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Call of Duty Warzone
Slxsh anunciou afastamento do cenário competitivo. - Foto: Game Arena.

CoD Warzone 2: “Slxsh” detalha experiência com o jogo até aqui, aponta problemas, mas o ver com potencial de superar o WZ1

Em entrevista exclusiva, Guilherme “Slxsh” falou sobre pontos positivos e negativos, mas se mostrou esperançoso com o futuro do game O jogo mais esperado do ano, enfim, foi lançado. Carregado de muita expectativa, o Call of Duty Warzone 2 veio disponível para download nas plataformas no dia 16 de novembro, aproximadamente duas semanas atrás. O Battle Royale da Activision chegou para substituir o seu antecessor, o Call of Duty Warzone 1, jogo que teve muito sucesso, mas que em seus últimos meses estava em queda livre nos números de jogadores por conta de suas más atualizações e alterações no estilo de gameplay ao longo desses dois anos de saga.

Thulio Bastos •
05/12/2022 às 13h21, atualizado há 2 anos
Tempo de leitura: 11 minutos

Em entrevista exclusiva, Guilherme “Slxsh” falou sobre pontos positivos e negativos, mas se mostrou esperançoso com o futuro do game

O jogo mais esperado do ano, enfim, foi lançado. Carregado de muita expectativa, o Call of Duty Warzone 2 veio disponível para download nas plataformas no dia 16 de novembro, aproximadamente duas semanas atrás. O Battle Royale da Activision chegou para substituir o seu antecessor, o Call of Duty Warzone 1, jogo que teve muito sucesso, mas que em seus últimos meses estava em queda livre nos números de jogadores por conta de suas más atualizações e alterações no estilo de gameplay ao longo desses dois anos de saga.

Com as primeiras informações do Call of Duty Warzone 2 saindo ao longo do ano de 2022, era nítido que a sinalização da Activision era de um novo jogo, com um estilo diferente do que foi jogado e vivenciado durante o Warzone 1. Após um pouco mais de 15 dias do lançamento, convidamos um dos principais jogadores do cenário competitivo brasileiro para bater um papo sobre a gameplay, Guilherme “slxsh”.

In game leader do trio NAROX, formado ao lado de “N4NO” e “Garciia”, “slxsh” foi o maior vencedor de torneios profissionais no Call of Duty Warzone 1, durante esses dois anos como pro player e criador de conteúdo. No começo do papo, abordamos sobre como estava sendo sua experiência com o novo jogo, e ele começou citando o principal problema que vem acontecendo bastante com todos os players: o crash.

“Infelizmente, o Warzone e o MW2 estão com muitos problemas de crash, principalmente para quem joga de PC. Aparentemente, ninguém sabe o motivo disso, qual a ação que tá ocasionando os crashes e ninguém sabe uma solução ainda. Os próprios desenvolvedores ainda não divulgaram uma resolução do problema. O jogo tem crashado bastante e isso dificulta demais as gameplays e a criação de conteúdo. Me desanima bastante.” – afirmou.

Fora os problemas, “slxsh” aprovou essa nova forma de gameplay, afirmando que, para ele, está muito bom por ser um jogo que te desafia mais na questão estratégica. Ele da nota para o jogo como um “seis, mas com potencial de ser 10”.

“Se considerarmos o jogo sem os problemas citados, o jogo em si, está muito bem jogável, por eu ser uma player que gosta de jogar mais taticamente. Eu rusho muito, mas eu gosto da play mais cadenciada, visando posicionamento. É um jogo mais lento, que favorece esse estilo de gameplay. Para mim, esse jogo é uma vitória, mas para muitos players, esse jogo é uma derrota em comparação ao Warzone 1. Ele tem os seus pros e contras, mas eu vejo como uma questão de adaptação. Tem coisas que melhorou, tem coisas que piorou. Pequenas coisas que torna o jogo uma incógnita. Se fosse para dar uma nota de zero a dez, acredito que esse jogo está seis, mas com potencial de ser dez.” – disse.

