Segundo um comunicado do SAG-AFTRA, o sindicato irá protestar na frente do Disney Character Voices, em Burbank, na Califórnia, na próxima quinta-feira (15). O sindicato continua na empreitada de defender os direitos dos atores de voz que continuam tentando proteger seus direitos contra a IA.
A ação industrial diz respeito ao uso de inteligência artificial para replicar as vozes e os movimentos de intérpretes em videogames: “A SAG-AFTRA está entrando em greve contra este contrato para que os membros que trabalham em mídia interativa (videogames) possam continuar ganhando a vida com o trabalho que amam. O trabalho e as imagens de nossos membros estão sendo explorados pela inteligência artificial, e as empresas de videogames se recusaram a oferecer um acordo justo que enfrente essa ameaça existencial,” diz o comunicado do sindicato.
O sindicato começou a greve em 26 de julho, que impede 160 mil dos artistas cadastrados no SAG-AFTRA de atuar em qualquer projeto novo de jogos, e também em projetos que começaram as operações depois de agosto de 2023. Se uma publisher aceitar o Acordo Interino de Mídia Interativa, poderá utilizar talentos sindicais.
Embora o sindicato e o comitê de negociações das publishers de videogames (Activision, Take-Two, Insomniac, WB Games e outros) tenham chegado a um acordo sobre 24 das 25 propostas, as negociações fracassaram devido ao uso de inteligência artificial em videogames. O comitê de negociações argumentou que suas propostas ofereciam proteções significativas contra a IA, afirmando que eram “entre as mais robustas da indústria do entretenimento.” A SAG-AFTRA discorda, dizendo que os termos, condições e exclusões anexados “anulam” essas proteções.
Conforme os termos do comitê de negociações, a performance de um artista não estaria protegida a menos que fosse usada de uma maneira em que fosse reconhecível como a fonte, e também deve haver uma relação direta entre o artista e a representação daquele personagem. Este é um conjunto específico de circunstâncias que excluiria muitos artistas.
Jennifer Hale, uma das dubladoras mais prolíficas das últimas duas décadas, concorda, dizendo: “Se as empresas obtiverem permissão para fazer isso, elas poderiam pegar qualquer um dos meus papéis, alimentá-los em uma IA e obter uma nova performance. Não podemos sustentar isso, e nós, atores, somos apenas o primeiro sinal de alerta. Isso está vindo para todos nós.”
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