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Kobold Press anuncia novo sistema em resposta à polêmica da nova licença de Dungeons & Dragons

A Kobold Press, uma das maiores editoras de conteúdo compatível com Dungeons & Dragons, anunciou planos de desenvolver um novo...

Kobold Press anuncia novo sistema em resposta à polêmica da nova licença de Dungeons & Dragons

Tiamat em fúria na capa de 'Tirania dos Dragões', uma das primeiras aventuras de D&D criada pela Kobold Press. (Divulgação)

A Kobold Press, uma das maiores editoras de conteúdo compatível com Dungeons & Dragons, anunciou planos de desenvolver um novo sistema de RPG com temática de fantasia medieval, disponível para uso aberto. Com o codinome “Project Black Flag” (projeto bandeira negra), o anúncio quebrou o website da companhia, e eles tiveram que refazer o anúncio no Twitter.

O anúncio é uma clara resposta aos recentes rumores de mudanças na Licença Aberta (OGL, Open Game License), documento que permite a criação e comercialização de material compatível com Dungeons & Dragons por autores independentes. A Kobold Press é uma das maiores editoras a publicar material para Dungeons & Dragons, e inclusive trabalhou com a Wizards of the Coast para desenvolver Tirania dos Dragões, uma das primeiras aventuras oficiais publicadas no sistema.

Rumores da revogação da Licença Aberta deixaram a comunidade do RPG em polvorosa, pois desde os anos 2000, incontáveis RPGs surgiram usando o sistema d20 como esqueleto, e diversos autores publicaram material usando o sistema livre de royalties. RPGs queridos por muitos fãs e jogadores, como Call of Cthullu, Tormenta20, Pathfinder, Mutantes & Malfeitores, Skyfall, Critical Role e muitos outros seriam afetados por uma revogação das regras.

Na semana passada, uma publicação da Gizmodo mostrou uma suposta versão rascunho da nova licença, que, se confirmada, mostra-se terrível para criadores de conteúdo. O documento é um vazamento e não é possível confirmar sua veracidade, mas causou um verdadeiro tumulto entre os escritores e jogadores da comunidade RPGística, por incluir obrigações consideradas injustas.

Tributos do Dragão

Dentre elas, incluem reportar conteúdos que estão em produção à Wizards of the Coast; ceder os direitos de seus conteúdos para a Wizards of the Coast, que poderá reutilizar em suas publicações oficiais – sem qualquer retorno financeiro; reportar informações financeiras de receita com material relacionado à OGL; pagar royalties caso a receita ultrapasse 750 mil dólares por ano.

Com regras tão dracônicas, diversas editoras e produtores independentes, que usam plataformas de financiamento coletivo, decidiram sair da masmorra e se voltar para outras iniciativas. Aí que entra o Projeto Black Flag.

Recentemente, a Wizards of the Coast se pronunciou de forma críptica sobre a polêmica: “Sabemos que vocês tem dúvidas sobre a Licença Aberta e nós vamos esclarecer mais em breve”.

A controvérsia veio em péssima hora, com o iminente lançamento do filme de Dungeons & Dragons em março e o anúncio recente de uma série de TV derivada do filme na Paramount+.

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