Joe Blackburn deixará o comando de Destiny 2 antes do lançamento de A Forma Final
Joe Blackburn, diretor de Destiny 2, revelou na última terça-feira (30), que está deixando o cargo. Blackburn deixa a Bungie após passar por dois períodos na empresa, começando em 2015 como designer de raids, saindo em 2019 e retornado em 2020 como diretor do jogo.
No lugar Blackburn, quem assumirá o comando do MMO da empresa, será Tyson Green. Green faz parte da Bungie há cerca de duas décadas, trabalhando no estúdio desde o desenvolvimento de Myth II, jogo desenvolvido pela empresa em 1998.
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Green trabalhou principalmente na franquia Halo, contribuindo para os designs de Halo, Halo: Combat Evolved, Halo 2, Halo 3 e Halo: Reach. Durante o tempo na Bungie, o desenvolvedor trabalhou mais na parte de design, ajudando a criar missões e trabalhando no multiplayer de Halo 3.
Mudanças antes de A Forma Final
A saída de Blackburn, que chegou a elogiar bastante o trabalho da equipe em A Forma Final, marca realmente uma mudança nos rumos de Destiny 2, e muito possivelmente uma tentativa do estúdio de equilibrar as coisas, ainda mais depois do período conturbado dos desligamentos e alegações de ambiente incerto na empresa.
Blackburn trabalhou nas duas expansões recentes de Destiny, A Bruxa-Rainha e Queda da Luz. A primeira, contando a história de Savathûn, é amplamente elogiada na comunidade, tanto que ela voltou, de certa forma, na Temporada dos Desejos.
As we hit End-to-End next month, Tyson Green will take the reins as D2 Game Director. If you’ve followed Bungie for any length of time, you’ve heard his name. From Halo PvP to the creation of Exotic weapons in D1, Tyson has been a critical part of Bungie’s legacy since Myth II.
— Joe Blackburn (@joegoroth) January 31, 2024
Em dezembro do ano passado, funcionários da Bungie falaram sobre o quanto é crucial que A Forma Final vá bem. “Nós sabemos que precisamos que A Forma Final vá bem”, disse um dos funcionários. “E o sentimento no estúdio, é de que se não for, nós teremos mais demissões”. Funcionários teriam perguntado a gerência se eles haviam considerado cortes no salário para prevenir demissões, e teriam supostamente dito que “a Bungie não é esse tipo de empresa”.
Por mais que Blackburn tenha elogiado o trabalho da equipe com A Forma Final, fica uma situação meio estranha ver o diretor do jogo saindo, bem antes do lançamento oficial da expansão. Mesmo que ela já esteja na fase de testes internos, a situação não parece tão boa assim por lá.
Por favor, A Forma Final precisa ser boa
Lembro até hoje da primeira vez que joguei Destiny 1, no meu saudoso PlayStation 3. Joguei com amigos, passei por várias missões sozinho, mas acabei abandonando o título com o tempo. Até que então, a sequência chegou e me fisgou completamente.
Antes de vir para o PC, pedi de presente de Natal o jogo, e com as férias da faculdade, consegui mergulhar na campanha de Destiny 2, finalizando-a durante esse período. Consegui armas exóticas, passei pelos desafios, vi as mudanças na jogabilidade, e muito mais.
Vi a morte de Cayde-6, um dos meus personagens preferidos, e joguei com sangue nos olhos a expansão Renegados. Voltei para o universo de Destiny de uma forma que eu não imaginava, e consegui ficar por lá por bastante tempo.
No entanto, conforme o tempo foi passando, fui jogar outras coisas, e meu Guardião ficou esquecido nos bancos de dado da Bungie. Com a chegada do jogo para o PC, eu não pensei duas vezes. Destiny sempre me soou como uma experiência bem mais interessante no mouse e teclado, e realmente, é.
Me apaixonei mais uma vez pelo jogo, e agora, sempre volto quando começa uma temporada interessante ou tem uma expansão. A história de Destiny 2 é algo que eu adoro consumir, e sempre tento tirar aquele tempo entre o trabalho, obrigações da vida adulta, para retornar até a Torre e fazer algumas missões da Vanguarda.
Por isso, não consigo expressar o quanto quero que A Forma Final seja uma boa expansão, algo digno do fechamento dessa mega saga que a franquia começou no primeiro jogo, e que ela marque uma virada importante para a renovação de Destiny 2.
Sem demissões, por favor
Além do fato de querer que A Forma Final seja excelente, espero que a Bungie não precise passar por mais uma rodada de demissões. 2023 e 2024 foram terríveis para quem trabalha na indústria de games, e um jogo como Destiny 2, não merece passar por mais turbulências.
Por mais que tenha se tornado um jogo mais nichado, Destiny 2 tem seus momentos de glória, e uma comunidade apaixonada que consome a franquia desde 2014, e quase 10 anos depois, continuamos a desbravar a galáxia em prol do Viajante.
Seria injusto demais ver a Bungie sofrer com mais demissões, ter a equipe diminuída e perder a independência que o estúdio possui no guarda-chuva da Sony. Seria triste demais ver a Bungie ser forçada a não dar tanta atenção para Destiny, e começar a produzir outros jogos como serviço.
Além, é claro, de ver desenvolvedores sendo demitidos, quando muitas das decisões corporativas não são tomadas por eles, mas ainda assim pagam o preço no final. A Forma Final precisa ser uma das melhores expansões de Destiny 2, não só para reconquistar a confiança do público, mas para salvar a própria Bungie.
Que a empresa consiga entrar nesse próximo capítulo de histórias, raids e itens exóticos de Destiny 2, com o pé direito. Ninguém aguenta mais ver os jogos que tanto ama, sofrendo com péssimas decisões.
Com informações de: Gaming Bolt
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