Goleada do Brasil sobre o Paraguai deu novo fôlego à equipe de Dorival Júnior
A vitória do Brasil por 4 a 1 sobre o Paraguai, nesta sexta-feira (28), pela 2ª rodada da fase de grupos da Copa América, foi o impulso definitivo que a torcida brasileira necessitava para retomar a empolgação com a Seleção. Após uma estreia muito abaixo do esperado contra a Costa Rica, com um empate sem gols que teve gosto de derrota, a equipe comandada por Dorival Júnior enfim conseguiu se acertar em campo.
A noite ainda contou com o brilho especial do inspirado Vinícius Júnior, que marcou duas vezes e consolidou sua posição como candidato ao título de melhor jogador do mundo. O Game Arena traz, a seguir, os principais aspectos positivos e negativos do confronto, as principais estatísticas e as curiosidades que envolveram o 83º encontro entre Brasil e Paraguai da história.
B R A S I L 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
A Seleção Brasileira encerra o jogo com resultado gigante contra o Paraguai. 4×1 e seguimos firmes para o próximo confronto, terça-feira (2) contra a Colômbia.
Vamos por mais! É só o começo 💛💚
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O que deu certo?
Destaque de Vini Jr: O craque do Real Madrid viveu uma noite de gala, mostrando a que veio desde o primeiro minuto de jogo. A performance contou com muitos dribles e arrancadas e foi coroada com dois gols marcados. A brilhante atuação foi impulsionada por um conjunto de fatores, entre eles o apoio do lateral-esquerdo Wendell, que substituiu Guilherme Arana no jogo contra o Paraguai. Com o camisa 6 preenchendo o corredor esquerdo e atraindo a marcação, Vini teve maior liberdade para as jogadas ofensivas.
Paquetá foi peça importante: Apesar de ter desperdiçado o primeiro pênalti e ter furado em uma ótima oportunidade criada por Vini Jr, Paquetá conseguiu se redimir ao longo do jogo. Não apenas com o pênalti convertido aos 20 minutos do segundo tempo, que decretou a goleada, mas com participações importantes em todos os outros gols. Além da assistência certeira para Vini no primeiro, contribuiu com lançamentos precisos no início das jogadas do segundo e terceiro gols.
Transição ofensiva em velocidade: A parceria entre Lucas Paquetá e Bruno Guimarães no meio-campo foi outro ponto alto no desempenho brasileiro. A dupla atuou mais próxima dentro de campo e conseguiu emplacar transições ofensivas em velocidade, como no lance em que terminou com a mão na bola de Cubas e o primeiro pênalti a favor do Brasil. Em outro lance, Guimarães quase deixou o seu, quando mandou um foguete de fora da área, mas a bola explodiu no travessão.
Tudo ou nada do Paraguai: Em busca de evitar a eliminação precoce, a equipe paraguaia foi obrigada a se expor mais em campo, especialmente após o primeiro gol sofrido. Dessa forma, o Brasil teve a seu favor mais espaço para aproveitar os avanços em velocidade. No segundo tempo, a Albirroja voltou mais agressiva e diminuiu logo aos 3 minutos, mas a reação teve um balde de água fria com o quarto gol brasileiro aos 20 minutos.
Pontos a melhorar
Controle emocional: Para além dos ajustes táticos, um aspecto fundamental importante a ser trabalhado no elenco é a questão emocional. Se por um lado Vini Jr soube abalar o psicológico dos adversários com seus dribles ousados, por outro acabou caindo na mesma armadilha quando o cenário de provocação se inverteu. O destempero rendeu um cartão amarelo ao craque, que pode ser um fator de preocupação para os próximos jogos. Além do camisa 7, outros jogadores brasileiros também acabaram sendo influenciados pelos rivais e se envolveram em princípios de confusão.
Finalizações de média distância: Na partida contra a Costa Rica, o Brasil teve apenas 5 tentativas de fora da área de um total de 19 finalizações. Já contra o Paraguai, foram 17 finalizações ao todo, com as mesmas 5 tentativas de fora da área. O foguete de Bruno Guimarães no travessão, aos 42 minutos do primeiro tempo, foi um belo exemplar das possibilidades. O recurso, ainda pouco trabalhado pelo Brasil, pode ser fundamental para encarar adversários mais compactados e de maior qualidade técnica.
INESQUECÍVEL! 🇧🇷🇧🇷🔥🔥
O Brasil venceu o Paraguai pela Copa América, no Allegiant Stadium, em Las Vegas, na noite de ontem (28). A Seleção driblou, finalizou, defendeu, brilhou e avançou para o próximo jogo da competição.
Após vitória por 4×1, o Brasil enfrenta na próxima… pic.twitter.com/ynJM53oYoP
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Números do jogo
O duelo entre Brasil e Paraguai foi o 83º confronto da história entre as equipes, sendo 31 deles pela Copa América. Na partida, o Brasil foi superior na posse de bola em relação aos paraguaios, com 55% contra 45%. A equipe brasileira finalizou 17 vezes, com 6 chutes em direção ao gol, enquanto o Paraguai teve 15 finalizações, com os mesmos 6 chutes a gol. Ainda sobre as finalizações, o Brasil arriscou 12 vezes de dentro da área e 5 de fora, enquanto o Paraguai arriscou 5 vezes de dentro da área e 10 de fora. Dos 476 passes do Brasil, 85% foram certos, enquanto o Paraguai teve 391 passes e acertou em 84% das vezes.
Curiosidades
Dribles de Vini Jr: Na partida contra o Paraguai, Vini Jr arriscou 17 dribles, sendo bem sucedido em 7 oportunidades. A marca foi a segunda maior entre os jogadores brasileiros na Copa América, desde que o recurso passou a ser registrado, em 2011. A primeira posição é mantida por Neymar, que tentou 19 dribles contra o Peru na edição de 2015, completando 5 deles.
Dois gols no primeiro tempo: Os dois gols de Vini Jr no primeiro tempo contra o Paraguai representou uma marca que não era alcançada desde a edição de 2016, quando o Brasil atropelou o Haiti por 7 a 1. Na ocasião, Philippe Coutinho marcou dois dos seus três gols na partida na etapa inicial.
Primeira assistência de Paquetá para Vini: O gol da abertura do placar, marcado por Vini Jr aos 35 minutos do primeiro tempo, foi a primeira assistência de Lucas Paquetá para o camisa 7 desde que os dois atuam juntos na Seleção Brasileira. Antes, Vini já havia sido o ‘garçom’ do companheiro de equipe por duas vezes, contra Senegal em amistoso e contra a Coreia do Sul na Copa do Mundo de 2022.
Jejum brasileiro de 23 anos na Copa América: A vitória expressiva do Brasil sobre o Paraguai representou a quebra de um jejum de 23 anos na Copa América. O último triunfo brasileiro no torneio havia sido em 2001, com um placar de 3 a 1 na fase de grupos. Desde então, foram cinco jogos disputados ao longo de quatro edições, com uma vitória paraguaia e quatro empates.
Assista também nossos vídeos. Nesta edição do Raio-X, nossos comentaristas Celso Ishigami, Fred Figueiroa e Cassio Zirpoli analisam os principais destaques da vitória do Brasil sobre o Paraguai pela Copa América. Assista:
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