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Olga
Counter-Strike 2
Foto: divulgação/ESL.

5 atletas que revolucionaram o cenário inclusivo no Brasil

m4nd é uma das profissionais que integram a lista

Siouxsie Rigueiras •
29/01/2024 às 23h44, atualizado há 10 meses
Tempo de leitura: 6 minutos

No Brasil, em 29 de janeiro é comemorado o Dia Nacional da Visibilidade Trans e a Game Arena não poderia deixar de lembrar das profissionais que mudaram o cenário brasileiro de esports, em busca de o tornar mais plural a cada dia que se passa.

A data é celebrada em solo tupiniquim desde 2004 e neste ano, soma 20 anos de luta, consciência e orgulho de quem integra a sigla.

Estas pessoas não mudam somente suas vidas sendo quem realmente são, mas também ajudam diariamente a elevar os esports para outro patamar, ocupando pouco a pouco mais um espaço na sociedade. Confira:

 

1. Olga

Foto: reprodução/ESL

 

Um dos nomes mais emblemáticos do cenário feminino de Counter-Strike (CS) não poderia ficar de fora desta lista. Olga foi a primeira jogadora profissional do competitivo aqui do Brasil e pavimentou o terreno para outras pessoas aparecerem.

A atleta foi a primeira técnica do CS brasileiro em 2018, quando entrou na Bootkamp Gaming. Teve passagens pela Black Dragons, foi um dos grandes nomes da FURIA e desde 2023 representa a nação em um time chinês, a HaoShenGaming (HSG), sendo pioneira a jogar fora do país. Além disso, é considerada uma das melhores jogadoras da modalidade.

 

2. m4nd

Foto: Reprodução/LOUD

 

Diferente do que muitos pensam, em 2021, a semXorah Gaming foi responsável por trazer a primeira representação feminina de não-binariedade — quando uma pessoa não se identififica 100% como mulher ou homem; entrando na sigla trans — no competitivo de VALORANT brasileiro.

m4nd também jogou pela ODDIK e começou a ser mais conhecida no competitivo ao integrar a LOUD no meio de 2023. O atleta foi campeão da 7ª Taça das Minas, Player1 Series – Hera 3 e da primeira qualificatória de 2023 do VCT Game Changers Brazil Series 2 (VALORANT Champions Tour).

 

3. Nallari

Foto: reprodução/Riot Games

 

Considerada a melhor jogadora de League of Legends (LoL) do Brasil em 2023, Nallari quebrou barreiras sendo uma das primeiras profissionais trans do competitivo inclusivo.

A mid laner jogou pela Coven Bats até a metade do último ano e foi contratada em junho pela paiN Gaming. Em pouco tempo, ganhou o Prêmio CBLOL, foi campeã das duas etapas da Ignis Cup de 2023 e da Goddess Tour 1 pelo mesmo ano.

Em 2024, a atleta está escalada para o paiN Gaming Academy, podendo disputar o campeonato de base do LoL brasileiro, no cenário misto do game.

 

4. Jelly

Foto: reprodução/MIBR

 

Foi em 2022, que Jelly começou sua carreira no VALORANT, sendo uma das primeiras trans do cenário. Com a B4 Angels, foi vice-campeã do VCT Game Changers Brazil 2 (GC) de 2022 e depois jogou na LOUD, garantindo seu primeiro título em 2023, na primeira qualificatória da segunda etapa do GC Brazil.

Em 2024, foi anunciada como jogadora profissional do MIBR e ao lado de outras pro players mostra que existe espaço para todos no cenário inclusivo da modalidade em solo brasileiro.

 

5. Seiju

Foto: reprodução/paiN Gaming

 

Seiju chegou no competitivo há menos de um ano e já foi campeã duas vezes da Ignis Cup, sendo a segunda etapa de 2023 e a Goddess Tour 1 no mesmo ano.

A top laner da paiN Gaming só representou os tradicionais até hoje e é vice-campeã da quinta qualficatória da Ignis Academy e do primeiro split da Ignis Cup, todas em 2023.

 

Extra: juny

Foto: reprodução/Riot Games – Cesar Galeão e Dayane Cruz

 

Com seu jeitinho debochado e cheia de piadocas, juny começou a competir no final de 2022 pela Miners.gg e desde 2023 está na paiN Gaming.

A estreia no cenário garantiu um terceiro lugar na Ignis Cup em 2022, sendo que, no último ano, foi campeã duas vezes, sendo do segundo split da Ignis Cup e a Goddess Tour 1 pelos tradicionais.

Também já atuou pelo Academy da equipe e foi vice-campeã quatro vezes da modalidade, marcando seu nome para sempre no competitivo brasileiro inclusivo de LoL.

 

Por mais que existam poucas personalidades no competitivo, é uma oportunidade de mostrar que existe vida além de outras realidades duras do Brasil, visto que, ainda somos o país que mais mata travestis e transexuais no mundo de acordo com o relatório do Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra).

 

 

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