Conheça os personagens favoritos da vida de Marcelo Ferrantini, o editor-chefe, no mundo dos Games
Seguindo o projeto de apresentar a equipe da editoria de games da Game Arena, hoje, eu, Marcelo Ferrantini, trago meus 10 personagens favoritos da história dos jogos. As regras continuam, então alguns grandes nomes da minha vida não aparecerão por aqui, no entanto, o Escolhas da redação continua, e vocês vão ter muita oportunidade para conhecer nossa turma!
Vocês já conhecem as regras, mas, segue por aí!
1 – Não vale repetir série
2 – É necessário que haja jogos de console e PC
3 – Quanto mais gerações, melhor!
Leia mais
- Escolhas da redação: os 10 melhores jogos da história, por Toca do Raposa
- Escolhas da redação: os 10 melhores jogos da história, por Mariana Reggiori
- Escolhas da redação: os 10 melhores jogos da história, por Marcellus Vinícius
Então, sem mais delongas, vamos ao Escolhas da redação de hoje, com os 10 personagens que mais marcaram a vida de Marcelo Ferrantini, eu mesmo!
10 – Martin Walker (Spec Ops: The Line – PC, PS3 e Xbox 360 – 2015)
Spec Ops: The Line é um dos melhores jogos de FPS single-player de todos os tempos. A história de um veterano de guerra que, pouco a pouco, começa a entender que tem mais problemas psicológicos e síndrome de estresse pós-traumático do que se pode imaginar, quebrado e em dúvida sobre o que é real ou não – tudo isso enquanto você mata centenas de pessoas, mesmo sem saber se são inocentes ou não.
E o Capitão Martin Walker é a personificação, obviamente em um nível extremo, de muitos conflitos internos de pessoas reais, além, é claro, da discussão sobre o efeito da guerra não só sobre o mundo, mas também com relação aos soldados que combatem nelas. Um personagem complexo, bem desenvolvido e cheio de camadas. O plot twist, que eu vou deixar aqui em aberto, para quem ainda quiser jogar, é inacreditável. Perfeito, no contexto do jogo. E adiciona ainda mais discussões ao jogo. Joguem Spec Ops: The Line.
9 – Jorji Costarva (Papers, Please – PC e mobile – 2013)
O principal alívio cômico de Papers, Please é, na verdade, o personagem mais bem trabalhado do jogo. Relevante em diversos endings, Jorji caminha entre o boneco engraçadinho, o chato que não cansa de insistir e o herói da fuga de Arstotzka. Mais um personagem CEBOLÃO, cheio de camadas, com um carisma inegável e uma importância escondida, desenvolvida por todo o jogo.
Portanto, se decidirem jogar Papers, Please, que já foi falado por aqui, trate bem Jorji Costarva!
8 – Booker DeWitt (Bioshock Infinite – PC, PS3 e Xbox 360 – 2013)
Dá pra entender o padrão aqui, né? Eu realmente gosto de personagens com muitas camadas, e Booker DeWitt é mais um deles. Um detetive particular que parte em busca de uma jovem, e acaba descobrindo que vai ter que encarar um país inteiro, descobrir detalhes sobre a moça, e encarar até ele mesmo (não vou explicar como, é spoiler, mas você pode descobrir aqui também!)
Em um jogo tão incrível quanto Bioshock Infinite, Booker é o catalisador de toda a história. O protagonista, o motivo e o fim. A construção de personagem, tanto na questão dos poderes, na contagem da história, personalidade e relações é ímpar, poucas vezes tão bem executadas com um herói de algum jogo (geralmente essas construções são mais comuns com os vilões, reparem). Booker DeWitt é um baita personagem, e constrói um dos grandes jogos das últimas décadas.
7 – The Beheaded (Dead Cells – PC, PS4 e Xbox One – 2018)
Dead Cells é divertidíssimo. Meu roguelike procedural com progressão (só usando um monte de termos aqui para incomodar o Marcellus) favorito, não só pela jogabilidade e as infinitas opções de conteúdo de pós-jogo, mas muito, sim, pela história. E tudo passa pelo Beheaded. O protagonista, que, mais uma vez, direciona toda a trama do jogo, explicada por salas em meio aos biomas de cada run diferente que o jogo faz, e que, mais uma vez, apresenta um plot twist inacreditável ao jogador.
E o Beheaded é ajudado pela incessante produção de conteúdo da Motion Twin. Dead Cells é um jogo completamente diferente daquele que foi lançado em 2018, e o personagem também ganha mais profundidade a cada atualização, além de skins, armas e, por consequência, possibilidades, que, a cada dia, parecem mais e mais infinitas.
6 – Maxine Caulfield (Life is Strange – PC, PS3 e Xbox 360 – 2015)
Eu chorei com Life is Strange. Chorei igual a uma criança ao escolher o final do jogo. Chorei por estar completamente imerso na história, e na pele de Max. E, sim, é um jogo que pede por isso, que permite essa imersão, e que faz uso disso para provocar aquilo que o game quer acender no jogador. E a protagonista é o veículo para tudo isso. Em meio a temas que muitos passaram na vida, os desenvolvedores misturaram crimes, riscos e dificuldades que fazem o player pensar “e se tivesse sido comigo?”
