Demissões na Take-Two afetaram diretamente a Private Division
De acordo com informações do IGN, a Take-Two Interactive, dona da Rockstar, está de olho em fechar ou vender a Private Division, braço focado em games indies da empresa que foi criada em 2017.
No início de maio, notícias sobre o fechamento da Intercept Games e da Roll7 circularam na internet, mas o CEO da Take-Two, Strauss Zelnick foi a público desmentir a informação.
Já na semana passada, vários funcionários da Intercept Games confirmaram que demissões estavam previstas para o final de junho, mas que o destino do estúdio ainda estava indefinido.
Tanto o estúdio Intercept Games quanto o Roll7 possuem jogos atualmente publicados pela Private Division: Kerbal Space Program 2 e Rollerdrome, respectivamente.
Agora a reportagem alega que as demissões fazem parte de um plano da Take-Two para fechar as portas da Private Division como um todo.
Funcionários da Private Division teriam supostamente recebido, em fevereiro, a notícia de que demissões estavam a caminho, e em abril, a maioria da equipe acabou sendo cortada depois de a Take-Two dizer que não daria mais suporte ao grupo.
Também é alegado que a Private Division recentemente deixou dois acordos existentes de publicação, sendo um para o remake de Silent Hill 2, da Bloober Team, e o outro com a One More Level, desenvolvedora de Ghostrunner.
A reportagem ainda fala em supostas negociações que a Take-Two estava tentando fazer acontecer envolvendo a venda da propriedade intelectual de Kerbal Space Program, com ou sem a Intercept Games, para a Paradox Interactive.
A participação da Moon Studios, desenvolvedora da franquia metroidvania Ori, é relatada como “facilitadora” das conversas. Vale apontar que a Private Division é a publicadora de No Rest for the Wicked, novo game do estúdio.
Coincidência ou não, o CEO da Moon Studios, Thomas Mahler, recentemente fez um post no X (ex-Twitter) que pode ou não ter um significado oculto ao falar da indústria de games no geral.
Segundo Mahler, a indústria de games “tem grande necessidade de corrigir seu curso” porque os desenvolvedores e publicadores se focaram demais em tecnologia e na busca por dinheiro, e agora a indústria “está em um estado crítico”.
“Na verdade, eu estou extremamente empolgado sobre para onde as coisas estão indo, mesmo que a indústria tenha passado por um período de dor para sair mais sábia pelo outro lado. Está tudo bem. Erros foram cometidos e agora é hora de corrigir o curso. Sempre se lembre de que quando uma porta se fecha, outra se abre. Abrace a mudança, porque a mudança é inevitável”.
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Fontes do site apontam a liderança da Take-Two, particularmente na figura do CSO da Private Division, Michael Worosz, como o responsável pela má gestão que levou a esse momento, citando metas de vendas nada razoáveis e a pressão para lançar jogos antes de estarem prontos.