Chegou a hora de pensar no futuro na Fórmula 1. Nesta quinta-feira (6), a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) apresentou o novo regulamento da categoria a partir da temporada 2026, com grandes novidades nos carros, que serão menores, mais leves, com botão de ultrapassagem e sem o DRS.
A lista de mudanças encerra a era do efeito solo, que começou com o regulamento implementado pela Fórmula 1 em 2022 e vem sendo marcada por anos de domínio da Red Bull Racing. As mudanças no chassi virão junto a uma série de mudanças também no regulamento dos motores, inclusive com as entradas de Audi e Ford entre as fornecedoras de unidades de potência (motor).
A expectativa da FIA e da Liberty Media, dona da Fórmula 1, é de gerar corridas com mais ultrapassagens e uma disputa mais equilibrada no campeonato. O diretor técnico da federação, Nikolas Tombazis, comentou sobre as mudanças. “Com este conjunto de regulamentos, a FIA procurou desenvolver uma nova geração de carros que estejam completamente em contato com o DNA da Fórmula 1 – carros que sejam leves, extremamente rápidos e ágeis, mas que também permaneçam na vanguarda da tecnologia, e para conseguir isso, trabalhamos no que chamamos de conceito de ‘carro ágil’.
As mudanças do novo carro da Fórmula 1
As alterações nos motores já tinham sido aprovadas desde 2022, mas as mudanças foram muito além disso, com o novo modelo do carro apresentado nesta quinta. A atualização constante do regulamento, com implantação de novas tecnologias e mecanismos de segurança, ajustes de dimensões e vetos, é padrão na Fórmula 1, visando equilibrar a competição, algo que vem sendo difícil nos últimos anos.
Uma das maiores novidades é o fim do DRS (sistema de redução de arrasto, com a abertura das asas traseiras) e a introdução do dispositivo denominado “Modo de ultrapassagem manual”. Ele poderá ser ativado pelo próprio piloto para favorecer manobras sobre o carro da frente – fornecendo 350 kW até 337 km/h de potência extra ao motor. Para usá-lo, o piloto deve estar a menos de 1s do rival.
A principal novidade dessa vez é a saída do DRS (sistema de redução de arrasto – a abertura da asa traseira). Com a nova estrutura aerodinâmica dos carros, a abertura da asa teria pouca influência no desempenho. Assim, esse mecanismo foi substituído por um botão de ultrapassagem, o modo de ultrapassagem manual, que o piloto poderá usar quando estiver a menos de 1s do rival à frente. Com esse modo de motor ativado, o carro uma potência extra de motor de 350 kW, até 337 km/h.
Apesar do fim do DRS, os carros ganharão asas móveis dianteiras e traseiras, sem relação com o sistema atual da Fórmula 1. Essa nova configuração terá dois padrões: o Modo Z, com alto downforce, para as curvas, e o Modo X, com menos arrasto, para as retas. Assim, os pilotos terão maior independência no uso das asa móveis, já que não dependerão da distância para o piloto da frente para ajustar o carro.
As novas asas, inclusive, terão mais componentes, com três elementos móveis na asa traseira e dois na dianteira. Apesar do acréscimo de partes nas asas, o novo carro será menor e mais leve. Em relação aos modelos atuais, serão 20cm a menos no entre-eixos, passando de 3,60m para um máximo de 3,40m. Assim, o carro deve ter 10cm a menos de comprimento. Na largura, eles diminuem de 2,00m para 1,90m, enquanto o peso máximo deve cair de 798kg para 768kg (contando pilotos e pneus).
Por falar em pneus, os aro 18″ implantados em 2022 serão mantidos, mas com uma largura menor: 2,5cm a menos nas rodas dianteiras e 3cm nas traseiras. Com toda essa mudança de chassi, a aerodinâmica será completamente alterada, com grande redução no downforce e praticamente anulando o efeito solo, decisivo para o desempenho dos carros no atual regulamento. Agora, o assoalho será parcialmente plano.
Quanto aos motores, as novas baterias terão o triplo de potência, com 350 kw. Assim, os carros da Fórmula 1 terão uma divisão igualitária de energia elétrica e de combustão interna (com combustíveis sustentáveis) e maior recuperação de energia durante a corrida. Além disso, a remoção do sistema de recuperação de energia térmica (MGU-H), os motores serão mais simples e baratos.
Além de tudo isso, ainda há mudanças voltadas à segurança. Os bicos dos novos carros serão mais resistentes a batidas frontais, para afastar o impacto da célula de sobrevivência do carro. Essa célula, onde os pilotos ficam, será reforçada, assim como a célula que guarda o motor o santantônio do carro, peça que fica atrás da cabeça do piloto.
- Carros mais ágeis, sendo 30kg mais leves e, assim, mais capazes de lutar na pista
- Uma unidade de potência redesenhada, apresentando maior potência de bateria e uma divisão igual entre motor de combustão interna e energia elétrica, além do uso de combustíveis 100% sustentáveis
- Aerodinâmica ativa na forma de asas dianteiras e traseiras móveis para permitir corridas mais próximas
- Oportunidades ampliadas de ultrapassagem por meio da introdução de um novo sistema que dá aos pilotos uma pequena dose adicional de energia da bateria quanto estão a um segundo do carro da frente
- Maior segurança por meio de estruturas mais fortes e testes ainda mais difíceis
- Compromisso de um número recorde de seis fabricantes de unidades de potência (Ferrari, Honda, Ford, Renault, Mercedes e Audi)
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