Em terceira e ultima parte da entrevista, bezn1 defendeu o ex-companheiro e rechaçou possibilidade de mudar de jogo
Na última parte da entrevista exclusiva de Gabriel ‘bezn1’ da Costa a Game Arena, o jogador abordou temas pessoais, como a polêmica de seu ex-teammate xand com relação a racismo. O jogador saiu em defesa do amigo, questionando a decisão da MEG e comparando com a situação de outros atletas que disputaram o torneio.
Primeiramente, eu achei um pouco estranho a tomada de decisão da MEG, porque tem mais jogadores com coisas ali e não aconteceu nada, e o caso do xand foi mais antigo ainda. Então para mim, ficou o “por quê?” Só porque reviveram agora? Mas não faz sentido, porque se eu pegar de outro jogador e reviver agora, vai acontecer o mesmo, já tem que banir logo e acabou, se for por esse lado.
Depois, bezn1 revela amizade com xand e fortalece que ele jamais teve um posicionamento de cunho preconceituoso, muito pelo ao contrário, dizendo que já presenciou momentos em que xand cobrou pessoas quando presenciou situações como racismo e homofobia.
“Sobre o xand, joguei com ele na NiP, por oportunidade que ele e o John me deram, eles me abraçaram, acabamos virando muito amigos, a gente tem muita coisa em comum, somos muito parceiros, a gente é zueiro, gostamos de sair, trocar uma ideia, a gente vive bem a vida também. Eu nunca vi nada, nunca tive nenhum problema com o xand, e eu sou moreno e sou totalmente contra qualquer tipo de racismo. E eu nunca vi nada do tipo, pelo contrário, eu já vi ele falando ou cobrando pessoas em cima disso.”
“Acredito que as pessoas mudam, eu não sou o mesmo de duas horas atrás, quem dirá, sete anos. Acho que os erros, eles têm que ser recorrentes para você chegar e linchar uma pessoa, você querer a exclusão dela, não é um erro que define quem ela é, todos nós erramos. O ser humano é pecador, nós pecamos todos os dias, do momento que a gente acorda, ao momento que a gente vai dormir, algum pecado a gente vai cometer. Igual à cultura do cancelamento, o cara errou, acabou, acabou a vida dele, você não tem mais chance nenhuma, eu não acho que é assim que funciona. A vida em si, fora da tela e fora do computador, não é assim.”
“E a internet, eles querem que a pessoa acabe no primeiro erro, como se todo mundo fosse certo, e eu acho isso super errado. Eu acho que é basicamente isso, eu conheço ele, nunca vivenciei nada do tipo de racismo, muito pelo contrário, eu já vi ele cobrando pessoas que foram ou falaram algo que se deu a entender, seja racista, ou às vezes homofóbico, eu sempre vi ele cobrando a pessoa. Ele nunca foi um cara que se omitiu, ele sempre cobrou. Então, eu acho que não é da índole dele, acho que foi um comentário totalmente infeliz, de uma época totalmente infeliz, ele já era maior de idade, ele sabia dos pesos das palavras e das consequências de tudo, mas, ao mesmo tempo, a internet era uma terra muito sem lei na época. Acho que as pessoas mudam, as pessoas evoluem, elas aprendem o que deve ou não ser feito.” – afirmou.
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Finalizando a entrevista, bezn1 foi perguntado sobre a possibilidade de migrar para outros jogos. Ele rechaçou a possibilidade, afirmando que ficará no VALORANT para analisar as situações do futuro, abrindo a possibilidade de virar coach caso surja a oportunidade.
“No momento, não enxergo uma possibilidade em migrar para outro jogo, eu vou esperar acabar, literalmente, a janela de transferência, ver como que vai ser no Brasil, quais organizações vão entrar, quanto que vai ser o teto salarial, igual falei, vou ver se eu vou receber proposta, que ainda não recebi nem proposta no Brasil, não recebi nada, e vou, basicamente, estudar e analisar essas possibilidades antes de tomar a decisão. Ir para outra FPS, eu acho 100% improvável, eu não iria para outra FPS hoje, exceto se lançasse um, no caso do CS2, eu acho que já tem a panela deles lá, os times vão continuarem, por exemplo, não vão, tipo, ir cada um para um canto, né? Então, eu acho que eu tô mais nessa de esperar o cenário do Brasil, ver como que vai acontecer.”
“Existe a possibilidade de bzn coach? Não vou falar que não existe. Se eu não ver oportunidade como jogador, eu vou falar que existe. Acredito que eu tenha uma experiência gigantesca, só de profissionalmente, eu tenho 10 anos para contar e conseguir ensinar para os outros, mas eu acho que tá entre isso, entre receber a proposta, a opção de talvez virar coach, ou parar de vez. Não tem outro jogo, ou outro plano, além disso.” – concluiu.
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