A vice-presidente de desenvolvimento de produtos ajudou a criar várias franquias da PlayStation
A Sony confirmou por meio de um comunicado para o site Axios na última quinta-feira (26), que a vice-presidente de desenvolvimento de produtos da PlayStation, Connie Booth, deixou a empresa após 34 anos. Booth foi responsável por produzir nomes como Crash Bandicoot e trabalhou com franquias como inFamous, Sly Cooper, Uncharted e Marvel’s Spider-Man.
No comunicado, a empresa agradeceu o trabalho da vice-presidente ao longo dos anos, explicando que “Booth ajudou a guiar o sucesso do PlayStation Studios está experimentando, e a paixão em criar um ambiente onde uma visão criativa de uma equipe poderia florescer totalmente, deixou um impacto positivo em vários desenvolvedores”, disse um porta-voz da Sony.
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“Somos gratos a Connie pelas inúmeras contribuições para a empresa e desejamos o melhor para ela nas próximas empreitadas”. A saída de Booth foi debatida recentemente no começo da semana com o ex-diretor de jogos David Jaffe, comentando sobre o assunto.
Segundo o ex-diretor que trabalhou na PlayStation criando a primeira saga God of War, Booth teria sido demitida após uma longo período de tensão sobre a decisão de migrar o PlayStation Studios para desenvolver mais jogos como serviço.
Jaffe também comentou que boa parte da equipe da ex vice-presidente também saiu da empresa. O ex-diretor também alegou que a situação com Booth estava tensa desde o anúncio de Jim Ryan de que a empresa focaria em mais jogos como serviço.
Outra alegação seria de que Connie Booth teria levado a culpa sobre a mudança de foco e que os estúdios ficaram descontentes com a situação, o que pode levar a mais uma leva de saídas na PlayStation Studios.
Os estúdios teriam não gostado dessa ideia, e a demissão de Booth pode desencadear ainda mais descontentamento. E Jaffe ainda alega que vários desenvolvedores ficaram revoltados com o “congelamento” do multiplayer no universo de The Last of Us.
Do ponto de vista mercadológico, faz sentido em focar nesse tipo de jogo, no entanto, a força da PlayStation está nos títulos narrativos da empresa. Fica complicado de entender qual é a estratégia por trás dessa situação.
É complicado querer mexer em uma fórmula vitoriosa em prol de seguir o ponto de vista do mercado. Para investidores, faz sentido, já que seria uma forma de garantir mais dinheiro de forma “certeira”, mas faria perder a essência do que tem sido o ponto principal de diferença da empresa para a Xbox.
Outro ponto preocupante que Jeff cita no vídeo, é que o chefe do PlayStation Studios, Hermem Hulst, estaria a favor de acabar com os estúdios situados no Japão. Por mais que os sucessos recentes da empresa tenham vindo do ocidente, cortar esse tipo de ligação seria surreal.
Durante décadas, a força da PlayStation vinha dos jogos japoneses, e por isso que a empresa — japonesa, vale destacar — conseguiu fazer tanto sucesso no oriente, ao ponto da Xbox não conseguir entrar de cabeça na região devido à resistência com um produto vindo de fora.
No resumo da situação toda, é algo extremamente triste e complicado. Não dá para saber quais são os próximos passos da Sony, mas o foco para jogos como serviço pode ser um tiro no pé, ainda mais com a bolha do gênero prestes a explodir.
Com informações de: Eurogamer
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