O mais do mesmo que funciona
Just Dance 2025 Edition é um sintoma da atual Ubisoft. Por mais que o jogo seja interessante e tenha algumas adições que possam justificar uma possível nova versão, a edição de 2025 na realidade é só mais um lançamento atual se nenhum tipo de grande novidade para justificar pagar por uma nova edição.
O novo Just Dance é uma repetição de todos os outros títulos da franquia, em uma fórmula de sucesso que mistura tanto os jogadores casuais que usam o jogo para se divertir em festas, como até mesmo aqueles que usam como atividade física focada em dança. Sendo uma fórmula extremamente segura, a versão de 2025 não apresenta lá muitas mudanças que façam os olhos saltarem.
Para quem não acompanha de perto a franquia, talvez se mostrarmos os últimos lançamentos em sequência, ela talvez não vá saber distinguir um jogo do outro, e isso por mais que funcione para não dificultar a jogabilidade, também perde o interesse de gastar R$ 250 em uma nova versão, além é claro, de pagar o serviço de assinatura para ter acesso às músicas dos outros jogos e alguns extras.
A jogabilidade continua a mesma, e de uma forma positiva para quem é aficionado, e disso não tem muito o que se reclamar. A fórmula funciona muito bem, e continua sendo extremamente divertido de se jogar Just Dance, mesmo se você tenha parado há 10 anos e agora retornou em 2025, não vão existir muitas mudanças, e isso é positivo nesse caso. Em contrapartida, o preço é salgado o suficiente para afastar qualquer fã que acompanhe os lançamentos anuais.
Boas músicas, com várias melhores no paywall
A seleção de 40 músicas de Just Dance 2025 Edition é boa, mas algumas das melhores estão disponíveis para compra. O pacote Disney, por exemplo, é pago e caso queira jogar os clássicos do Mickey, terá que desembolsar uma grana. Garantir as músicas dos outros jogos? Pagar praticamente o preço cheio nelas.
Por mais que tenha músicas muito legais como Training Season da Dua Lipa, Poker Face de Lady Gaga e até mesmo Basket Case de Green Day, o sentimento é de que as novas versões dos jogos da franquia escondem opções mais divertidas na plataforma para os fãs pagarem para garantir novas experiências. Isso sem contar no fato de existirem algumas músicas criadas pela própria série de jogos, então fica meio esquisito algumas escolhas.
Entendo que encher o jogo com várias músicas licenciadas é caro, mas existem bons nomes colocados na edição de 2025, mesmo que tenha alguns artistas repetidos que contam com mais de duas músicas presentes. Provavelmente deve ser menos custoso para a Ubisoft, e dá para entender.
Tem algumas que para uma edição de 2025 não faz lá tanto sentido, mas é incrível que estejam, como Whenever, Whenever de Shakira e até mesmo My Heart Will Go On de Céline Dion. No geral, a seleção de músicas não é maravilhosa, mas cumpre muito bem o seu papel.
O único problema é que para adicionar mais músicas ao seu repertório de dançarino, é necessário pagar, o que não é nem um pouco legal, por mais que eu entenda ser uma forma da Ubisoft monetizar ainda mais o título.
Conclusão e nota de Just Dance 2025 Edition
No fim, o jogo em si não muda nada dos anteriores, então é meio que a mesma fórmula que conhecemos, que sabemos que funciona, mas com novas músicas. Ainda me incomoda saber que existe uma série de paywalls que me impedem de conseguir normalmente as músicas dos outros jogos ou conteúdos adicionais. Existe o serviço de assinatura, mas preciso ser sincero e não me vejo assinando de verdade esse tipo de conteúdo. Para quem é muito fã, talvez possa funcionar melhor do que as pessoas mais casuais e ter um número de adesão maior.
Infelizmente, Just Dance 2025 Edition não inova de verdade para a franquia, e simplesmente mais do mesmo. Um mais do mesmo que funciona e não compromete, mas depois de tantos anos de franquia, um frescor é necessário. E sinceramente? Microtransações não é algo que gostaríamos de ver como a forma de inovar com a série.
Just Dance 2025 Edition foi jogado no Nintendo Switch por meio de uma cópia cedida pela Ubisoft. O jogo também está disponível para PlayStation 5 e Xbox Series X/S.
Leia mais
- Review | Life is Strange: Double Exposure tem ideias boas, mas execução fraca
- Review | Sonic X Shadow Generations celebra o passado, redime a Sega e abrilhanta o caminho para o futuro da franquia
- Review | Eternights mira em Persona, mas segue por outro caminho
