O sueco Armand Duplantis mostrou mais uma vez que não tem limites. Ele quebrou o seu recorde mundial, elevando-o aos 6,25 metros, pouco depois de garantir o seu segundo ouro olímpico no salto com vara, nesta segunda-feira (5) nos Jogos de Paris-2024.
Duplantis já tinha a medalha de ouro assegurada, já que havia sido o único a saltar a barra dos 6,00 metros e relegou o americano Sam Kendricks (5,95m) à prata e o grego Emmanouil Karalis (5,90m) ao bronze.
Em seguida, atacou a barra de 6,10 metros para quebrar, já na primeira tentativa, o recorde olímpico, que pertencia ao brasileiro Thiago Braz (6,03m na Rio-2016), antes de um final perfeito, diante da barra de 6,25m, que derrubou duas vezes antes de sobrevoá-la na terceira e última tentativa.
Desde que ‘Mondo’ bateu pela primeira vez o recorde mundial da sua prova no dia 8 de fevereiro de 2020, então detido pelo francês Renaud Lavillenie com 6,16 metros, o prodígio sueco bateu o recorde outras oito vezes, contando esta segunda-feira em Paris.
Três ouros mundiais, três ouros europeus, agora dois ouros olímpicos, repetidas vitórias em grandes eventos… Aos 24 anos, Duplantis há anos compete apenas contra seus próprios limites.
Treinador afirma que Duplantis ainda não chegou no auge
Enquanto o seu pai e treinador Greg prevê que o filho ainda não atingiu seu auge e pode se aproximar dos 6,40, os sistemas de inteligência artificial chegam a aumentar as perspectivas até os 6,51 metros, algo que faz o próprio ‘Mondo’ sorrir.
Por enquanto, no Stade de France, as condições eram perfeitas para uma grande noite para o saltador com vara nascido na Louisiana, nos Estados Unidos, que defende as cores do país de sua mãe e também treinadora, Helena. Uma meteorologia favorável e um estádio cheio e vibrante, empurrando o prodígio sueco nos seus impulsos e nos seus voos.
Duplantis saltou primeiro a barra de 5,70 metros e depois também a barra de 5,85m, 5,90m e 6,00m, enquanto seus adversários ficaram para trás um por um.
Em nenhum momento ele correu o risco de deixar o ouro escapar na competição que se tornou quase uma formalidade para ele. Mas o público queria ver a luta do sueco contra os 6,25 metros.
Depois de duas barras derrubadas, na última tentativa ele atingiu o objetivo e o Stade de France explodiu no primeiro grande feito do atletismo nestes Jogos Olímpicos.
Confira também os nossos vídeos. Neste, os jornalistas Celso Ishigami, Cassio Zirpoli e Fred Figueiroa analisam a conquista da primeira medalha olímpica do Brasil na ginástica artística por equipes.