A Seleção Masculina de Vôlei não vive um bom início de temporada. Depois de uma campanha bem abaixo das expectativas na 1ª semana da Liga das Nações (VNL), o time de Bernardinho começa uma nova série de jogos à beira da zona de classificação e pressionado por bons resultados em Fukuoka, no Japão.
O primeiro compromisso do time amarelo será na madrugada de segunda (3) para terça (4), à 0h, contra a Alemanha. Depois dias depois, no mesmo horário, os brasileiros enfrentam o Irã. Depois, a equipe ainda tem mais dois compromissos nessa 2ª semana da VNL às 3h30 da sexta (7) e do sábado (8), contra Eslovênia e Polônia, respectivamente.
Em teoria, a sequência é aberta por dois jogos mais fáceis, contra uma Alemanha que venceu apenas um jogo da 1ª semana e contra o Irã, lanterna da VNL; seguidos de confrontos mais complicados, contra a ainda invicta Eslovênia, vice-líder, e a poderosa Polônia, líder do ranking mundial.
A missão ficará ainda mais difícil por causa de um desfalque importante. O experiente levantador Bruninho Rezende sofreu um estiramento na panturrilha esquerda já no Japão e não vai participar desta 2ª semana. Assim, o time brasileiro terá Fernando Cachopa como titular e Matheus Brasília, que jogou a última temporada no São José, como reserva.
Um dos piores inícios de temporada
Para o Brasil, os resultados são fundamentais, devido ao desempenho muito abaixo do esperado em casa. Mesmo jogando a 1ª semana da VNL no Maracanãzinho, o time encerrou a participação com duas vitórias e duas derrotas, com nove sets ganhos e nove perdidos e apenas seis pontos somados.
Nas quadras cariocas, o time estreou com derrota por 3 sets a 1 para Cuba, sofreu bastante para vencer a Argentina por 3-2, teve uma vitória dominante por 3-1 sobre a Sérvia e fechou a semana com um jogo de muitos apagões contra a Itália, que venceu por 3-2. Com isso, os brasileiros ocupam a 8ª colocação da fase preliminar, na última posição que rende vaga para as finais, que acontecem na Polônia, daqui a um mês.
Com esses números negativos em casa, o Brasil repetiu o que já tinha feito há dois anos. Em 2022, o time também teve a oportunidade de abrir a temporada com jogos em casa na VNL (no Nilson Nelson, em Brasília), mas também teve um desempenho bem abaixo do esperado e largou com duas vitórias, sobre Austrália e Eslovênia, e duas derrotas, para Estados Unidos e China.
Desde a criação da VNL, em 2018, nunca houve desempenho pior. Encontrar uma largada de temporada abaixo disso já significa voltar para a Liga Mundial de 2014. Ali, o Brasil escapou por pouco de cair na 1ª fase, depois de uma largada com apenas uma vitória nos quatro primeiros jogos e duas nas seis partidas no país, entre Jaraguá do Sul-SC, Maringá-PR e São Paulo. No fim, o time ainda conseguiu se recuperar e terminou como vice-campeã.
As largadas do Brasil na VNL
- 2024 – 2 vitórias (Argentina e Sérvia) e 2 derrotas (Cuba e Itália)
- 2023 – 3 vitórias (Alemanha, Argentina e Estados Unidos) e 1 derrota (Cuba)
- 2022 – 2 vitórias (Austrália e Eslovênia) e 2 derrotas (Estados Unidos e China)
- 2021 – 3 vitórias (Argentina, Estados Unidos e Canadá) e 1 derrota (França)
- 2019 – 4 vitórias (Estados Unidos, Austrália, Polônia e Irã)
- 2018 – 3 vitórias (Sérvia, Alemanha e Coreia do Sul) e 1 derrota (Itália)
As largadas do Brasil na antiga Liga Mundial
- 2017 – 3 vitórias (Irã, Itália e Canadá) e 1 derrota (Polônia)
- 2016 – 3 vitórias (Irã, Argentina e Estados Unidos) e 1 derrota (Sérvia)
- 2015 – 4 vitórias (Sérvia, Sérvia, Austrália e Austrália)
- 2014 – 1 vitória (Polônia) e 3 derrotas (Itália, Itália e Polônia)
Brasil em casa na VNL
- 2024 – 50% de aproveitamento (6/12 pontos) – 2 vitórias (Argentina e Sérvia) e 2 derrotas (Cuba e Itália)
- 2022 – 50% de aproveitamento (6/12 pontos) – 2 vitórias (Austrália e Eslovênia) e 2 derrotas (Estados Unidos e China)
- 2019 – 94% de aproveitamento (17/18 pontos) – 6 vitórias (Bulgária, Alemanha, Rússia, França, Canadá e Itália)
- 2018 – 89% de aproveitamento (8/9 pontos) – 3 vitórias (Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos)
Brasil em casa na Liga Mundial
- 2017 – 75% de aproveitamento (9/12 pontos) – 3 vitórias (Canadá, Rússia e Estados Unidos) e 1 derrota (França)
- 2016 – 100% de aproveitamento (9/9 pontos) – 3 vitórias (Irã, Argentina e Estados Unidos)
- 2015 – 71% de aproveitamento (17/24 pontos) – 5 vitórias (Sérvia, Sérvia, Austrália, Austrália e Itália) e 3 derrotas (Itália, França e Estados Unidos)
- 2014 – 28% de aproveitamento (5/18 pontos) – 2 vitórias (Polônia e Irã) e 4 derrotas (Itália, Itália, Polônia e Irã)
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