Fica claro que The Callisto Protocol poderia ter sido muito melhor
The Callisto Protocol tinha tudo para ser um sucesso: direção do criador de Dead Space, inspiração parcial nos remakes de Resident Evil, um novo sistema de combate e gráficos impressionantes. Mas, quando foi lançado, em 2022, a recepção ao game não foi das melhores, e, agora, o diretor Glen Schofield fez revelações importantes sobre o processo de desenvolvimento e lançamento do jogo.
“Eu estava procurando em alguns lugares diferentes (por uma publisher) e então um amigo meu me ligou e disse ‘os caras do PUBG querem falar com você’. Eu realmente gostei de falar com eles, nos demos bem muito rápido. E muitas coisas certas foram ditas na época“, disse Schofield, em entrevista ao Dan Allen Gaming.
“Quatro anos depois, você sabe, as mesmas coisas não são sempre ditas – por mim também, provavelmente. Eu realmente gostei de trabalhar com eles nos primeiros anos. Foi realmente no último ano (que as coisas deram errado). Viemos a público e isso colocou muita pressão na empresa, nos diretores e em todo o resto. E eles (Krafton) colocaram pressão na gente“, comentou o diretor de The Callisto Protocol.
Schofield alega que o estúdio Striking Distance, que ele fundou após deixar a Sledgehammer Games, originalmente tinha liberdade para expandir The Callisto Protocol da forma que quisessem, mas que a Krafton posteriormente insistiu em lançar o game em dezembro de 2022. E isso afetou o desenvolvimento do jogo.
“Eu queria mais uns três meses e meio. Me levaram a acreditar que esse seria o jeito que as coisas seriam feitas. Em outubro ou setembro de 2021, me disseram ‘você terá tempo, coloque o quiser no jogo’. Então passei aquele Natal criando ideias com alguns dos caras. E então, janeiro chegou e um pessoal da Krafton apareceu dizendo ‘não, não, não. É em dezembro de 2022’“, continuou Schofield.
“Não é como se custasse menos dinheiro lançar o jogo três meses antes, porque se só mantivéssemos o que estava acontecenedo, eu não teria que trazer mais pessoas. Mas se você quer isso dessa forma, isso que dizer que temos que acelerar tudo em três meses e meio, o que significa que eu precisei enfiar pessoas lá“, comentou o dev.
Além de tudo isso, Schofield ainda revelou que a pandemia da Covid-19 teve um grande impacto no desenvolvimento de The Callisto Protocol: “você tem um estúdio de 200 pessoas. De 10 a 20 pessoas estavam ficando doentes a cada mês, e ficavam fora por semanas. Ficamos devastados. Às vezes todo o setor de efeitos especiais estava fora, ou o time de animação. E em 2021, tivemos 49 pessoas se demitindo, porque todo mundo estava pagando muito alto, então as pessoas saíram para receber US$ 10 mil a mais. O ano de 2021 foi o pior da minha vida em desenvolvimento“.
Schofield ainda disse na entrevista que quatro chefões e dois tipos de inimigos tiveram que ser cortados do game, e que ele tinha uma ideia para fazer uma sequência, em que o personagem Jacob Lee, interpretado pelo ator Josh Duhamel, voltaria para uma reviravolta de impacto em um hipotético The Callisto Protocol 2.
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