Trabalho da Treyarch em Call of Duty Black Ops 6 é praticamente perfeito
Após quatro longos anos de desenvolvimento na Treyarch, Call of Duty Black Ops 6 finalmente está entre nós, trazendo grandes mudanças de gameplay, e a promessa de ser o CoD mais bem estruturado dos últimos tempos.
E agora, cerca de 17 horas jogando os modos Campanha, Multiplayer e Zombies, chegou o momento de trazer o meu veredito.
Uma campanha digna de estar no panteão da franquia
Foram cerca de 8 horas passadas na campanha de Black Ops 6, mas o tempo pareceu correr mais rápido de tão divertida que a história se provou, me mantendo imerso nos conflitos da Guerra do Golfo e nas tramoias executadas por todas as partes.
Na campanha, jogamos como William “Case” Calderon, em eventos que se passam uma década depois dos acontecimentos de Black Ops Cold War, mais precisamente, no ano de 1991 (que coincidentemente também marcou o nascimento deste que vos escreve).
A primeira missão coloca Case e seus aliados na tentativa de resgate de Sayeed Alawi e Russel Adler, que se viram forçados a desaparecerem depois de terem sido falsamente acusados de traição. As coisas, obviamente, não seguem como gostaríamos e é aí que começa a história de Black Ops 6.
Tudo que vivenciei na campanha de Black Ops 6 é exatamente o que esperava da Treyarch: tiroteios táticos, exploração de seções enormes, possibilidade de concluir missões de maneira furtiva ou cheia de explosões… E, é claro, as tradicionais cenas insanas que sempre fizeram parte da franquia.
E tudo isso culmina em um dos melhores finais de campanha que já tive o prazer de jogar em Call of Duty. São duas missões quase que simultâneas, combinando duas narrativas, que se encontram em um encerramento digno de Hollywood. E a Treyarch deixou espaço para mais no futuro.
No modo Zombies, temos altos e baixos
No lançamento de Call of Duty Black Ops 6, temos acesso a dois mapas: Terminus e Liberty Falls. A história contada no modo é uma sequência direta dos eventos apresentados em Cold War, mas só funciona para aqueles mais fanáticos que lembram de todos os menores detalhes para apreciarem as referências expostas nos diálogos.
No geral, não me senti tão entretido pela trama, mas isso muda de figura quando entramos no gameplay. A principal novidade de gameplay de Call of Duty Black Ops 6, a Omnimovimentação, muda completamente a forma de jogar o Zombies, permitindo aos jogadores que corram, deslizem de joelhos e mergulhem em todas as direções.
Isso traz para o Zombies uma liberdade de movimentação nunca antes vista, capaz trazer soluções para situações que, em jogos passados, normalmente terminariam com a morte do jogador.
Em termos de mapas, minha preferência vai para a experiência de Terminus, que passou melhor a sensação de estar jogando um Zombies da Treyarch do que Liberty Falls foi capaz. Ambos são divertidos à sua própria maneira, mas o primeiro realmente conseguiu fisgar o pouco de preferência por Zombies que tenho em mim.
Não sou a melhor referência para aqueles mais fanáticos por Zombies, mas o pouco que eu sei me fez encarar a versão de Black Ops 6 como divertida de se jogar, mas bem arrastada de se assistir em termos de história.
É no modo Multiplayer que Black Ops 6 brilha mais intensamente
Se no Zombies eu não tenho tanta propriedade assim, no Multiplayer me sinto plenamente em casa. Já são mais de 15 anos trocando balas online com diversos adversários, e não tenho medo de cravar que Black Ops 6 tem um dos mais divertidos modo multijogador até hoje em Call of Duty.
A boa e velha gunplay da Treyarch está ainda melhor por conta da introdução da Omnimovimentação. Assim como no Zombies, o recurso traz ainda mais liberdade e interação frenética ao Multiplayer do Black Ops 6, criando jogadas e partidas memoráveis para aqueles que, assim como eu, preferem o “run ‘n gun” que CoD sempre soube fazer tão bem.
A mecânica casa perfeitamente com o layout dos mapas de lançamento, sempre criando muitas situações de confrontos e oportunidades para entrar e sair da troca de tiros. Para os mais habilidosos, ficou ainda mais insana a quantidade de jogadas possíveis com os slides e mergulhos do personagem.
Falando de armas, Black Ops 6 começa sua vida útil com uma grande quantidade delas, mas resume a umas cinco ou seis, por enquanto, o seu meta atual. Mas também não deixa o restante pegando poeira nas prateleiras, pois, nas mãos certas, quase todas funcionam bem no Multiplayer.
O que faz o grinding por camuflagens ainda mais divertido neste ano. A busca pelas skins de Ouro e todas as posteriores e ainda mais especiais está muito viciante, e cada partida contribui na missão. Fazia tempo que não me sentia tão motivado a buscar completar a coleção.
O Multiplayer de Black Ops 6 ainda marca o retorno de um recurso clássico de Call of Duty: o Prestígio de níveis. Ao atingir o nível máximo, os jogadores têm a opção de entrarem no próximo Prestígio, o que bloqueia novamente todos os desbloqueáveis (com a exceção daquele que você escolher manter com um token especial), mas traz recompensas exclusivas para cada nível.
Eu tinha a preocupação de não conseguir me manter empolgado com a volta do Prestígio clássico agora que a vida adulta traz outras demandas competindo com o tempo de gameplay, mas, pelo menos até agora (já no Prestígio 2), estou curtindo sentir novamente a emoção de entrar em um novo Prestígio.
Conclusão e nota final de Call of Duty Black Ops 6
Com uma das melhores Campanhas dos últimos tempos, um Zombies composto por altos e baixos e um Multiplayer espetacular, Call of Duty Black Ops 6 atinge o coração dos fãs de longa data da franquia e abre portas para novatos em busca de um FPS novo para chamar de seu.
Call of Duty: Black Ops 6 foi jogado no PlayStation 5 por meio de uma chave cedida pela Activision. O game também está disponível para PC, Xbox One, PlayStation 4 e Xbox Series X|S.
Leia mais
- Review | Horizon Zero Dawn Remastered é bonito, mas cai na mesma máxima dos remasters da Sony
- Review | Just Dance 2025 Edition mostra os problemas da atual Ubisoft
- Review | Life is Strange: Double Exposure tem ideias boas, mas execução fraca