Final Fantasy 7 Rebirth conseguiu ser ainda melhor do que Remake
O dia 29 de fevereiro normalmente significa uma data especial e rara, uma vez que só acontece em anos bissextos, mas, em 2024, ele também marca o lançamento de um dos jogos mais aguardados dos últimos anos: Final Fantasy 7 Rebirth.
Leia mais:
- PlayStation Plus: Confira a incrível lista de jogos do mês de março
- Hidetaka Miyazaki gostaria de fazer mais jogos do tamanho de Elden Ring
- Neil Druckmann, diretor de The Last o Us, revela que “não tem mais tantos jogos” para criar
Depois de esperar por alguns longos anos, eu tive a honra e a sorte de receber uma chave antecipada de Final Fantasy 7 Rebirth para produzir um review aqui para a Game Arena, e, após dezenas de horas, chegou o momento de trazer o meu veredito.
A História
Bom, não é mistério nem segredo para ninguém que Final Fantasy 7 Rebirth começa logo após os eventos que encerraram a história de FF7 Remake.
Cloud e companhia deixam Midgar após uma série de reviravoltas e batalhas cinematográficas, e agora se encontram em uma porção gigantesca do mundo, com um upgrade considerável no nível de exploração e encantamento com os cenários.
Para quem jogou o original, a história coberta em FF7 Rebirth corresponde ao período entre a fuga de Midgard e a Forgotten Capital, exatamente onde o primeiro CD do game de PS1 terminava.
As 10 horas de conteúdo da versão original foram adaptadas para mais ou menos quatro vezes mais, mas, em nenhum momento, fiquei com a sensação de estar jogando algo forçado, ou “esticado” demais para gerar mais material.
Aqui é um terreno extremamente complicado de se navegar, pois, como sabemos, após os eventos de FF7 Remake, a história do game não segue 100% a do original, então prefiro preservar a experiência de todos vocês ao não me aprofundar muito no que acontece em Rebirth.
E saibam que, como um fã do jogo original de PS1, minha reação final aos acontecimentos de Rebirth foi extremamente positiva, considerando ideal o equilíbrio encontrado para apresentar fatos conhecidos com a introdução de mudanças importantes.
O Gameplay
Em termos de combate, o gameplay de Final Fantasy 7 Rebirth segue quase 100% em linha com o estilo apresentado em Remake, e isso é ótimo, considerando que já era algo espetacular e divertido.
Cada um dos personagens possui um estilo de combate próprio, oferecendo ao jogador a possibilidade de mesclar opções de ataques corpo a corpo, feitiços, habilidades especiais, invocações e até a combinação de poderes entre uma determinada dupla dos protagonistas.
Além do combate, o gameplay de Final Fantasy 7 Rebirth também gira muito em torno da exploração. Diferente do Remake, agora temos enormes áreas abertas orbitando as localizações principais do game.
E o mundo aberto de Rebirth é simplesmente pulsante com vida e objetivos. Seguindo uma estrutura bem característica do gênero, temos acesso a diversos pontos de interesse, com missões secundárias e inimigos espalhados pelo caminho.
É claro que para auxiliar na locomoção através destes vastos cenários, existem algumas opções de transporte que aceleram a movimentação dos personagens.
Alguns locais oferecem veículos próprios, como um buggy de oito rodas e até mesmo aquelas scooters de duas rodas que vemos seguranças de shopping usando nas patrulhas.
Mas o mais legal de todos, é claro, é o Chocobo. Os adoráveis pássaros gigantes podem ser usados como transporte em absolutamente todos os cantos, e em cada região, a variante local possui habilidades particulares, criando uma experiência sempre fresca na navegação.
E precisamos falar dos minigames de FF7 Rebirth. São quase 30 tipos de atividades que surgem em todo canto, desde corridas de Chocobos e um simulador completo de piano, até o mais divertido e viciante deles: Queen’s Blood.
O Queen’s Blood é um jogo de cartas original de Final Fantasy 7 Rebirth, que segue uma estrutura parecida com a que Gwent teve em The Witcher 3, no sentido de oferecer desafiantes em vários pontos do mundo, enquanto você coleta novas adições ao seu deck e sobe de ranking.
Eu fiquei absolutamente vidrado em Queen’s Blood, e devo ter passado umas 10 horas somente nas batalhas de cartas. O game possui um sistema simples, mas que, conforme novas cartas vão surgindo, as estratégias se tornam cada vez mais profundas e desafiadoras.
No geral, Final Fantasy 7 Rebirth é uma experiência fantástica de gameplay, com a mistura perfeita entre combate, exploração e atividades secundárias. Sempre muito divertido e viciante.
A Trilha Sonora e os Gráficos
Bom, aqui é onde todo o decoro de um jornalista cai por terra, e o coração de um fã fala mais alto. Pelo amor de Deus, que jogo lindo! Que trilha sonora absurda!
Não existe um momento sequer, um cenário qualquer, que não tenha sido feito com um extremo esmero pelos desenvolvedores. É tudo muito bonito e detalhado, com visuais de brilhar os olhos.
E o mais assustador é que, apesar de termos gráficos incríveis e realistas, com animações muito fluidas, existe um ponto ainda mais encantador em FF7 Rebirth: a trilha sonora.
Sério, joguem com fones de ouvido. Vocês vão se pegar, em diversos momentos, simplesmente parados no mapa, hipnotizados pela magia que as músicas do game possuem.
Desde o tema principal, que toca no menu do jogo, Final Fantasy 7 Rebirth traz uma coletânea de músicas inspiradíssimas, que possuem uma sinergia inacreditável com o que acontece em tela. Simplesmente fantástico!
Conclusão
Mesmo terminar de escrever a review de Final Fantasy 7 Rebirth é agridoce. Cada minuto que passei com Cloud, Aerith, Tifa e companhia foi mágico, e, com toda certeza, voltarei para buscar os 100%.
Depois de me encantar com FF7 Remake, e agora encontrar uma experiência ainda mais sublime com Rebirth, minha única batalha daqui para a frente será contra a ansiedade para mergulhar na terceira e última parte desta trilogia fantástica.