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Imagem: Divulgação/Valve

Steam Deck 2 está bem longe, diz Valve

Uma futura versão do Steam Deck não deve chegar tão cedo Em uma entrevista com o site The Verge na última quinta-feira (21), o designer do Steam Deck, Pierre-Loup Griffais, relevou que uma segunda versão do console híbrido da Valve deve demorar pelo menos 2 anos para chegar, podendo até mesmo ser lançado depois de 2025.

Igor Pontes •
22/09/2023 às 22h00, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 6 minutos

Uma futura versão do Steam Deck não deve chegar tão cedo

Em uma entrevista com o site The Verge na última quinta-feira (21), o designer do Steam Deck, Pierre-Loup Griffais, relevou que uma segunda versão do console híbrido da Valve deve demorar pelo menos 2 anos para chegar, podendo até mesmo ser lançado depois de 2025.

Loup Griffais explicou que a Valve queria manter um desempenho fixo para os desenvolvedores trabalharem, ao invés de procurar melhorar o hardware possível para o console. Ele também disse que a empresa não quer aumentar a potência do Deck às custas de eficiência e vida útil da bateria.

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“É importante para nós que o Deck ofereça uma meta fixa de desempenho para os desenvolvedores e que a mensagem aos clientes seja simples, onde cada Deck possa rodar os mesmos jogos. Como tal, alterar o nível de desempenho não é nada que encaramos levianamente, e só queremos fazê-lo quando houver um aumento suficientemente significativo”.

“Também não queremos que mais desempenho tenha um custo significativo para a eficiência energética e a vida útil da bateria. Não prevejo que tal salto seja possível nos próximos anos, mas ainda estamos monitorando de perto as inovações em arquiteturas e processos de fabricação para ver para onde as coisas estão indo”, disse Griffais.

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Dá para entender o ponto da Valve em não querer comprometer o desenvolvimento de jogos para o Steam Deck, no entanto, o console também não está tendo um desempenho satisfatório com alguns nomes como Starfield. Também há o caso de títulos mal otimizados, como The Last of Us Part I.

Novos híbridos mais poderosos, como o ROG Ally e o recém-anunciado Lenovo Legion Go, são concorrentes que estão buscando a potência para rodar jogos mais recentes, e manter o Steam Deck “preso” à premissa de não mudar o hardware para beneficiar os desenvolvedores não parece efetiva.

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Uma nova versão de um console, ou até mesmo uma nova geração, significa inovar e trazer algo de diferente para a mesa, que desperte a vontade do consumidor de adquirir aquele produto. Não adianta tentar vender o console com o mesmo desempenho — que já não está tão poderoso assim — e achar que as pessoas vão comprar.

Em três anos, é bem provável que a tecnologia melhore, afinal de contas, o ROG Ally já conta com a APU Phoenix da AMD, trazendo mais potência para o híbrido da Asus. Até 2025, é bem provável que o cenário mude de figura, e exista uma tecnologia potente o suficiente para dar esse salto geracional.

A mensagem da Valve é até compreensível, mas não se encaixa com o conceito de fabricar um console. Com o Steam Deck sofrendo para rodar títulos como Starfield ou outras novidades, a empresa precisa entender que o híbrido não precisa ser um mini PC e somente rodar os softwares de forma estável.

Seja pela nuvem ou trabalhando para construir um hardware novo ao lado da AMD, a Valve precisa primeiro entender como a proposta do Steam Deck será viável para os próximos anos. No momento, o console está começando a ficar para trás na premissa de ser uma máquina potente que roda tudo de forma portátil.

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Está nos planos da Valve criar uma versão do Deck com uma tela melhor, no entanto, não será só isso que vai vender a segunda geração do console. Com os rumores do Switch 2 conseguindo um desempenho similar ao do PlayStation 4 e Xbox One, fica difícil de imaginar o hardware da empresa concorrendo com as novidades que vem por aí se manter a mesma configuração.

A versão de 512 GB do Steam Deck custa US$ 649, algo em torno de R$ 3 mil na cotação atual. É um produto caro, difícil de adquirir até mesmo lá fora, e é bem mais custoso que alguns dos principais concorrentes, como o Nintendo Switch, por exemplo.

Comprar um Steam Deck não vai parecer tão viável em 2025, caso o console mantenha as mesmas configurações. Até lá, outros híbridos com a mesma proposta podem continuar acompanhando o salto das tecnologias e oferecer algo melhor pelo mesmo preço.

Mesmo que a premissa do Steam Deck seja excelente — e ela é — a Valve parece não entender como o mercado de consoles funciona, e muito menos o que significa atrelar um “2” ao próximo híbrido que vai lançar.

Com informações de: PC Gamer


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