Ao longo do papo, “slxsh” detalha outras coisas negativas, além dos problemas de otimização que veio no jogo e afirma que, caso não tenha uma resolução rápida e uma melhor atualização desses pontos, a chance do jogo “morrer” é grande.

“A questão do loot está horrível, se eles não mudarem isso o jogo vai despencar. Pouco contrato de caçada, VANT limitado. O diferencial do Warzone é que ele é o primeiro Battle Royale que você cria e joga com o seu próprio armamento, customizado do jeito que você quer. A questão do loot está horrível, se eles não mudarem isso o jogo vai despencar. Pouco contrato de caçada, VANT limitado. O diferencial do Warzone é que ele é o primeiro Battle Royale que você cria e joga com o seu próprio armamento, customizado do jeito que você quer. Você pode jogar com a arma que comprou gastando codpoints, com os pearks, etc. Esse jogo dificultou para o player casual de jogar com as suas armas, compras o loadout não é algo muito fácil. São coisas que eu acho que, se não mudar, o jogo morre. São coisas que precisam ser repensadas.” – comentou.

O jogador ainda lembra que, alguns pontos que o afetaram negativamente nessa experiência de 15 dias de jogo, já havia sido aperfeiçoado no fim da saga do Warzone 1, mas aparentemente estão presentes novamente no Warzone 2, o que ele classificou como “dar passos para trás”.

“Tiveram coisas que eles aperfeiçoaram no final do Warzone 1 e está presente no Warzone 2, como a máscara de gás entrar no rosto automaticamente, tem outra questão do para-quedas. São coisas que eles consertaram, mas agora voltou tudo de novo. Parece que deram passos para trás em alguns aspectos que eles tinham avançado.” – desabafou.

Mas, não são só problemas que o Warzone 2 consiste. Algo que “Slxsh” não se cansou de citar no papo de quase uma hora foi a questão do mapa, ponto que, para ele, foi bastante positivo no jogo. Ele elogiou o Al Mazrah, afirmou achar menor do que Caldera e disse que ele te desafia mais a não errar.

“O mapa é muito bom, eu gostei muito, ele coloca uma downtown em um espaço periférico do mapa, te dando a possibilidade de não necessariamente você passar por lá. No mapa do Warzone 1, Verdansk, em muitos momentos da gameplay você era obrigado a passar por lá. A cada dez partidas, quatro ou cinco você passava por lá. No Warzone 2, uma ou duas você terá que passar por lá em Al Mazrah City. Uma zona muito mais pesada, crasha mais, dropa fps, etc. Eu gostei muito de como ele é feito, acho ele menor que Caldera, mas é um espaço que favorece seu posicionamento. Não pode ter erros, não pode estar mal posicionado, rotar errado, é um mapa muito mais para você pensar estrategicamente do que agir por impulso.” – celebrou.

LEIA MAIS: Time da Rafild é campeão do Tribo Series Warzone III direto da CCXP

Sobre a perda do slide cancel, mecanismo primordial de movimentação do Warzone 1, “Slxsh” deu na íntegra sobre uma nova forma de desenvolver essa movimentação, afirmando que alguns players descobriram uma nova forma de executá-lo, mas disse que, aparentemente, está mais difícil do que no jogo anterior.

“Perdemos aquele slide cancel que tínhamos antes, mas agora parece que descobriram um novo jeito de fazer, mas você precisa fazer muita coisa para executá-lo bem. Mas está funcionando, é realmente um slide cancel.” – disse.

Em um momento do papo, abordei perguntas mais rápidas e práticas para um desenvolvimento maior do papo, que estava ótimo. Perguntado se ele achava que o jogo havia sido bem aceito pela comunidade, “Slxsh” afirmou que sim, mas que o Warzone 2 divide mais opiniões do que tem algo concreto, classificando-o ainda como uma incógnita.

