O GP do Canadá marcou um dia caótico na Fórmula 1. Em meio à chuva, às batidas, aos problemas mecânicos e às disputas na pista, a categoria viveu uma das suas provas mais emocionantes do últimos tempos e isso representou algumas marcas para além da 60ª vitória de Max Verstappen, que precisou suar para superar Lando Norris (+3.879s) e George Russell (+4.317s).
Mas o desempenho do holandês, claro, é o 1º destaque da prova em Montréal. Max Verstappen se tornou, neste domingo (9), o 3º piloto na história a alcançar a marca de 60 vitórias na Fórmula 1, atrás, apenas de Lewis Hamilton (103) e Michael Schumacher (91). O tricampeão do mundo venceu 30,93% dos GPs que disputou, marca superior à dos heptacampeões.
A vitória neste fim de semana também garantiu uma vantagem importante para Max na briga pelo tetracampeonato. Depois de perder as corridas da Austrália (Carlos Sainz), Miami (Lando Norris) e Mônaco (Charles Leclerc), o holandês viu sua folga na ponta diminuir para a casa dos 30 pontos, mas a nova vitória, aliada ao abandono das duas Ferraris, recolocou Verstappen 56 pontos à frente de Leclerc (194 x 138).
Os abandonos da Fórmula 1
Falando no abandono dupla da Ferrari, esta foi apenas a 8ª vez neste século que a tradicional escuderia italiana não conseguiu completar a prova com nenhum dos seus dois carros. O último abandono duplo da equipe tinha sido no GP do Azerbaijão de 2022, já com esta dupla. Antes, em 2020, Leclerc e Vettel abandonaram juntos nos GPs da Estíria e da Itália.
Sofrendo desde o início do fim de semana, a Ferrari não conseguiu levar nenhum carro ao Q3, e viu Charles Leclerc sofrer com problemas mecânicos por toda a corrida e recolher o carro na volta 40, 12 voltas antes de Carlos Sainz Jr. rodar sozinho e bater na Williams de Alex Albon.
O time inglês, inclusive, também teve um abandono duplo, já que Logan Sargeant tinha batido sozinho logo na volta 23. Isso já vem se repetindo pelo menos uma vez por ano desde 2021. A última vez tinha sido apenas há 16 corridas, no GP do Japão de 2023. Se a Ferrari tem apenas oito abandonos duplos na Fórmula 1 neste século, a Williams chegou aos seu 30º.
Além deles, quem também abandonou foi Sergio Pérez, de contrato renovado com a Red Bull. Essa foi a 2ª corrida seguida que o mexicano não concluiu, com acidentes em Mônaco e no Canadá. Isso não acontecia com ele desde a temporada de estreia, na Sauber, em 2011, quando não completou as provas de Bélgica e Itália. Na equipe, isso não acontecia desde 2020, quando Verstappen não concluiu nem na Itália, nem na Toscana
O pódio da Fórmula 1
Na outra ponta do grid, destaques positivos para Lando Norris e George Russel, pilotos britânicos da nova geração, que têm uma vitória no currículo e chegaram a liderar a prova em Montréal, mas chegaram em 2º e 3º respectivamente. Para o piloto da McLaren foi o 18º pódio da carreira e o 5º nesta temporada, que já marca o melhor início de ano de sua carreira.
Na melhor largada até então, em 2021, a 9ª corrida da temporada fora apenas o 3º pódio de Norris, bronze em Emília-Romagna, Mônaco e Áustria. Dessa vez, ele já venceu Miami, chegou em 2º na China, na Emília-Romagna e no Canadá e foi 3º na Austrália. Seu recorde de pódios é de sete, marca alcançada no ano passado – todos a partir da 10ª corrida.
Já para Russel, este foi o 12º pódio da carreira e o 1º de 2024. O britânico não chegava entre os três primeiros desde o GP de Abu Dhabi, que encerrou a temporada passada e foi apenas o seu 2º pódio em 2023. Para a Esse também foi o 1º pódio da Mercedes no ano e o mais demorado da sua história. Nas suas 17 temporadas na Fórmula 1 (1954-1955 e desde 2011), a equipe alemã só não subiu ao pódio até a 3ª corrida em 2011, ano que terminou sem pódios, e agora.
Pontuaram
Além disso, o GP do Canadá ainda trouxe outra marca à Fórmula 1. Foi a 1ª vez em 2024 que a Alpine pontuou com os dois carros. Isso, claro, foi facilitado pelo alto número de abandonos e pelo erro de Yuki Tsunoda na reta final da prova, mas o 9º lugar de Pierre Gasly e o 10º de Esteban Ocon renderam mais três pontos à equipe francesa, que vinha de apenas uma pontuação dupla nas 14 corridas anteriores, no GP de São Paulo do ano passado, quando começou a derrocada do time.
E falando no erro de Yuki Tsunoda, essa foi apenas a 2ª vez que o experiente Daniel Ricciardo chegou à frente do japonês nesta temporada. O australiano terminou a prova em 8º, enquanto Yuki foi o 14º, mesma posição que teve no GP do Bahrein, quando Ricciardo foi 13º. No ano passado, pela AlphaTauri, Ricciardo venceu Tsunoda em três de oito provas.
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