Destiny 2 deve sofrer com o futuro da Bungie
Recentemente, a Bungie revelou uma notícia que deixou todos os fãs de Destiny 2 extremamente preocupados. A empresa revelou que estava demitindo 220 funcionários e que estava estreitando as ligações com a Sony, que adquiriu a desenvolvedora por US$ 3,6 bilhões de dólares.
Com uma série de problemas, que vão desde as demissões, aos gastos do CEO, Pete Parsons, com leilões de carros de luxo, a Bungie tem um futuro incerto, agora com a mão da Sony mais estreita, e quem sofrerá com isso, é a comunidade de Destiny 2.
Problemas na Bungie vem de antes
Segundo uma reportagem publicada pela IGN em dezembro de 2023, funcionários da Bungie relataram que o clima na empresa é “desolador” e muitos deles tinham medo de que o estúdio perdesse a independência e a Sony assumisse o controle. E bem, ao que tudo indica, foi isso que aconteceu, já que segundo o jornalista Jeff Grub, Hermen Hulst, chefão dos estúdios da Sony, deve ter o controle total sobre a Bungie e Destiny 2.
Outra suposta situação, seria que a empresa estaria chamando a equipe de controle de qualidade de “não-desenvolvedores” e que estaria sendo feito um movimento para forçar a terceirização desse processo. Funcionários contaram ao IGN que o clima na empresa era “desolador” e que a gerência estava indiferente quanto à situação.
“Nós sabemos que precisamos que A Forma Final vá bem”, disse um dos funcionários. “E o sentimento no estúdio, é de que se não for, nós teremos mais demissões”. Funcionários teriam perguntado a gerência se eles haviam considerado cortes no salário para prevenir demissões, e teriam supostamente dito que “a Bungie não é esse tipo de empresa”.
Em outubro de 2023, a Bungie demitiu dezenas de funcionários, entre eles, Michael Salvatori, compositor da trilha sonora de Destiny 2. O site do artista não consta mais a descrição do trabalho feito na Bungie, e agora conta com a frase “Fui pescar :)” no lugar. Dado o teor da “brincadeira” com a situação, é possível que Salvatori tenha recebido a oferta de ter uma “aposentadoria precoce”.
Diretor de Destiny 2 saiu após A Forma Final
Joe Blackburn, diretor de Destiny 2, anunciou sua saída da empresa em janeiro deste ano. Blackburn deixou a empresa em sua segunda passagem, deixando Tyson Green como novo diretor do MMO. Green trabalhou principalmente na franquia Halo, contribuindo para os designs de Halo, Halo: Combat Evolved, Halo 2, Halo 3 e Halo: Reach. Durante o tempo na Bungie, o desenvolvedor trabalhou mais na parte de design, ajudando a criar missões e trabalhando no multiplayer de Halo 3.
A saída de Blackburn, que chegou a elogiar bastante o trabalho da equipe em A Forma Final, marcou uma mudança nos rumos de Destiny 2, e muito possivelmente uma tentativa do estúdio de equilibrar as coisas, ainda mais depois do período conturbado dos desligamentos e alegações de ambiente incerto na empresa.
Sem Blackburn, a empresa continua em uma situação incerta, visto que não dá para saber o que vem por aí, e o desenvolvedor saiu deixando um saldo positivo, com duas ótimas expansões em A Bruxa-Rainha e A Forma Final.
Decisões de um CEO que se tornou controverso
Desde a notícia da demissão dos 220 funcionários, uma série de relatos inundaram a internet, inclusive comentando que o sentimento dos desenvolvedores, é que Parsons teria valorizado demais a empresa na hora da venda para a Sony, prometendo mais do que conseguiria cumprir. Em uma reportagem do jornalista Stephen Totilo, fontes comentaram que a solução para a desenvolvedora, caso não fosse comprada, seria a insolvência.
O que significa que, muito provavelmente, a situação acabou acontecendo graças a empreitada de Parsons ao tentar vender a empresa. Somando isso com a decisão de não diminuir o seu próprio salário para manter funcionários, além de levá-los para ver sua coleção de carros de luxo dias antes de serem demitidos, mostra que a direção da Bungie não estava sendo tão boa assim nas mãos do executivo.
Outros relatos levantados em redes sociais são preocupantes. Kelly, ex-produtora na empresa, revelou que foi demitida antes de começar a sua licença maternidade, e ao que tudo indica pelo teor das mensagens da desenvolvedora, a Bungie não se prontificou a pagar os benefícios mesmo assim.
Em outras publicações, Liana Ruppert, ex-gerente de comunidades da desenvolvedora, também revelou que chegou a comentar estar com dificuldades para fazer compras, e enquanto conversava sobre isso, Parsons teria passado se gabando de comprar um carro novo.
Vendo a forma com o CEO da empresa estava gerindo a situação, não tem como negar. A Bungie estava fadada a passar por problemas, seja com as vendas de A Forma Final indo bem e sendo talvez o melhor conteúdo lançado até hoje de Destiny 2, mostra como a situação já não tinha mais nenhum tipo de salvação, e era só esperar a bomba explodir.
O que isso afeta em Destiny 2?
Afeta muito, infelizmente. Com a Sony abraçando a Bungie, é bem provável que a desenvolvedora passe a diminuir menos os seus esforços em conteúdos de expansões robustos como foram nos últimos anos. Também foi dito que internamente, a empresa deve focar agora em conteúdos adicionais gratuitos e mais leves, significando que o Destiny 2 como conhecemos, está chegando ao seu fim.
É triste ver que depois de todos esses anos, e como a comunidade segurou as pontas para manter Destiny vivo, que infelizmente o jogo deve perder toda a sua magia devido a um CEO que entre não comprar um carro de luxo, e manter os funcionários, preferiu gastar US$ 2 milhões em veículos do que, quem sabe, diminuir os seus ganhos para manter a empresa no lugar.
É bem provável que os conteúdos de Destiny 2, agora que finalmente sairá da Saga da Luz e Treva, sejam cada vez mais simples, rasos, e sem o impacto que o jogo deveria receber ao terminar finalmente com uma jornada épica de 10 anos, que culminou em um dos momentos mais impactantes para a comunidade.
Os próximos passos da empresa vão precisar serem vistos com um cuidado ainda maior, pensando em como Parsons irá se pronunciar daqui para frente, e como a empresa tratará as expansões e conteúdos adicionais. Coisas menores e de graça? Fãs vão adorar no começo, mas com o tempo, é bem provável que a saudade das expansões mais robustas vá bater.
Contudo, em um mundo tão volátil como o dos jogos como serviço, não dá para saber se a comunidade de Destiny continuará tão boazinha com a empresa em se manter jogando e consumindo as expansões por amor a franquia. Chega um momento em que a galera pode simplesmente migrar para outro título, e a franquia cair no esquecimento.
Ainda é cedo para ser caótico e apocalíptico, mas não dá para ver um futuro promissor para a franquia. Foi bom enquanto durou, pelo menos.
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Com informações de: VG247, PC Gamer e Gameranx
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