Quando a fantasia final de Final Fantasy estava só começando
O ano era 1987, quando o primeiro Final Fantasy foi lançado. O que a galera mal sabia na época é que essa seria a maior propaganda enganosa de todos os tempos, porque estamos em 2023 e a fantasia ainda não chegou ao fim. Final Fantasy XVI está chegando com um sistema de combate eletrizante e altíssimo fator replay, mas é importante também relembrar a origem dessa saga encantadora, que fez história no cenário do game eletrônico.
É para falar dessas origens que a Radical Games, sua eletrizante revista digital de jogos e games está de volta! Essa semana trazendo não apenas um relançamento, mas o relançamento de um relançamento! Final Fantasy Pixel Remaster (Fantasia Final do Remestre do Pixo) acaba de chegar nos consoles, com melhorias iradas em relação às versões de PC. Será que a magia dos clássicos da Squaresoft segura a bronca, ou essa caravela voadora tá vindo com o casco furado?
Leia mais
- ⚡ Radical Games: The Last of Us em um review eletrizante
- ⚡ Radical Games: Super Mario 64 em um review eletrizante
- ⚡ Radical Games: Zelda Tears of the Kingdom e um review eletrizante
Final Fantasy Pixel Remaster é uma coletânea irada, que traz os 6 primeiros jogos da série. Os games passaram umas horinhas no salão de beleza e chegam com visual recauchutado. Porém, problemas de desempenho são perceptíveis e, mesmo com o jogo rodando em um PlayStation 4, os modelos continuam bastante pixelados. Nossa equipe tentou entrar em contato com a Squaresoft para investigar esse problema, mas descobrimos que a empresa não atende mais por esse nome. Esperamos poder trazer mais detalhes sobre isso em breve.
Felizmente, o som não apresenta os mesmos problemas. Videogames estão na crista da onda e já ultrapassaram o cinema como a indústria de entretenimento que mais fatura no mundo! Isso permitiu que a suposta Squaresoft (carece de fontes) contratasse uma orquestra para tocar as marcantes musiquinhas do game. Tudo com supervisão do compositor original, o pomposo Nobuo Uematsu. Coisa chique, hein? E para a turminha mais saudosista, essa nova versão tem a opção de mudar para o som clássico a qualquer momento.
Um fator intrigante dessa versão remasterizada é o controle. Foi adicionada a opção de desligar os combates aleatórios, e também existe um modo de luta automática, onde os personagens batem nos monstros enquanto você fica assistindo. Reclamaram tanto que em RPGs de combate por turno o jogador só assiste, que os desenvolvedores resolveram mostrar como seria só assistir mesmo. Ponto pela sagacidade!
O duro golpe nessa questão é que mesmo nosso complexo algoritmo de médias e notas foi incapaz de dar um valor numérico para os controles do game, considerando que eles são inexistentes em grande parcela da aventura. Apesar disso, caminhar pelos castelos e cavernas dos jogos é incrível, e todos os personagens podem se mover em qualquer uma das 4 direções do controle (cima, baixo, esquerda e direita).
A grande novidade da versão dos consoles desse pacote fica por conta das fontes do jogo. Pois é, as letrinhas deram o que falar (trocadilho involuntário) na versão de PC. Fãs reclamaram que a escolha da fonte estava muito moderna, prejudicando o fator imersão. Para solucionar isso, veio a revolucionária opção de fonte clássica, que permite à molecada mais jovem ler textos serrilhados, como suas avós faziam no Nintendinho, aproximando gerações nos papos do almoço de domingo.
Mas nem tudo são flores nas planícies de Gaia. A divisão de capítulos do jogo é extremamente confusa. Ao começar Final Fantasy III, por exemplo, você não verá a continuação dos eventos de Final Fantasy II. A impressão que dá é que descartaram totalmente a história do jogo anterior para criar uma experiência totalmente nova e independente, o que pode frustrar fãs de sequências numeradas ao redor do globo.
Problemas à parte, Final Fantasy Pixel Remaster chega perto de ser a versão definitiva desses clássicos, que certamente emocionaram dezenas no século passado. Com gráficos inexplicáveis, som atemporal, controles inexistentes e replay infinito, essa coletânea chegou para mostrar como a fantasia começou, e por que ela está longe de acabar.
Se você é fã de Final Fantasy, ou simplesmente ama coletâneas de RPGs japoneses antigos que tentam solucionar problemas da versão de PC ignorando as limitações desnecessárias da versão mobile, essa é uma experiência mais que obrigatória!
Esse texto é uma paródia e não se propõe a refletir a opinião do seu autor ou da Game Arena.
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, Youtube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.