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Semana Street Fighter: como a mudança de estilo afeta a franquia

Semana Street Fighter: como a mudança de estilo afeta a franquia

Street Fighter recebeu uma roupagem bem diferente no sexto jogo da série, e isso é extremamente benéfico Street Fighter 6 está chegando e, com isso, a equipe da Game Arena está trabalhando em conteúdos especiais sobre o próximo jogo da franquia da Capcom. Começamos nossa semana especial com conteúdos focados na saga ao longo da semana.

Igor Pontes •
29/05/2023 às 22h00, atualizado há um ano
Tempo de leitura: 8 minutos

Street Fighter recebeu uma roupagem bem diferente no sexto jogo da série, e isso é extremamente benéfico

Street Fighter 6 está chegando e, com isso, a equipe da Game Arena está trabalhando em conteúdos especiais sobre o próximo jogo da franquia da Capcom. Começamos nossa semana especial com conteúdos focados na saga ao longo da semana.

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Com o lançamento do sexto jogo, uma das coisas que chama a atenção é a mudança completa na forma como a desenvolvedora está tratando a identidade da franquia, e como isso é importante para a renovação do público.

Finalmente, nas ruas

Apesar do nome da franquia colocar que os personagens são lutadores de rua, o que eles menos faziam era lutar nas ruas. Com Street Fighter 6, o visual da série mudou, tornando-se mais moderno e, finalmente, abraçando o estilo urbano como principal fonte de inspiração na construção visual do jogo. Não só no fato do modo história ter, como o principal palco, a cidade de Metro City, o World Tour apresenta um ar muito mais moderno e despojado para o game.

Street Fighter 6

Trazer a cultura da qual a franquia se espelha, como diz no nome da série, depois de tantos anos, é mais do que necessário. Seja com o World Tour ou na identidade visual, a Capcom está fazendo tudo o que poderia fazer para aproximar Street Fighter do contemporâneo. Se antigamente era mais fácil ver os lutadores em qualquer lugar que não fosse a rua, agora a franquia finalmente está assumindo uma parte importante do próprio nome.

Sendo menos playboy de condomínio e mais jovem que joga bola com dois chinelos montando o gol, Street Fighter 6 finalmente abraça uma temática mais próxima do que a comunidade espera do título, sendo muito mais pé no chão e focando menos em ideias mirabolantes e tramas que envolviam tudo menos lutar na rua.

Identidade nova para todos

Uma parte importante é que boa parte do visual dos personagens foi reformulado. Com um estilo mais moderno, SF6 busca sair um pouco do estigma de jogos de luta, trazendo uma roupagem mais madura para alguns lutadores, especialmente para as mulheres. Mesmo que ainda existam pontos que devem ser trabalhados, é notória a ideia da Capcom em tentar trazer um público muito mais abrangente para o sexto título, em uma tentativa de renovar a base de jogadores e trazer ”sangue novo” para a comunidade do sexto título.

Street Fighter 6

Para sermos sinceros, a comunidade de jogos de luta consiste em um público mais velho do que o normal de outros estilos, e, com isso, carece de uma renovação de jogadores casuais, que vão inflar os números de Street Fighter 6 e transformá-lo em um sucesso comercial. A forma de fazer isso é renovando o visual dos personagens, os tornando mais aceitáveis para o público geral. Quem acompanha a indústria a bastante tempo, sabe a fama dos jogos de luta quanto ao visual das lutadoras femininas. Rechaçar um pouco desses comentários para o novo título, seria mais do que justo, e muito bem-vindo.

Street Fighter 6

O próprio logo da Capcom foi estilizado em grafite, as músicas com um tom mais urbano e hip-hop, tudo em Street Fighter 6 chega para mudar o estilo da franquia, além de colocar o Street de forma mais enraizada no visual da série, finalmente utilizando a cultura das ruas como foco visual.

Além da pancadaria

Uma das principais motivações do diretor do jogo, Takayuki Nakayama, é de criar um título que seja fácil de recomendar para outras pessoas, colocando o gênero no imaginário popular mais uma vez. Apesar dos jogos de luta terem o público bem definido, atualmente, não existe o mesmo brilho em um novo lançamento como nos anos 90. Para o diretor, a mudança de ares é necessário.

E realmente, é uma forma excelente de cativar os jogadores casuais a manter o interesse, caso não estejam com o foco de entrar em partidas online, ter um conteúdo extra como o World Tour ajuda bastante, na hora de manter o usuário entretido com outras facetas de Street Fighter 6. Fica fácil de entender que a mudança no estilo seja benéfica para atrair novas pessoas para a base de fãs da franquia, principalmente com a chegada do mundo aberto do World Tour.

A ideia de ter narradores da comunidade de Street Fighter foi um baita acerto da Capcom. Isso ajuda aos fãs mais fervorosos a terem uma conexão maior ainda com o jogo, além de condecorar pessoas importantes da base, que fizeram parte da história da franquia. Com nomes como Thea Trindad e James Chen, Street Fighter 6 coloca-se mais próximo ainda da comunidade e da proposta de ser uma briga de rua. Nada mais justo do que colocar pessoas conhecidas das “ruas” para comentar as jogadas dos lutadores.

Cheirinho de novidade

Street Fighter 6 chega com aquele cheirinho de coisa nova, o que, para muitos que estão afastados do cenário de jogos de luta, pode encher bem mais os olhos do que questões de balanceamento de lutadores. Com a possibilidade de aprender a jogar o título através do World Tour, e entender as mecânicas sem precisar sofrer na mão da CPU ou de outros jogadores online, a experiência é bem mais palatável para usuários de primeira viagem, ou aqueles que compram o jogo por gostar da franquia, sem focar na parte competitiva.

Cammy e Manon duelam em Street Fighter 6

De qualquer forma, a renovação visual de Street Fighter 6 também traz consigo novidades no jogo em si, o que ajuda bastante com essa virada de página da série, modernizando a estética dos lutadores, do visual da franquia, e abraçando a comunidade de SF, que merece todo o apoio da Capcom após esses 35 anos. A ideia de renovar os ares da saga a partir da abordagem com a comunidade, a repaginada visual e no entendimento do que a marca Street Fighter consegue trazer mostra que a Capcom ainda tem muita lenha para queimar com a principal série da publicadora, e essa nova visão parece ser só o começo.


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