Simulador é a melhor recriação da experiência UFC já feita até hoje
Minha história com o UFC vai muito longe na linha do tempo, quando assistir aos eventos da organização eram verdadeiras festas na minha casa, virando as noites na torcida pelos meus lutadores favoritos.
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De lá para cá, essa relação teve altos e baixos, passando pelo auge de acompanhar a era de ouro de Anderson Silva e companhia, mas que, nos últimos tempos, passou por uma natural “esfriada”, pela simples falta de identificação com um ídolo.
O EA Sports UFC 5 conseguiu reativar dentro de mim um sentimento adormecido, entregando uma experiência tão poderosamente realista, que me senti o mais próximo que alguém pode estar do octógono sem, de fato, entrar nele.
Depois de alguns dias na trocação franca do EA Sports UFC 5, chegou a hora de trazer o meu veredito sobre o game.
O Gameplay
A estreia dos jogos de UFC no motor gráfico Frostbite, presente há tanto tempo em outros jogos da EA, trouxe para o simulador de MMA a versão mais realista e imersiva que a franquia já viu.
Isso passa por recriações absurdamente fieis dos lutadores da organização, ao ponto de enganar minha esposa que, sem saber que se tratava de um jogo, ficou espantada com o fotorrealismo daquilo que estava na televisão.
Essa sensação permeia todos os momentos do gameplay de EA Sports UFC 5, principalmente na evolução das lesões que vão se formando nos corpos dos lutadores durante os combates. Ao todo, são incríveis 64.000 mil combinações de danos faciais, o que entrega cortes, inchaços e hematomas extremamente realistas, contribuindo para uma sensação de que cada luta é diferente da anterior.
A imersão no octógono também passa por controles mais simplificados e objetivos, principalmente no jogo de chão, quando os atletas estão no xadrez do jiu-jitsu. Sem os cansativos mini-games de versões anteriores, e com animações mais rápidas e fluidas, o combate ficou ainda mais realista, e, pela primeira vez, na minha experiência, me deu vontade de realmente me especializar na luta agarrada, e variar meu repertório além dos nocautes.
Mas a trocação em si também recebeu upgrades sensíveis de gameplay. Novas animações ajudam a recriar os estilos de luta que formam o arsenal da luta em pé. A parte defensiva ficou mais eficiente, com movimentações mais rápidas dos lutadores, e clinches mais variados.
No final das contas, senti que finalmente tenho nas mãos um simulador, de fato, daquilo que é a experiência de luta no octógono. Uma vez que não possuo quaisquer aptidões físicas de um atleta de alto nível, o EA Sports UFC 5 me leva ao mais real possível.
Gráficos
Entrando mais a fundo nos gráficos do EA Sports UFC 5, temos um jogo que realmente não deve ser jogado ou visto pelo fracos de estômago. Fazendo uso das dezenas de milhares de combinações de lesões possíveis, o que temos é uma festa sangrenta no octógono.
Praticamente todos os pontos do rosto dos atletas sofre danos extremamente realistas, seja testa, olhos ou supercílios, cujos hematomas e cortes vão só piorando com o passar do relógio.
Os combates ganham vida na tela muito por conta dos 60 FPS, mas também pelo absurdo sistema de partículas, que geram sangue e suor de maneira bastante realista, salpicando o octógono.
As lutas também brilham mais intensamente com novos ângulos de câmera, que trazem uma experiência autêntica desde a entrada dos atletas, passando pela torcida no caminho até o octógono, e devido um sistema de iluminação dinâmica, que ajuda a capturar e reproduzir a emoção vivida pelos lutadores.
Por fim, preciso dar destaque ao novo replay cinemático para nocautes. É simplesmente devastador o resultado de um golpe bem aplicado para finalizar uma luta, amplificado em intensidade por câmera lenta, sangue e suor pingando, cabelos esvoaçando, e efeitos sonoros de tremer os ossos.
Modo Carreira
Como sempre, depois de me acostumar com o gameplay de um jogo do UFC, gosto de mergulhar no Modo Carreira, e no UFC 5, a experiência está renovada e melhorada.
Ao lado do velho conhecido Coach Davis, a ex-campeã peso-mosca, Valentina Shevchenko, forma uma dupla de treinadores que auxiliam no desenvolvimento do nosso lutador.
Toda a experiência ficou mais imersiva e divertida com a possibilidade de simular treinamentos previamente concluídos, o que ajuda a focar somente no desenvolvimento real do personagem.
Um ponto que sempre me incomodou em jogos passados do UFC é a dificuldade baixa do Modo Carreira, e isso foi definitivamente resolvido neste novo game. Principalmente no Lendário, que removeu o HUD e aplicou configurações mais realistas de dano e cansaço nas lutas, entregando uma versão muito mais verossimilhante para a jornada até o cinturão.
Na parte online, gostei muito do recurso de prestígio, que faz com que, ao atingir um determinado limite, aplicamos um reset na evolução do lutador, mas ganhamos em troca, um novo nível limite e novas formas de progressão. Realmente vai ajudar a aumentar a vida útil no modo.
Conclusão
O pacote do EA Sports UFC 5 é sensacional. O gameplay de combate está ainda mais realista e divertido do que em versões anteriores, com destaque para o sistema simplificado da luta de chão.
Na parte visual, a estreia da Frostbite, aliada ao novo sistema de partículas e iluminação dinâmica, cria uma experiência extremamente realista e imersiva. É, definitivamente, o mais real que um jogo do UFC pode ser.