O Fluxo está mais forte do que nunca! Pela segunda temporada de 2024 do CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends), o time tem mostrado sua força nos campos de justiça. Shini, que acabou de retornar para o competitivo, está brilhando. A Game Arena conversou com o jungler da equipe e ONMETA, head coach, para saber como tem sido o processo de ter fé nos moleques.
Macaco velho
Presente desde 2013 no cenário competitivo de LoL (League of Legends), Shini começou a carreira como top laner, mas foi em 2017 que trocou o teleport por smite e se tornou caçador. O atleta passou pela Vivo Keyd Stars, CNB e-Sports Club e pela FURIA, mas foi na INTZ que começou a brilhar no competitivo. Foi em 2020, sendo bicampeão do CBLOL pelos intrépidos, que Diogo Rogê parou de jogar profissionalmente o game.
O retorno aconteceu em 2024, no segundo split do competitivo e, desta vez, vestindo a camisa do Fluxo, que veio com um projeto que, literalmente, concentra jogadores experientes com um mix de talentos do cenário; que estão começando a trilhar a vida de pro player. Mesmo tendo sido por algum tempo da comissão técnica, como positional coach, o atleta voltou para jogar e atualmente, está no topo da tabela com o elenco que representa.
Só na conversa
O Fluxo ainda não perdeu nenhum jogo na fase de grupos do segundo split do CBLOL 2024 e surpreendeu muita gente: especialistas, equipes e a própria comunidade. Mas, como tem sido a vivência de voltar e já estar no topo? É tudo só na conversa, mas não deixa de ter muito trabalho envolvido.
“Vou falar a verdade (risos). A gente é um time, que a gente é bastante unido, só que a gente discute bastante também, porque a gente tem — não eu e ele [ONMETA] — dentro do grupo, às vezes, alguns desentendimentos de ideia. A gente passa literalmente horas conversando e, às vezes, a gente nem chega num consenso, mas talvez tenha a ver com [o fato de] ser um time recente. Algo que eu sinto [é] que: na hora ali, as pessoas discutem, mas elas fingem que ‘ah não, não concordo’, mas elas pensam sobre o que foi falado. Depois de um tempo, depois de alguns dias, é absorvido o que foi dito. Acho que é só um trabalho árduo mesmo nesse sentido”, conta Shini.
Voltar ja é difícil e um desafio pessoal, mas depois da pausa, como será que é trabalhar ao lado de uma pessoa que você já chegou a erguer um troféu junto? Não estamos falando do top laner, do mid e nem de outro jogador dentro de Summoner’s Rift, é do head coach.
Velhos amigos
Quem joga LoL sabe que as atualizações do jogo mudam praticamente toda a forma de desempenhar gameplay nas partidas, agora… imagine isso jogando em alto nível; fica mais complicado ainda. O caçador falou um pouco sobre a relação com ONMETA e a troca mútua de conhecimentos que tem acontecido durante o retorno.
“Na questão minha e do Luis [ONMETA], acho que a gente tem um entendimento bem semelhante em relação ao jogo, então… nesse quesito aí, eu e ele, é bem tranquilo essa troca de informações. Já trabalhamos juntos antes também, já fomos campeões juntos. Tem bastante coisa também que eu tive que me atualizar, que a staff e os outros jogadores [me passaram]; aprendi com eles. Por mais que eu tenha trabalhado na FURIA como staff, o jogo tá em constante mudança e as coisas que eles sabiam na FURIA são diferentes das coisas que eles sabem no Fluxo. É uma troca constante ali de informação”, revela Shini.
ONMETA começou a carreira em 2018, como assistant coach na INTZ e foi em 2020 que o duo deu o grito de “é campeão”, com um 3 a 1 em cima da paiN Gaming, pelo segundo split do ano. Vale lembrar que, nesta época, o Brasil estava vivendo em lockdown por conta do Covid-19. A grande final aconteceu nas alturas e sem torcida, com todos os cuidados necessários para evitar a propagação da doença que matou mais de 700 mil brasileiros. O treinador falou sobre o processo de Shini voltar à ativa.
“Começando na minha relação com ele [Shini], quando eu comecei, ele já estava um tempinho no cenário. A gente começou no mesmo time e a gente ficou bastante tempo no mesmo time. Por mais que os detalhes sejam diferentes — qual o pathing é o melhor? qual o item eu faço? esse campeão é melhor do que esse? a gente combate esses aqui? — esses detalhes são muito fáceis de você dar update no player, mas tem algumas coisas que são fundamentais, que elas são básicas, que elas são estruturais em relação ao jogo, que tanto eu quanto ele concordamos muito; já de antes mesmo”, diz ONMETA.
O Fluxo não é feito só por Shini, existe uma comissão técnica responsável e mais outros quatro jogadores para fechar as posições desempenhadas em Summoner’s Rift. Mas… afinal, o que é que esse time tem que os outros não tem?
As discussões do bem
“Eu sinto que a gente tem um balanço muito legal, muito bom nesse time que é o seguinte: eu e ele precisamos por muito mais constância — e alguns outros optam muito mais por qualidade ou velocidade em alguns momentos — e esse balanço, essa discussão, garante que a gente nunca vá muito para um lado e muito para o outro.”
“A gente está sempre optando pra ir pra um lado, mas tem alguém lembrando ‘olha, mas não vamos demais’. E no final das contas, as discussões… ninguém discute por um assunto que os dois lados não querem.”
“Então… enquanto a gente estiver discutindo, eu tô feliz, porque isso significa que tanto eu, quanto a outra pessoa ou quanto ele [Shini], todo mundo, tem uma importância muito grande para objetivo final que é ganhar o jogo. Eu acho que as discussões, se um dia elas pararem de acontecer, aí sim vai ser preocupante” — ONMETA.
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O último CBLOL da história continua sua fase de grupos a partir deste sábado (22), em que o Fluxo enfrenta a INTZ, que está em segundo lugar na tabela da competição. A RED Canids será a inimiga do time no domingo (23), pela oitava rodada do torneio.
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