A FURIA se sagrou tetraampeã do torneio feminino de CS2 (Counter-Strike 2), da BGS (Brasil Game Show) — maior feira de games da América Latina — na edição de 2024, na tarde deste sábado (12). A reportagem da Game Arena conversou com kaahSENSEI, que foi a pro player que mais se destacou no confronto, sobre o título, o momento que o elenco está e importância de torneios presenciais da modalidade.
O tetracampeonato do time veio com um consolidado 2 a 0 na série contra o elenco da Fluxo Demons, em meio a torcida brasileira na arena do evento nos mapas Nuke (13 a 4) e Anubis (13 a 7). Para a jogadora, que conta com rating de 1.45 na HLTV, a campanha na BGS mostrou um lado novo do elenco que ainda está se alinhando por conta das recentes alterações de atletas.
“Esse campeonato foi um campeonato bem legal, inclusive, a gente jogou uma partidassa contra a Atrix na semifinal que valeu a vaga aqui, foi 2 a 1, foi para 39 OT e foi uma partida muito foda. Mostrou para a gente, que a gente tem muita resiliência, que a gente está confiando muito no time — uma na outra — e a gente que está alinhada. O campeonato inteiro mostrou para a gente que a gente tem resiliência e a gente é um time muito mais forte do que a gente imagina”, conta.
De acordo com a HLTV, a atleta tem impressionantes 98 de 100 de poder de fogo nos últimos três meses, em 23 mapas disputados. kaah comentou sobre as mudanças da line-up, que teve novas adições, sendo, uma delas, um talento do cenário que mesmo não sendo brasileira, já mostra que veio para ficar.
“A gente teve uma troca grande, uma grande atleta que foi a Gaby. A gente adicionou a bizinha, ela era nova no time, a luli e nem se fala, a luli tem dois anos de competitivo, então… bizarro o que ela tá fazendo”, explica.
lulitenz e o português perfeito
A atleta contou para a redação que a FURIA não teve problemas de barreira de comunição com a entrada da argentina lulitenz, de 23 anos, que representa a pantera desde junho deste ano. kaah revelou que a pro player, inclusive, estava focada em entrar para uma equipe tupiniquim.
“A luli não é brasileira, mas o português dela é perfeito. Tipo… perfeito mesmo! A gente não sofre com comunicação. Eu tô falando aqui por ela, mas ela provavelmente vai falar em algum momento, mas ela treinou bastante o português dela para conseguir entrar em um time brasileiro. Então, ela já tá trabalhando nesse português faz um tempo e prova [isso], porque o português é perfeito quando você conversa com ela”, pontua.
Evolução constante
Com a entrada de gabs no último ano, adição de bizinha no início de 2024, alteração de comissão técnica com a chegada de jnt e uma argentina integrando o elenco, a jogadora profissional contou um pouco mais sobre o momento vivido pela equipe na temporada deste ano.
“A gente tá em [fase de] aprendizado e de resetar. A gente teve que aprender a ser realmente novas atletas individualmente falando, a gente tinha que mudar, não tinha como continuar como a gente estava. A gente trocou o nosso técnico também, o jnt e ele é incrível. Mano, ele faz a diferença total no nosso time também, o jeito que ele tá moldando a gente, é muito bom”, explica.
LEIA MAIS
- IEM Rio: Brollan, sobre enfrentar FURIA e torcida: “Uma das melhores experiências que tive”
- IEM Rio: skullz dá créditos a MOUZ e afirma: “Saio de cabeça erguida”
- IEM Rio: FURIA perde e encerra sonho de ser campeã em casa
O trabalho dentro e fora do server
Porém, de acordo com a pro player, a organização da FURIA também tem auxiliado na evolução constante das atletas, seja com novas contratações ou até mesmo trabalhos de bastidores, seja da comissão por parte de jnt e até mesmo o carinho de Alexia, que é manager do time. kaah deu destaque para o trabalho feito nos últimos tempos que resultou no tetrampeonato da organização na BGS 2024.
“Olha, eu vou dar essa importância e vou falar obviamente do meu coach, ele é uma peça fundamental, mas todos nós também temos todo o impacto e não só nós jogadoras. A gente tá tendo um trabalho muito grande fora do servidor também.”
“A gente tem psicólogo, a gente tem fisioterapeuta, a nossa manager também cuida da gente [de uma forma] incrível. Todo mundo que é responsável pela nossa vitória [na BGS], vai ser responsável também pelas nossas vitórias no futuro. Ninguém precisa fazer o trabalho de ninguém, então a gente não fica sobrecarregado”, diz.