Max não tem a maior das personalidades, até para facilitar essa imersão, mas, novamente, as camadas, somadas a essa correlação com o jogador, transformam o jogo, de maneira que o sofrimento e o crescimento da personagem refletem em quem segura o controle.
5 – Mia Fey (Série Phoenix Wright: Ace Attorney – Game Boy Advance – 2001)
Spoiler aqui: Mia Fey morre no primeiro caso da série após o tutorial. Pronto. Eu precisava falar sobre isso. Porque, poucas vezes, personagens mortos foram tão diretamente impactantes na história de uma série inteira de jogos. A irmã mais velha da vila Kurain e mentora de Phoenix Wright é cruelmente assassinada, mas aparece algumas vezes, de formas não naturais, e guia toda a trama até o terceiro jogo, Trials and Tribulations, quando o jogador tem, inclusive, a oportunidade de “incorporá-la” (aspas porque esse termo é bem colocado aqui).
Mia tem carisma, é um personagem inteligente, com construção excelente, background… é praticamente um ser inalcançável, e, mesmo sem vida, ela dá vida à trilogia inicial de Ace Attorney. Além da trilha sonora, herdada pela irmã, que eu ouviria por horas a fio.
4 – Urbosa (The Legend of Zelda: Breath of the Wild – Nintendo Switch – 2017)
E se falamos de personagens mortas, de qualidades inalcançáveis por humanos, Urbosa é a mais nova personificação disso. Eu confesso, desde Ocarina of Time, os Gerudo são minha raça favorita da série. Desde Nabooru e Ganondorf até a campeã de Vah Naboris. Urbosa é uma mulher forte, mas, ao mesmo tempo, de uma perspicácia inigualável.
Além das cenas de ação – incluindo a lendária cena dela explodindo dois membros do Yiga Clan com um estalar de dedos -, Urbosa tem alguns dos melhores diálogos das memórias revisitadas por Link, seja aconselhando a princesa Zelda, ou lidando com o silêncio do Herói do Selvagem. Só torço para que Riju seja metade da personagem que Urbosa foi.
3 – Gordon Freeman (Série Half-Life – PC – 1998)
Half-Life é inacreditavelmente bom. Eu sou viúva do 3 sim, não nego, e, se bobear, vou comprar Half-Life: Alyx, usar o mod e jogar sem VR. E boa parte disso é Gordon Freeman. O protagonista da série é uma vítima de um desastre, que se torna a vítima de uma intervenção militar, e, em seguida, vítima de um ataque alienígena, para voltar a ser vítima de militares e alienígenas AO MESMO TEMPO, e, sozinho, acabar com tudo. Chuck Norris uma ova, escrevam sobre os feitos de Gordon Freeman!
Fora da trama, a influência de Half-Life é imensa no mundo dos jogos. O pai de Counter-Strike, Team Fortress, Day of Defeat e muitos outros pedem bênção ao jogo da Valve, e, muitos deles, ainda têm muito de Gordon Freeman na existência.
2 – X (Série Mega Man X – Super Nintendo – 1993)
Tá aí. X não tem a profundidade de muitos dos personagens acima, até por ser de uma época na qual os jogos de plataforma não tinham lá TANTA história assim. No entanto, o protagonista da série Spin-Off de Mega Man tem um lugar especial no meu coração. É um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, e eu não consigo contar quantas horas eu passei, zerando Mega Man X, X2 e X3 no Super Nintendo, vez após vez, descobrindo todos os segredos de cada um dos games.
X é um ícone, o protagonista de, discutivelmente, o melhor jogo de plataforma da era dos jogos de plataforma. Apesar da pouca história, X mostra uma personalidade altruísta, preocupado com a humanidade, com o “amigo” Zero, com tudo ao redor. Eu amo Mega Man X, e defenderei eternamente.
1 – Ken Masters (Série Street Fighter – Múltiplos consoles e arcade – 1987)
Não me venha com o papo de que Street Fighter não tem história. Tem. Você só não foi atrás de descobrir. E a história é muito melhor do que parece. No entanto, Ken não é o mais desenvolvido dos personagens da franquia da Capcom. Pelo menos, não inicialmente. Mas sempre foi o meu personagem. O boneco com o qual eu jogava, o boneco que eu gostava de ver no anime do jogo, e o que, para mim, tem um dos melhores desenvolvimentos para um dos nomes dos jogos de luta.
De brigão a artista marcial, de rico mimado a pai e marido dedicado (e, pelo que vimos nos trailers de Street Fighter 6, agora, de herói a procurado pela polícia), Ken passa por muitas fases de crescimento pessoal na trama. Possivelmente, o World Warrior mais correlacionável e compreensível – não pela riqueza, claro, aí num dá para relacionar, né? – mas por ser HUMANO. Com defeitos e qualidades, Ken é meu personagem favorito da história dos games.
A Game Arena tem muito mais conteúdos como este sobre esportes eletrônicos, além de games, filmes, séries e mais. Para ficar ligado sempre que algo novo sair, nos siga em nossas redes sociais: Twitter, Youtube, Instagram, Tik Tok, Facebook e Kwai.