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Bungie vence processo contra jogador que assediava um funcionário da empresa

Bungie vence processo contra jogador que assediava um funcionário da empresa

Bungie venceu processo contra jogador que ameaçou e assediou um funcionário da empresa Na última quarta-feira (12), foi revelado que a Bungie venceu uma disputa legal contra um jogador de Destiny 2. O réu foi multado em quase US$ 500 mil por assediar um funcionário da empresa que trabalha como gerente de comunidades. Além de entrar com um processo contra o assediador, a desenvolvedora também obteve uma ordem de restrição contra o acusado, e contratou uma equipe de seguranças para proteger a integridade da família da vítima no decorrer do caso.

Igor Pontes •
13/07/2023 às 22h00, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 8 minutos

Bungie venceu processo contra jogador que ameaçou e assediou um funcionário da empresa

Na última quarta-feira (12), foi revelado que a Bungie venceu uma disputa legal contra um jogador de Destiny 2. O réu foi multado em quase US$ 500 mil por assediar um funcionário da empresa que trabalha como gerente de comunidades. Além de entrar com um processo contra o assediador, a desenvolvedora também obteve uma ordem de restrição contra o acusado, e contratou uma equipe de seguranças para proteger a integridade da família da vítima no decorrer do caso.

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Uma usuária do Twitter, Kathryn Tewson, revelou a informação de que a Bungie havia vencido o processo. Na época do ocorrido, o gerente de comunidades recebeu uma série de ameaças no telefone pessoal após a publicação de uma arte promovendo um fã negro de Destiny 2.

 Boa tarde! Estou tirando um tempinho para destacar uma vitória que conseguimos ontem em nome da Bungie, que entrou em ação para garantir a segurança de um funcionário que foi alvo de assédio e ameaças racistas no ano passado.

O culpado enviou várias mensagens racistas e ameaçadoras, tanto em texto como em voz, para o funcionário e a esposa. O processo ainda relata que o jogador enviou uma “praticamente intragável pizza odífera” para intimidar o casal, e pediu que o pagamento fosse feito na entrega, com a esperança de “aumentar as chances de conflito entre eles [o casal] e o entregador.”

Devido à situação, a Bungie precisou criar medidas para proteger o funcionário e a esposa, o que envolveu contratar investigadores e ”conselheiros externos” para identificar e localizar quem estava por trás das ameaças, além de fornecer segurança não só para a família afetada, como outros membros da empresa.

Com a vitória na corte, alguns desenvolvedores comentaram sobre o empenho da Bungie e assegurar o bem-estar do funcionário e da família, além de prestar suporte no caso e levar a situação para o âmbito legal.

Além do gerente de design da Riot Games, Steven Lumpkin, outros nomes da indústria comentaram a ação da desenvolvedora de Destiny. Jean Pierre Kellams, ex-funcionário da EA e atualmente chefe de produção da Harmonix, revelou que já havia sinalizado o assunto durante a passagem pela Electronic Arts.

 1000% bom trabalho para @bungie aqui. Eu fui muito vocal na EA dizendo que eles deveriam ter sido mais proativos na prevenção e ação de assédio contra os funcionários de Madden. Eu consegui uma reunião e um “você não precisa estar nas redes sociais” fora dela. É assim que as coisas devem ser tratadas. Parabéns.

Apesar da reação positiva de alguns dos desenvolvedores, a situação em si é meio agridoce, no fim das contas. É claro que é excelente ver um criminoso tendo que responder pelos próprios atos, mostrando que a internet não é terra de ninguém e que ameaçar pessoas trabalhando com jogos não deveria ser tratado somente como ”hate em redes sociais”. No entanto, é triste constatar que essa pode muito bem ser uma exceção, e não a regra.

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Ainda mais se considerarmos que desenvolvedores e profissionais da indústria dos videogames precisam lidar com um público que, muitas vezes, não compreende algumas decisões, ou às vezes se aproveita do anonimato para proferir absurdos contra pessoas que estão apenas trabalhando. Em qualquer um desses casos, é dever das empresas prestar apoio aos funcionários em uma situação que, se escalasse para algo além, poderia acabar de forma trágica.

E não tem como tratar com eufemismos. O caso é muito preocupante, e saber que isso é uma pequena parcela do que acontece por aí é triste e revoltante. Uma situação dessa deveria ser celebrada não por construir um precedente para que outras empresas façam o mesmo — isso deveria ser o mínimo — e sim porque um assediador racista teve o que merecia.

Comunidades de fãs de jogos possuem uma série de problemas que fariam esse texto virar um livro, e todos nós sabemos. Sejam “fãs” ameaçando desenvolvedores por não gostarem da morte de um personagem, ou atacando uma atriz que interpretou a vilã de uma história, não tem como esconder que vivemos um período muito problemático quanto à forma como as pessoas destilam o ódio na internet sem nenhum tipo de filtro.

Espero que a atitude da Bungie, louvável da forma que foi, não seja somente um ponto fora da curva e sim um movimento da indústria. Não dá para ficar fazendo vista grossa para as barbaridades que algumas pessoas falam na internet só porque são consumidoras do jogo. Existem casos onde o dinheiro não deveria ser a prioridade, e esse certamente é um deles.

Com informações de: GamesRadar+ (1 e 2)


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