Envolto em polêmicas durante seus 15 anos na Fórmula 1, Flávio Briatore chefiou manipulação de resultado que afetou campeonato de pilotos em 2008
Após 16 anos de um dos maiores escândalos da história da Fórmula 1, o controverso Flávio Briatore está de volta à categoria. Banido da F1 por conta do caso conhecido como Singapuragate, o empresário italiano foi trazido de novo aos paddocks para ser consultor executivo da equipe Alpine.
Entretanto, mesmo com o apoio de equipes como Mercedes e Ferrari, além da própria Alpine, Flávio Briatore segue longe de ser unanimidade nos bastidores em seu retorno.
Por isso, o Game Arena traz este conteúdo explicando as polêmicas em torno do novo executivo da Alpine e seu impacto na história recente da Fórmula 1.
A chegada de Briatore à F1
Italiano, Flávio Briatore chegou aos bastidores graças à Benetton, empresa do ramo de vestuários, onde era diretor comercial. Assim, quando a corporação da Itália desembarcou nos paddocks com direito a equipe própria, o executivo se tornou o responsável pela gestão, inclusive, comandando o time que deu a Michael Schumacher seu primeiro título.
Briatore foi afastado do cargo em 2001, dois anos antes da equipe se tornar a Renault e passar a ser gerida pela montadora francesa, que conquistou um bicampeonato mundial com o espanhol Fernando Alonso, após o retorno do chefão italiano.
Vale lembrar que, atualmente, a Alpine é quem utilizada a estrutura do que anteriormente foram as equipes Renault e Benetton.
Singapuragate e o Campeonato de Pilotos de 2008
Ainda presente nos bastidores da Fórmula 1, em 2008, Flávio Briatore se envolveu em um dos casos mais polêmicos da história da categoria.
No GP de Singapura daquele ano, o italiano e seu braço direito, Pat Symonds, deram uma ordem controversa ao piloto brasileiro da Renault, Nelsinho Piquet: bater o carro de propósito para favorecer o outro piloto da equipe, Fernando Alonso.
Assim, o espanhol, que vivia tempos de coadjuvante na categoria devido ao domínio de Ferrari e McLaren, que venceria a corrida, sendo este o primeiro triunfo da escuderia desde 2006.
Contudo, no ano seguinte, após a comprovação do esquema de manipulação, que ficou conhecido como Singapuragate, Nelsinho Piquet entrou com uma acusação formal na Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o que levou Flávio Briatore a ser banido da Fórmula 1 de forma vitalícia.
Entretanto, em 2010, um ano depois da primeira punição, o executivo viu sua pena ser revertida em uma suspensão de cinco anos. Portanto, ficando livre para retornar ao automobilismo a partir de 2016.
Em 2023, o piloto brasileiro Felipe Massa, sentindo-se prejudicado por ter perdido o título mundial em 2008, entrou com uma ação na FIA, baseando-se em uma afirmação de Bernie Ecclestone, ex-executivo-chefe da categoria, de que os fatos revelados pelo Singapuragate e a manipulação protagonizada por Flavio Briatore eram conhecidos desde o ano do ocorrido.
Ainda de acordo com Ecclestone, mesmo sabendo do ocorrido, o caso teria sido abafado com o intuito de “salvar o esporte de possíveis escândalos”.
Na ocasião, Felipe Massa deixou de ser campeão da Fórmula 1 ao perder o título, na última corrida, para Lewis Hamilton, pela diferença de um ponto. Mais tarde, o inglês se tornaria um dos condutores mais vitoriosos da história da categoria.
Assista também nossos vídeos. Neste, Fred Figueiroa comanda um Game Show em que Celso Ishigami e Cassio Zirpoli colocam seus conhecimentos à prova. Veja:
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