“Eu acho que sim. Obviamente vejo muitos grandes nomes da comunidade não aceitando o jogo, criticando, dizendo que o jogo foi feito para o player casual, mas eu não vejo isso como algo ruim. Mas no meu YouTube tem muita gente comentando que não gostou, mas acho que o foco da Activision é no player americano. É difícil saber, quem é a comunidade de Warzone no Brasil hoje? Quem da voz a ela? Isso é algo que não da para saber. Eu acredito que tem mais gente gostando do que não gostando, mas é difícil dizer.” – opinou.

“E o chat por proximidade, o que achou?”, perguntei a ele.

“Você tem um leque de opções interessantes com isso. Eu criei conteúdos bem legais com isso, no meu TikTok tem uns vídeos em que eu derrubo um cara e ele tem selfie revive e eu falo para ele: “eu deixo você vivo se você começar a cantar”, e aí ele começa a cantar. Eu postei três vídeos com esse conteúdo e meus números de visualizações aumentaram bastante. Encontrei um mecanismo de criação de conteúdo legal através do chat de proximidade. O “The Darkness” é um exemplo, ele aperta um botão e ele coloca uns áudios temáticos para zoar o cara. É um leque enorme de opções, para mim é a vitória do Warzone 2.” – comemorou com entusiasmo.

“Gulag em dupla?”, questionei rapidamente.

“Para mim, um jogador profissional, tanto faz, pois consigo vencer uma fight 1v2. Mas para um player casual, esse tipo de Gulag só prejudica a gameplay dele, pois alguns fatores podem atrapalhá-lo. Acho que ele deveria ser repensado justamente por causa disso. Ele acaba sendo um pouco complicado. Se ele fosse 1v1, seria sensacional.” – disse.

E o aim assist, tema polêmico desde o lançamento do Warzone 1. Ouvi gente falando estar mais forte, puxando mais. O que pensa sobre isso, você que é um player que joga no controle?

“Ele está do mesmo jeito, a diferença estar na movimentação do jogo. O jogo é mais lento, por isso que parece que o aim assist está mais forte. Mas ele está a mesma coisa, o que mudou é que acaba que a mira gruda mais em um adversário mais lento. É somente uma questão de perspectiva. Mas uma coisaque vale ressaltar é a questão da mudança de cores quando você atira no adversário e quebra as placas. No Warzone 1, quebrava primeira as brancas e depois azuis. Agora, já vem a azul direto e depois a placa roxa. Eles alternaram as coisas e deixaram os players confusos. Acho que eles viajaram nessa mudança, não era algo que precisava ser alterado.” – comentou.

Por fim, “Slxsh” classificou os pontos positivos e negativos que você identificou nessa experiência de 15 dias jogando o Call of Duty Warzone 2. Falou mais sobre os negativos, mas continuou com ar otimista do que o jogo pode ser quando ele for aperfeiçoado.

“Diminuição do ritmo da gameplay como menos contratos de caçada, remoção da big bount, VANTs limitados, impossibilidade de comprar o próprio loadout, otimização ruim do jogo e movimentação mais lenta, mas isso não é um ponto negativa, mas isso torna o jogo mais lento, mais cadenciado. Mas eu não acho um erro, só contribui para a diminuição do ritmo do jogo. Já as positivas, eu vejo a mudança de mindset como algo bom, ter que se adaptar a um novo estilo de gameplay. O mapa é positivo, sistema de armas é algo legal, poder customizar as armas, mas em consideração ao Warzone 1 é difícil citar o que melhorou. Mas vejo o jogo com um potencial para ser melhor do que o Warzone 1, se eles melhorarem tudo isso que foi citado.” – citou, finalizando a entrevista.

O jogador não participou do primeiro torneio competitivo de Call of Duty Warzone, o Tribo Séries Warzone III, que aconteceu diretamente da CCXP, em São Paulo, na última quinta-feira, campeonato vencido pelo squad de “Rafild”.

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