Ace Attorney Investigations Collection é uma forma incrível de revisitar dois grandes jogos
Quando jogamos o preview de Ace Attorney Investigations Collection, comentamos sobre como essa era uma ótima maneira de revisitar dois grandes jogos, e como um deles sequer chegou a ser lançado no ocidente oficialmente, o trabalho da Capcom de localizar o título é louvável.
Por isso, pegamos o nosso terno vermelho estiloso e partimos para resolver alguns mistérios ao lado da trupe comandada por Edgeworth durante os dois jogos.
Mudanças consideráveis
Primeiro, precisamos falar sobre como os jogos estão repaginados e bonitos. A nova versão, com os personagens redesenhados por Tatsuro Iwamoto salta aos olhos em comparação com as versões do Nintendo DS. Contudo, caso queira ser saudosista, é possível jogar no estilo clássico, com gráficos pixelados e no mesmo jeito do original.
Optei por jogar na nova versão, e é bacana ver como os cenários foram refeitos, além das artes para transportar os dois jogos para um cenário em HD. O visual até parece que saiu diretamente da arte feita por Iwamoto para o jogo, então em alguns casos o traço pode parecer “cru” demais em algumas imagens dos personagens, mas nada que incomode de verdade.
Com a possibilidade de reler os diálogos e também usar o autoplay, além de acessar o caderno de anotações durante as fases, ajuda bastante a conseguir relembrar algum ponto importante do caso antes de chegar na parte de descobrir quem é o culpado ou não.
A trilha sonora do jogo também recebeu uma repaginada, mas é possível trocar pela clássica nas escolhas de menu. A possibilidade de escolher quais capítulos irá jogar também está disponível, para caso queira relembrar pontos específicos dos dois jogos, ou somente entender o que está por vir.
Vale também destacar que o jogo conta com uma extensa galeria com várias imagens dos personagens dos dois títulos, que tem itens desbloqueados conforme o jogador vai avançando nos capítulos e garantindo mais conteúdo inédito para ver.
Um ponto negativo dessa coletânea, é infelizmente, a ausência de uma localização em português brasileiro. Quem sabe a Capcom não faz a boa em uma futura atualização e ajuda a galera que não manja tanto de inglês assim?
Eureka!
Caso não tenha jogado a dupla de títulos, explicaremos como funciona o estilo de jogabilidade. Diferente de outros jogos da franquia Ace Attorney, aqui temos Miles Edgeworth resolvendo mistérios ao invés de estar presente em um tribunal. Com isso, o promotor de justiça precisa reunir provas, confrontar testemunhas, e extrair a verdade usando a dedução e lógica.
O jogador precisa explorar os cenários, encontrar as pistas escondidas, e achar contradições nas falas de alguns personagens. Existe a possibilidade de errar, e caso Edgeworth não consiga encontrar a verdade, ela se perderá para sempre e o jogador deve recomeçar tudo outra vez.
Em Ace Attorney Investigations: Miles Edgeworth, o promotor acaba sendo levado a enfrentar uma série de casos para descobrir uma grande conspiração que se desenrola ao longo dos 5 capítulos da aventura.
Take that!
Já no segundo jogo, coloca Miles na dúvida se deve seguir a sua carreira como promotor de justiça ou seguir o legado de seu pai e se tornar um advogado de defesa. Enquanto isso, ele deve também lidar com a juíza Verity Gavèlle tentando substituí-lo por um promotor incompetente. Edgworth vai ao limite, podendo perder o seu cargo, para tentar descobrir a verdade por trás de tudo o que está acontecendo.
Em Ace Attorney Investigations 2: Prosecutor’s Gambit, é introduzido o xadrez mental, que coloca Miles para tentar “quebrar” os inimigos e conseguir informações por meio de um sistema que diminui as chances do “adversário” de rebater a lógica do promotor e entregar uma informação valiosa que é necessária para resolver o caso.
Com essa mecânica, o jogador precisa correr contra o tempo e entender qual é o momento de retrucar a pessoa investigada, e quando é preciso segurar a onda e dar um respiro para prosseguir com a estratégia.
Cada embate mental ajuda a ter mais respostas quando um suspeito não quer revelar algo importante, e possibilita mudar a dinâmica de interrogar, pressionar e apresentar provas que pode acabar se tornando rotineira demais para muitos.
Contudo, a jogabilidade do título continua excelente. O jogador pode investigar um item importante da cena do crime, confrontar contradições presentes na cena, e tentar pressionar ao máximo os interrogados para a verdade vir a tona durante o processo de encontrar o culpado em um determinado caso.
Devo dizer que não sou dos mais versados na franquia, mas havia jogado o primeiro título no Nintendo DS, e agora, dando mais uma chance durante esse review, devo dizer que me encontro empolgado para testar os outros jogos da série.
Ace Attorney Investigations Collection faz um ótimo trabalho de remasterizar dois baita jogos, trazê-los para um novo público, e o mais importante, finalmente ter uma versão oficial de Prosecutor’s Gambit no ocidente, algo que os fãs clamam há bastante tempo.
No fim, o saldo dessa remasterização é extremamente positivo, principalmente por trazer muitas atualizações pertinentes, como uma melhora na experiência de usuário louvável em comparação aos títulos de DS. Ainda mais pelas limitações do console portátil, é muito mais amigável de navegar pelos menus e relembrar pistas na coletânea do que era possível no original, e isso ajuda bastante a se manter engajado no mistério.
Caso seja um investigador novato ou um apreciador da franquia Ace Attorney, a coletânea é uma ótima pedida e também uma excelente forma de manter disponível dois jogos de um console que, infelizmente, não possui mais loja digital e não é possível comprá-los outra vez.
Ace Attorney Investigations Collection chega em 6 de setembro para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
Ace Attorney Investigations Collection foi testado no PC com uma cópia cedida pela Capcom.
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