiva para as mulheres, tanto como jogadora, quanto treinadora. Mais um passo importante para a inclusão da modalidade.
Por fim, mas não menos importante, no Carreira do EA Sports FC 25 é possível jogar com Ídolos, trazendo grandes nomes do passado para o futebol moderno, com direito ao total uso das habilidades acima da média dessas lendas.
Com o Clubs eu tive pouco contato, mas deu para sentir um gostinho capaz de fisgar os menos acostumados com o modo, e de manter os já veteranos extremamente engajados na vida útil do FC 25.
O Ultimate Team ainda é rei
Mas é no Ultimate Team que eu encontrei, novamente, minha principal diversão. A base é a mesma dos últimos anos, mas com novidades que melhoram drasticamente a experiência.
Começando pela adição do Rush, que assim como no modo Carreira e no Clubs, entrega um gameplay ágil, divertido e diferenciado em relação às partidas tradicionais.
Boa parte do meu tempo até aqui no EA Sports FC 25 foi concluindo objetivos no Rush, e espero que a EA consiga manter o interesse lá no alto, com muitas atualizações e novos desafios para ele.
As Funções dos jogadores também ajudaram a criar uma profundidade sem paralelos dentro do Ultimate Team, e agora, mais do que apenas colecionar cartas e usar as mais apelonas, eu posso (e preciso) cuidar das estratégias individuais para cada uma delas, pensando tanto no que cada jogador faz em campo, quanto em como ele pode ajudar o restante do time sem meu controle direto.
É um sistema sensacional que, sem dúvidas, chegou para ficar, e me fez olhar para a criação de elenco com outros olhos. Bola dentro demais da EA aqui.
Outro acerto no EA Sports FC 25 foi com relação às mudanças feitas na quantidade de partidas que são disputadas no Rivals, Squad Battles e Champions. No primeiro, agora precisamos de mais vitórias para conseguir as recompensas semanais, estabelecendo um local comum para as partidas que realizamos de segunda à sexta.
Para o Squad Battles, a EA resolveu um antigo problema que “inchava” o modo com partidas demais, e agora são apenas 12 as que precisamos e podemos disputar semanalmente. Sem dúvidas me trouxe mais interesse em participar dos jogos offline neste ano.
Por fim, o Champions virou, de fato, uma arena para os mais qualificados. A classificação para as finais se dá em apenas cinco partidas e as finais, em 15. Essa redução de quantidade cria um senso de urgência bem maior, e reduz bastante os abandonos dos adversários.
E não dá para fechar este review sem falar nas Evoluções, que chegaram no ano passado, e estão ainda melhores neste ano. Além de melhorar atributos, elas também estão aplicando efeitos cosméticos nas cartas, e com menos restrições. A única bola fora aqui é que a EA parece ter esquecido do que fez no final do EA Sports FC 24, e voltou a permitir apenas uma evolução por vez.
Conclusão e nota de EA Sports FC 25
Como já era de se esperar, o EA Sports FC 25 não reinventa a bola, mas evolui aspectos cruciais em relação ao jogo anterior, e a adição de novidades, como as Funções e o modo Rush, ampliam ainda mais a diversão e a experiência dos jogadores. Só não dou 10 para a EA não se acomodar, e seguir trabalhando para melhorar ainda mais nos próximos.
O EA Sports FC 25 foi jogado no PlayStation 5. O game também está disponível para PlayStation 4, Xbox One e Series X|S, Nintendo Switch e PC.
Leia mais
- Preview | Sword Art Online Fractured Daydream: tu é corajosa, Bandai Namco
- Review | Ara History Untold é um ‘sandbox’ de estratégia muito promissor
- Review | O Escudeiro Valente: mágico como uma boa leitura