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Foto: Game Arena.

CS2: horvy fala sobre experiência como coach e se trabalharia no Brasil: “Gostaria de tentar”

Em segunda parte da entrevista no RMR Américas, horvy detalhou sistema inovador da Wildcard, que tem dois treinadores

Thulio Bastos •
08/03/2024 às 16h00, atualizado há 8 meses
Tempo de leitura: 6 minutos

Após a primeira parte da entrevista de João ‘horvy’ Horvath vir ao ar falando sobre sua lesão e carreira como jogador, agora o atual treinador da Wildcard comenta sobre a sua experiência na função de coach.

Primeiro, horvy contou como está sendo para ele a nova função e o que ele vem trabalhando com os atuais jogadores.

“Está sendo bem legal, comecei minha experiência como treinador em 2022 com o time da Entropiq Prague, não tive uma experiência tão boa de começo, mas aprendi bastante coisa, como lidar com os jogadores. Agora, contando nessa lineup da Wildcard, somos da parte do staff, tática e até do mental dos jogadores, e está sendo uma experiência ótima.” – disse.

horvy ainda detalhou o sistema inovador que a Wildcard trouxe para a temporada, tendo dois treinadores auxiliando os players do time. Além dele, o norte-americano Matt ‘Warden’ Dickens também atua na função.

“Temos um sistema um pouco diferente dentro do time, temos dois treinadores. Não sou analista, não sou o segundo treinador, realmente os dois são iguais. É um sistema que acho que foi a gente que colocou. Jogamos pela primeira vez e está dando certo. Acho que temos tido bons resultados, uma boa consistência jogando.” – afirmou.

Questionado se voltaria a jogar profissionalmente, horvy rechaça e afirma que se encontrou na nova função e é algo que ele não cogita para esse momento da carreira.

“Me encontrei na carreira como coach. Eu poderia voltar a jogar se quisesse, mas a parte de ser coach, de poder ajudar a desenvolver os jogadores, ter minhas ideias dentro do jogo. É uma visão mais geral do jogo. É algo que me agrada bastante, que tenho tanto sucesso e que faço muito bem. Então, não vejo sentido em pensar em voltar a jogar, nem cogito. Estou feliz como treinador.” – revelou.

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Foto: divulgação/CBCS.

Trabalho no Brasil

Sobre retornar ao seu país de origem, horvy afirmou que já conversou com alguns times do cenário nacional e que é algo que ele planeja fazer, mas coloca ressalvas para dar certo.

“Não diria propostas, cheguei a conversar com algumas pessoas, mas não sei se o meu estilo daria tão bem com os jogadores brasileiros. Gostaria de tentar, mas teria que ser realmente um time que já esteja no nível do Brasil, pois dentro do nosso time agora, somos muito diretos um com o outro, e eles lidam muito bem com isso, sendo franco e direto.” – contou.

horvy falou como ele enxerga o cenário nacional de Counter-Strike 2 no momento e os players brasileiros. Ele fala que os players brasileiros não lidam bem com feedbacks.

“Foi algo que senti problema, com educação, tem muitos jogadores no Brasil que talvez não lidem bem com feedback, ou sobre corrigir ela, ou dar uma ideia diferente, porque é só um treinador que está falando. Tem muitos jogadores que acreditam no trabalho de um treinador, mas muitas vezes isso não acontece no Brasil.” – comentou o coach.

Diferenças do cenário EU, NA e SA

Com passagens pelos três cenários diferentes, horvy comentou o assunto e afirmou que não existem muitas diferenças em trabalhar com jogadores de nacionalidades diferentes. Ele nos revela que, quanto mais experiente o jogador for, melhor para trabalhar.

“Depende do nível de jogador que está trabalhando, se é uma pessoa com mais experiência. Os que tenho agora, stanislaw, Sonic, Infinite, são pessoas com mais experiência e tenho dois jogadores mais jovens, SLIGHT e o JBa. Independente do cenário, jogar com jogadores mais novos, eles não vão ouvir tanto você, não vão saber como usar seu feedback e não sabem reagir a ele, reagem mal e isso é sempre um problema.” – contou.

Finalizando a entrevista, horvy ainda acrescenta dizendo que a diferença não está na região, é mais como trabalhar os jogadores, principalmente os mais jovens. Ele revela uma experiência que teve enquanto treinava a Entropiq.

“É mais essa questão, não é tanto do cenário, talvez no Brasil tenha um pouco mais esse tipo de problema, mas na Europa também aconteceu dentro do Entropiq, ter jogador que não escutava, porque era muito jovem, sem experiência, achava que podiam resolver tudo. Tem um pouco de diferença, mas também depende da experiência dos jogadores.” – concluiu horvy.


Assista também os nossos vídeos. Neste aqui conversamos com VINI, após a classificação no RMR Américas 2024:

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