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TGA 2023: Um remake deveria concorrer ao GOTY?
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TGA 2023: Um remake deveria concorrer ao GOTY?

Resident Evil 4 Remake está concorrendo ao GOTY no TGA 2023, mas será que deveria? O TGA 2023 está chegando, com a transmissão marcada para o dia 7 de dezembro, marcando a culminação de um dos maiores anos da indústria dos games nos últimos anos. Com títulos como Baldur's Gate 3, Alan Wake 2 e The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, como principais nomes para a disputa de Game of the Year.

Igor Pontes •
01/12/2023 às 22h00, atualizado há 8 meses

Resident Evil 4 Remake está concorrendo ao GOTY no TGA 2023, mas será que deveria?

O TGA 2023 está chegando, com a transmissão marcada para o dia 7 de dezembro, marcando a culminação de um dos maiores anos da indústria dos games nos últimos anos. Com títulos como Baldur’s Gate 3, Alan Wake 2 e The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, como principais nomes para a disputa de Game of the Year.

No entanto, entre os nomeados da categoria, Resident Evil 4 Remake está presente, tirando nomes como Final Fantasy XVI, Hi-Fi RUSH, Sea of Stars e até mesmo Starfield da disputa dos melhores do ano. Será que um remake deveria ter tanto destaque assim?

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Qualidade inegável

Primeiro, precisamos falar que a qualidade do remake de Resident Evil 4 é incrível. Adiciona coisas novas ao título, novas mecânicas de jogabilidade, furtividade, missões adicionais, existe muita coisa implementada na reimaginação da Capcom de um dos principais jogos da franquia, e talvez da história. Um trabalho primoroso, e ponto final.

Resident Evil 4 Remake foi indicado a GOTY no The Game Awards 2023

Não tem como negar que o remake de Resident Evil 4 é uma excelente reimaginação que adiciona ainda mais para o material original, e mostra que a jogabilidade continua excelente, isso sem falar da história.

Com uma onda de remasters e remakes que não levam a nada, é muito bacana ver a Capcom entregando algo que realmente faz valer a pena revisitar um clássico. Quanto a isso, não tem como não congratular a desenvolvedora pela qualidade de RE 4 Remake.

Até onde devemos celebrar um remake?

O TGA 2020 ainda continua como um ponto que gosto de citar, quando falamos sobre a celebração de remakes. Apesar de Final Fantasy VII Remake ser bem mais uma nova forma de contar a história — e que provavelmente terá mudanças grandes na trama —, algumas injustiças foram cometidas com outros jogos que mereciam ter tido mais destaque naquele fatídico ano.

O The Game Awards 2020 acabou esnobando Hades em melhor trilha sonora

Hades, talvez um dos títulos mais incríveis dos últimos anos, tem talvez uma das melhores trilhas sonoras da última década. Obviamente, o trabalho da Supergiant foi coroado com melhor indie e melhor jogo de ação.

No entanto, a trilha sonora, um dos pontos altos do título, não foi premiada. FFVII Remake acabou levando a categoria, e bem, a trilha sonora não difere muito da original. Existem algumas atualizações, mas o cerne é o mesmo, então fica aquele gostinho de “Será que não é uma compensação por não existir a premiação na época do original?”.

Tudo bem que o The Game Awards é muito mais um produto de entretenimento do que uma premiação extremamente técnica. Nenhum desses eventos, do Oscar ao TGA, são 100% focados em agraciar a tecnicalidade dos conteúdos indicados.

Dito isso, The Last of Us Part II, Hades, Doom Eternal e Ori and the Will of the Wisps eram as outras escolhas na época. Qualquer um desses quatro títulos, se vencesse a categoria, não seria nada absurdo. Entendo que deixar de fora uma trilha sonora tão icônica quanto a de FFVII pode parecer errado, mas convenhamos, ela não é inédita.

Nesses casos, fica aquela sensação de “reparação histórica”, de não existir premiações tão relevantes em 1997 para coroar Final Fantasy VII.

Um remake deve ganhar Jogo do Ano?

Resident Evil 4 não é o primeiro remake a concorrer Jogo do Ano. Resident Evil 2 e Final Fantasy VII Remake concorreram na categoria no TGA. Em 2019, RE 2 Remake foi engolido nas categorias principais, perdendo Melhor Jogo de Ação para Sekiro: Shadows Die Twice, grande coroado da edição daquele ano.

Resident Evil 4 Remake foi indicado a GOTY no The Game Awards 2023

Não dá para negar que essa trinca de remakes, são excelentes. São jogos incríveis, que respeitam o material original, e que são excelentes exemplos de como trazer de volta um jogo querido sem desrespeitar o consumidor.

Em uma época em que jogos de três anos atrás estão recebendo remasterizações — Oi, Naughty Dog! —, remakes como Resident Evil 4 são extremamente necessários para mostrar como esse tipo de produto tem que ser feito.

Final Fantasy 7 Remake

No entanto, por mais que seja incrível ver remakes tão bem feitos vindo pela Capcom, ela não está fazendo mais do que a obrigação dela como desenvolvedora ao mexer em um título clássico como RE4, ou a Square-Enix com Final Fantasy VII Remake.

Na minha humilde concepção, o TGA tem que coroar aqueles que realmente surpreenderam ao longo do ano, e escolher algo que já conhecemos, em uma nova roupagem, soa até mesmo preguiçoso.

Resident Evil 4 Remake foi indicado a GOTY no The Game Awards 2023 TGA

Se os remakes fossem ruins? Bem, acontece. Não seria a primeira vez que esse tipo de situação dá errado. No entanto, será que devemos realmente premiar uma empresa por não fazer mais do que a obrigação, que seria não estragar o próprio clássico dela?

Em um ano com tantos jogos excelentes, e alguns que foram solenemente ignorados pela categoria, até onde vai o ímpeto de querer premiar um título, só pelo fato do nome dele ser marcante para a história? E qual o precedente que essa prática pode trazer para a indústria?

O mundo dos games já sofre com desenvolvedoras cada vez mais matando a criatividade em prol de projetos mais “certeiros” e que não apresentam riscos. Colocar ainda mais em evidência de que remakes podem render sucesso de crítica, pode levar a mais reimaginações sendo lançadas a esmo.

Afinal de contas, não tem nem um mês que The Last of Us Part II Remastered foi anunciado. Imagina colocar mais lenha nessa fogueira que é a vontade de produtores e acionistas em fazer dinheiro requentando algum clássico.


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