Todo apaixonado por CS2 (Counter-Strike 2) sabe como é vivenciar a energia de acompanhar um torneio presencial da modalidade. Porém, o cenário feminino carece de campeonatos com a presença da torcida. O lado bom é que iniciativas como a competição da BGS 24 (Brasil Game Show) dão essa experiência para reunir fãs torcerem pelo seu time do coração.
A reportagem da Game Arena conversou com kaah SENSEI, jogadora profissional da FURIA que garantiu o tetracampeonato do torneio da BGS na edição de 2024, neste sábado (12), para entender a importância da realização de competições presenciais e com aparições da torcida.
O quão importante são campeonatos presenciais?
“Eu acho que, na verdade, é a coisa mais importante que existe no nosso jogo”, disse kaah quando questionada sobre o quão essencial é existirem competições presenciais no cenário feminino de CS2.
“Os campeonatos presenciais são extremamente importantes porque, na hora, todo mundo tá [jogando] fora de casa. Então, [existem mudanças] dentro do jogo, [em que o campeonato presencial] fala muito sobre sobre muita coisa porque a pressão é diferente.”
“Você tá em um ambiente diferente [em que] ele é completamente competitivo [porque] todo mundo tá fora da sua casa. Então, jogar campeonatos que sejam presenciais, todos eles são extremamenteimportantes e, quanto mais, melhor. Principalmente para o cenário para que o cenário cresça”, pontua.
Brasil evoluindo em passos de bebê
A jogadora profissional disse que “ia ser muito da hora” se existisse a oportunidade da BGS 24 ter o campeonato inteiro feminino em formato presencial. Atualmente, a competição conta com fases online e conta com a grande final na arena do campeonato. A atleta chegou a dar um exemplo da clássica ESL Impact, que é uma disputa internacional presencial que fortalece cada vez mais o cenário feminino.
“Se tivesse isso [todo torneio presencial], sei lá… uma ia ser Pro League, por exemplo, mas eu entendo que [o campeonato] é muito muito grande, muito extenso, então… para ter torcida em todos eles, acaba ficando um pouco difícil.”
“É igual o que acontece na ESL Pro League, por exemplo: tem os playoffs e a a gente acaba jogando os playoffs, mas eu acho que é muito bom, obviamente, a gente jogar um campeonato final presencial, faz muito sentido, mas se desse pra ser [presencial] antes, uma semifinal, por exemplo, perfeito! Ia ser incrível!”
“Uma fase de grupos, [com] oito times, um trocando contra o outro em três dias de campeonato — é um campeonato normal — ia ser incrível, isso ser muito maravilhoso. Aqui no Brasil ainda não tivemos, mas lá fora a gente tem a ESL Impact e eu espero que um dia a gente tenha aqui também”, vislumbra.
Como a torcida impacta o confronto?
Para kaah, que foi o destaque dos embates na Nuke e Anubis da grande final, ter contato com os fãs é algo de extrema importância para atletas que disputam torneios em alto nível e isso serve para quem está a favor do time, assim como para a torcida que está contra o elenco.
“É sempre um momento muito gostoso também porque quando a gente vai para o palco, a torcida faz muito pela gente, mas a gente também faz bastante pelas pessoas que torcem pela gente.”
“Acho que a torcida, na verdade, no final das contas, acaba que é uma parte muito importante para todo atleta e isso que eu digo, não é só a torcida que torce para você, [mas] a torcida que torce contra também. A energia de um palco, a energia de arena, a energia de uma torcida, todo mundo gritando, seja para você e que seja contra você; isso dá um ânimo muito grande” conta.
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O impasse do presencial: BGS 24 vs IEM RIO
Também existe o outro lado do presencial. Com a disputa da BGS 23 de CS2, as jogadoras profissionais não tiveram tempo de acompanhar a FURIA na IEM RIO, considerado um dos campeonatos mais importantes da modalidade e, desta vez, em pleno solo brasileiro.
“A gente até brincou: ‘vamos ganhar aí de 2 a 0 para acabar antes do jogo da FURIA, mano’. A gente quer assistir, a gente tá doido para assistir. Infelizmente não vamos conseguir ir para o Rio, a gente queria muito poder estar lançando ali a energia. Queria muito estar ali, mas a gente tem o nosso compromisso, a gente cumpriu nosso compromisso e agora a gente vai torcer para os meninos”, conta.
O elenco masculino da FURIA, liderado pelo professor FalleN, disputou a semifinal dos playoffs da IEM contra MOUZ em uma série MD3 (melhor de três mapas), em um horário muito próximo do embate da FURIA fem contra a Fluxo Demons.
A pantera acabou sendo eliminada pela MOUZ por 2 a 0 na Nuke (13 a 3) e na Mirage, pelo mesmo resultado, com os gritos apaixonados da torcida brasileira na Farmasi Arena, localizada no RJ (Rio de Janeiro). A reportagem da Game Arena especializada em CS2 está presente no evento cobrindo tudo o que você precisa saber sobre o campeonato.