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Pérolas da 10ª Arte – Donkey Konga

Donkey Konga: quando um gorila de gravata batucou ao som de Blink 182 A história dos consoles caseiros sempre andou...

Donkey Konga

Donkey Konga: quando um gorila de gravata batucou ao som de Blink 182

A história dos consoles caseiros sempre andou de mãos dadas com a cultura das casas de fliperama. Nos primórdios, a maior fantasia possível seria ter um aparelho em casa que reproduzisse com perfeição, ou até superasse a experiência de uma máquina arcade. 

Nenhum gênero nos videogames, com exceção dos jogos de luta, está tão ligado a essa cultura quanto os rhythm games, ou simplesmente jogos de ritmo. A partir da segunda metade dos anos 90, especialmente com a febre de Dance Dance Revolution. 

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Uma onda de periféricos que buscavam simular a experiência das máquinas dominou o mercado. Os mais velhos certamente se lembrarão dos clássicos tapetes de dança do PlayStation. Já nos anos 2000, todo tipo de instrumento foi adaptado com um controle de plástico para jogo de ritmo, desde guitarras até mesas de DJ. 

Hoje quero falar sobre a investida da Nintendo em meio a essa febre, pegando um dos personagens mais tradicionais do próprio acervo e colocando ele para batucar ao som de todo tipo de sucesso da época. 

Donkey Konga

É hora de bater palmas – literalmente – para Donkey Konga, a pérola da décima arte da semana! 

Do que se trata

Donkey Konga é um jogo de ritmo protagonizado, evidentemente, pelo gorila mais amado dos videogames, Donkey Kong. O jogo foi desenvolvido em parceria com a Namco (hoje Bandai Namco), e lançado para o saudoso e injustiçado Nintendo GameCube em dezembro de 2003, com versões ocidentais adaptadas no ano seguinte. 

A Bandai Namco tem como maior sucesso nos fliperamas de ritmo a série Taiko no Tatsujin, famosa por similar tambores japoneses. Donkey Konga também é baseado em um instrumento de percussão: o bongô. O jogo vinha acompanhado de um controle personalizado na forma de bongôs feito de barris, alinhado com a estética dos jogos de Donkey Kong. 

O que você faz no jogo

Não é preciso ser nenhum detetive genial para já ter deduzido a essa altura que o jogo é sobre batucar nos bongôs acompanhando o ritmo de diversas músicas. Talvez o elemento mais inusitado seja a inclusão de um microfone no controle, feito para detectar palmas – ou uma batidinha na lateral do bongô, para os mais preguiçosos. 

Com isso, temos quatro inputs diferentes: o bongô da direita, o da esquerda, os dois juntos e as palmas. Cada uma dessas possibilidades tem um ícone específico na tela, e basta executar a batida necessária no tempo certo para tentar emendar combos e quebrar recordes de pontuação. 

Lembra que eu comentei acima que a versão americana saiu com atraso? Pois então, boa parte das músicas japonesas foi adaptada para canções que tivessem mais apelo com o público ocidental. Com isso temos cenas bastante inusitadas, como um gorila de gravata vermelha batucando na floresta ao som de All the small things, do Blink 182, ou embalando a marcha turca de Mozart.

A curadoria de músicas ainda inclui temas famosos de jogos da Nintendo, como Zelda, Mario e, para fechar com banana de ouro, o lendário DK Rap de Donkey Kong 64. 

O impacto estético

Donkey Konga ganhou mais duas sequências no Japão. Infelizmente, apenas uma delas chegou ao ocidente. As versões japoneses incluem temas de animes famosos, como Dragon Ball Z e Full Metal Alchemist, que provavelmente seriam nos dias de hoje, com tudo bem mais globalizado. 

O desenvolvimento do controle bongô permitiu ainda que Donkey Kong: Jungle Beat viesse ao mundo. Esse é um jogo que mistura ritmo e plataforma de maneira excelente, e merece um capítulo à parte só para ele aqui na Game Arena.

O grande legado de Donkey Konga, certamente, é oferecer uma visão da Nintendo sobre uma febre que, infelizmente, ficou no passado. A grande era dos periféricos musicais de plástico, encabeçada principalmente por Guitar Hero e Rock Band, foi sucedida pelos jogos de dança nos anos 10, e, na minha humilde opinião, ainda não encontrou substituto à altura. 

O jogos de ritmo continuam fortíssimos nos fliperamas, especialmente no Japão, e encontraram um nicho fiel dentro dos jogos mobile. Mas o fenômeno cultural de controles musicais nos consoles de mesa é algo que, pelo menos por enquanto, parece até retrô. 

Fica aqui um ode aos instrumentos de plástico dos anos 2000, com a garantia de que nunca serão esquecidos. E claro, uma palma especial para os bongôs de barril de Donkey Konga.

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