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Escolhas da redação: os 10 melhores jogos da história, por Marcellus Vinícius

O criador da revista Radical Games, Marcelus Vinícius, elegeu seus 10 jogos favoritos da história É bem difícil pra mim...

Melhores jogos - Marcellus

O criador da revista Radical Games, Marcelus Vinícius, elegeu seus 10 jogos favoritos da história

É bem difícil pra mim fazer essas listas. E eu nem digo isso pra sabonetar. Só bate o receio de lembrar de algum outro jogo 20 minutos de ter terminado o texto e querer refazer tudo.

Por isso foi seguir o fluxo e listar as experiências marcantes e especiais sem muita hesitação. Só acho importante vocês saberem cada jogo citado aqui tem algo único, especial e insubstituível, apesar de eu ter me comprometido com a ordem da lista até chegar no favorito.

As regras são as seguintes:

  • Não vale repetir série (senão confesso que boa parte dessa lista envolveria Zelda)
  • É necessário que haja jogos de console e PC
  • Quanto mais gerações, melhor!

10 – Bloodborne (PlayStation 4, 2015)

O sistema de insight de Bloodborne resgatou um sentimento que eu tinha quando pequeno de que os segredos que eu estava descobrindo eram realmente algo oculto. Que talvez eu estivesse vendo algo que o resto da galera que pegava Super Metroid na locadora nunca tinha visto. Os jogos da FromSoftware são ótimos em emular esse sentimento, mesmo nos tempos da internet, e esse é o meu favorito, à frente dos Souls, Sekiro e Elden Ring.

9 – Ouendan 2 (Nintendo DS, 2007)

O Nintendo DS liderou uma época de efervescência nas ideias e possibilidades com jogos curtos usando suas duas telas e a caneta na tela de toque do console. Uma época que, para mim, foi marcada de muitas descobertas de jogos obscuros que jamais saíram do Japão – isso, confesso, graças à subcultura de flashcards. Ouendan 2 é meu jogo favorito dentre essas descobertas, e meu xodó no gênero de jogos de ritmo. A série Ouendan foi adaptada para o mercado estadosunidense com o nome de Elite Beat Agents, que ficou bem mais popular por aqui.

8 – Resident Evil 4 (GameCube, 2005)

Graças ao recém-lançado remake, muito tem se falado sobre a influência e importância de Resident Evil 4. Falam de ângulo de câmera, de revolução da ação em terceira pessoa, dos gráficos incríveis para a época. Como tudo isso está em evidência, quero trazer um ponto que é menos citado: Resident Evil 4 é muito (MUITO) divertido. Ele não se contenta em reinventar as mecânicas, mas em proporcionar dinâmicas interessantes onde essas mecânicas podem ser bem exploradas.

Eu nem consigo pensar nele como um jogo de terror. É tudo tão minuciosamente bem planejado pra amplificar nosso prazer que sinto que é mais um parque temático – com uma casa mal assombrada aqui e ali.

7 – Pokémon Crystal (Game Boy Color, 2001)

Pokémon Crystal

Sinto que a série Pokémon, mesmo que siga entregando ótimos jogos, vem sendo muito prejudicada pelo cronograma maluco da Pokémon Company, que atinge o resultado final de projetos incríveis como Scarlet e Violet. Por isso, sempre parece que estamos apegados à ideia do que Pokémon poderia ser, ao potencial que esse universo tem.

Em Pokémon Crystal, versão otimizada de Gold e Siver, esse potencial parecia realizado. Era tudo que eu esperava de um jogo de Pokémon de Game Boy Color, e ainda mais. Foi também o jogo no qual mais me dediquei em uma cena competitiva, o que criou em mim uma memória afetiva muito poderosa.

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6 – Tetris (PC, 1984)

Tetris e Nintendo: com quantos blocos se faz uma história de amor? - Nintendo Blast

É atribuída a Sid Meier, criador de Civilization, a frase “jogos são uma sequência de escolhas interessantes”. Nenhum jogo ilustra melhor pra mim o que essa frase quer dizer do que Tetris. As escolhas não precisam ser morais, não se trata de bifurcar uma história em rotas roteirizadas. Pode ser simplesmente a escolha de onde posicionar um determinado bloco, e em qual rotação.

Tetris explica a frase sem rodeios, sem uma casca com roteiro, personagens e trilhas dramáticas de violino. Quem não entende a genialidade de uma rodada de Tetris, dificilmente conseguirá conceber o valor de um The Last of Us para além da roupagem de série da HBO.

5 – Super Smash Bros. Ultimate (Nintendo Switch, 2018)

É um clichê meio batido dizer que um jogo é uma “carta de amor” a alguma coisa. Mas acho emblemático que os personagens que vão participar da série sejam anunciados em vídeos onde recebem uma carta com um selo vermelho do logo da série. Dentro do universo dos videogames, estar em Smash Bros é uma honraria, como estar em uma prestigiada cerimônia de premiação.

Porque o jogo é justamente isso. O remetente dessa carta é a história dos videogames. E é muito lindo ver como ela é celebrada nesse jogo.

4 – Metroid Prime (GameCube, 2002)

20 years later, I'm playing Metroid Prime for the first time. : r/Gamecube

Assim como acontece com Resident Evil 4, Metroid Prime está em merecida evidência por causa do seu remaster que mais parece um remake. Estamos falando bastante de Metroid Prime, mas não sei se um dia falaremos o suficiente. O que fica pra mim é lembrar da primeira vez que vi o reflexo dos olhos da Samus através do visos do capacete dela.

3 – Chrono Trigger (Super Nintendo, 1995)

Chrono Trigger's Campfire Scene Is A Meditation On Friendship, Regrets, And Time Itself

Existem jogos que só se tornaram possíveis devido a um alinhamento muito específico dos planetas do sistema solar, como se tudo conspirasse para que aquela obra existisse como tal na sua época, e apenas nela. Um retrato do espírito do tempo e o legado de uma época para as gerações futuras. Chrono Trigger é isso. É perfeito como retrato do ápice do que os jogos podiam oferecer em 1995, e transporte essa perfeição para qualquer época, o que casa perfeitamente com o tema do jogo.

2 – Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty (PlayStation 2, 2001)

A gente usa de modo meio banal a expressão “à frente do seu tempo”, muitas pra se referir a algo lido como muito sagaz. Mas se percebemos a sagacidade no instante em que ela acontece, como pode estar à frente do tempo? Ser pioneiro é correr o risco de ser incompreendido, talvez até rechaçado como algo decepcionante, pretensioso, convoluto. Mas como escreveu Laerte, um dia a grande ficha cai.

Quando a ficha de Metal Gear Solid 2 caiu pra mim, toda a minha percepção sobre videogames se transformou.

1 – The Legend of Zelda: Ocarina of Time (Nintendo 64, 1998)

A regra de não repetir na lista impediu que metade dela fosse Zeda. Mas sempre estará na primeira posição e, se for pra escolher um, voltamos ao jogo do menino da flautinha. Eu não estaria escrevendo profissionalmente sobre videogames hoje se não fosse por Ocarina of Time.

Muito obrigado por ter me acompanhado nessa lista até aqui. Ela é tão pessoal que não se trata de concordar ou discordar, mas sim de conhecer um pouco mais de mim e, através disso, sair com ótimas recomendações.

Até a próxima lista maluca com a equipe do site!


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