Game Arenagamearena.gg

Busca

Esports

Preparadora física de FalleN é a única mulher da profissão nos esports do mundo
Counter-Strike 2
Foto: divulgação/Acervo pessoal

Preparadora física de FalleN é a única mulher da profissão nos esports do mundo

De jogadora profissional a preparadora física de atletas na FURIA

Siouxsie Rigueiras •
09/02/2024 às 23h34, atualizado há 8 meses
Tempo de leitura: 9 minutos

Por meio de uma pesquisa de cerca de meio ano, a preparadora física da FURIA, Isabelle Christine, descobriu que é a única mulher na profissão a desempenhar o papel quando o assunto são esports. A Game Arena a entrevistou para entender como é ser referência e mais.

Tudo começou porque “bateu a curiosidade” em Isa. Formada em educação física, está no cotidiano dos atletas da organização desde 2021, sempre desenvolvendo os jogadores profissionals da equipe cada vez mais e de um jeito diferente do usual.

Foram em torno de seis meses utilizando todas as ferramentas possíveis para encontrar outras mulheres preparadoras físicas que também atuam nos esports: LinkedIn, Google e a clássica Liquipedia.

“Há algum tempo venho pesquisando sobre outros profissionais da área da saúde em esports. E me deparei com o questionamento: ‘existem outros de mim? (risos)’. “

“Foi quando encontrei só homens que haviam passado e/ou estão em times. Sou a única mulher em preparação física de esports no mundo! Aqui no Brasil temos o Felipe na Liberty, eu na Furia, e… só”, conta.

 

Foto: divulgação/Acervo pessoal

 

Atualmente, a profissional atua praticamente com todos os elencos da FURIA: League of Legends (LoL), VALORANT, Free Fire Emulador feminino, Rocket League, Counter-Strike (CS) Academy, CS feminino e também do CS internacional, do capitão FalleN. O fuso horário acaba não ajudando muito na hora de fazer o trabalho.

“O CS feminino era mais periodicamente, mas estamos pra começar mais intensivo), [enquanto[ o time de CS internacional também é mais periodicamente, principalmente quando estão no Brasil. Mais por questão de tempo e fuso.”

“Mas, eu e a Bia [fisioterapeutra da FURIA], chegamos a cuidar mais minunciosamente do ombro do professor FalleN, em que ele mesmo já postou em suas redes falando dos exercícios que fez/faz”, explica.

 

Isa, FalleN e Bia — Foto: divulgação/Acervo pessoal

 

Uma mulher para treinar todos

Foto: reprodução/Brady Soares

 

Ainda na faculdade, a profissional compreendeu que a área conta com muitos homens na função. Quando começou estagiar em escolas, percebeu “que a visão da maioria das meninas sobre educação física era diferente da visão dos meninos”.

Isa também é pesquisadora científica e estudando educação física entendeu que queria trabalhar com esports — que sempre fizeram parte da sua vida, pois sempre jogou e chegou a ser pro player de CS.

“Tanto que foi tema do meu TCC do Bacharel. Pesquisei diversos artigos e soube ali, que eu queria juntar as coisas que eu mais amo: atividade física e esports!”

“Ainda temos muitos profissionais de Educação Física que só fazem o básico, e quando você faz algo que difere a normalidade, quando você busca conhecimentos em especializações, cursos etc…”

Além de tudo isso, eu tenho o diferencial de já ter estado do lado que estão hoje. Já fui jogadora profissional de CS, e sei as dificuldades, o tempo que eu passava sentada. Sei o quanto a rotina de sono é importante, alimentação e etc…”, diz.

 

Unindo suas duas maiores paixões, Isa talvez nem soubesse que seria a primeira a atuar na área, se tornando referência para outras figuras femininas nos esports ao mesmo tempo que muda a vida de diversos atletas da pantera.

 

Encorajando as próximas mulheres da área

Foto: reprodução/Brady Soares

 

Para a educadora física, ser única mulher preparadora física dos esports é uma “responsa”, porém também abre caminhos para que outras se espelhem e possam seguir a carreira. Além disso, Isa também salientou como é essencial trazer saúde e diversidade para o competitivo.

“É uma super oportunidade pra promover a importância da diversidade e saúde! Estou empolgada com a chance de contribuir sendo uma influência positiva para outros profissionais, principalmente os profissionais de educação física, que ainda é bem escasso no cenário.”

“Apesar de reconhecermos avanços em alguns setores, ainda temos um trabalho árduo em busca de igualdade de gênero no mercado de trabalho, e isso também não é diferente nos esports.”

“Destacar essa temática é crucial para permitir que as pessoas evoluam, superando os estigmas sociais e avançando em direção à igualdade de gênero.”

Falando em igualdade de gênero, a profissional alerta que especialmente na pantera, o reflexo de mulheres em diversas esferas dos esports é diferente em comparação com outras organizações.

“Na FURIA isso é bem diferente, temos diversas mulheres em diferentes tipos de funções. Inclusive, nosso time de saúde é todo composto por mulheres que me inspiram todos os dias!”

“A Bia Flores, fisioterapeuta; a Airini, psicóloga, e, a Julia Zaz, head de performance”, conta.

Com anos dedicados aos esports, começando no Counter-Strike e, aos poucos, expandando para outras modalidades, Isa é uma das mulheres que mostram que é possível conquistar espaço neste meio.

 

LEIA MAIS

 

 

Afinal, o que faz uma preparadora física nos esports?

Foto: reprodução/Acervo pessoal

 

“Meu maior objetivo é melhorar a qualidade de vida dos atletas, e proporcionar uma melhor performance e incorporar hábitos mais saudáveis.”

“[…] “Eu crio programas de treinamento específicos, considerando elementos como idade, nível de aptidão, restrições individuais e muito mais variáveis.”

“Falando de rotina, os jogadores de e-sports devem ter uma rotina que englobe desde o descanso adequado, até a alimentação e a prática de exercícios físicos, para maximizar o desempenho nas tantas horas de treinos e campeonatos.”

“Isso inclui não apenas a prática intensa do jogo, mas também uma atenção especial a diversos aspectos do bem-estar físico e mental. Assim, prevenindo lesões, dores, fadiga e promovendo a concentração.”

“Um estudo recente fala sobre respostas fisiológicas em atletas de esports. Este estudo mostrou que houve um aumento significativo na frequência cardíaca, frequência respiratória e ventilação minuto em todos os jogadores durantes os mapas [jogados] em comparação com o período de descanso deles.

“[…] “Esses aumentos, aparentemente persistentes e de intensidade variável entre os jogadores, podem ser gerenciados de forma mais eficaz com equipe interdisciplinar para a gestão da saúde dos atletas” — Isabelle Christine


Assista a mais vídeos da Game Arena. Neste aqui, conversamos com NEO da FaZe Clan, diretamente da IEM Katowice:

Game Arena está cobrindo presencialmente a IEM Katowice 2024. Acompanhe o torneio por meio de nossas redes sociais: TwitterYoutubeInstagramTik TokFacebook Kwai.

Probabilidades em alta

Últimos Arena Shorts

Brasil vence Chile pelas Eliminatórias da Copa

Game Arena Go! 10.10.2024

Game Arena Go! 08.10.2024

FalleN entra na lista dos maiores GOATs da história do Counter-Strike! 🔥🐐

Smokezinha da banana direto no caixão, para você fazer aquela playzinha na Inferno! 🔥

Betnacional - A Bet do Galvão, do Thiaguinho e do Brasil
Tenha acesso a estatísticas avançadas sobre o seu time em tempo real.