Duas tenistas do top 10 já desistiram de Paris-2024
Os Jogos Olímpicos representam o auge para qualquer atleta. Seja pela grandeza do evento ou pelo fato de defender seu país sob os holofotes do mundo inteiro.
No entanto, há quem renuncie ao direito de competir por uma medalha olímpica. É o que está ocorrendo na chave feminina do tênis, que já sofreu duas baixas importantes.
Na última segunda (17), Aryna Sabalenka, número três do mundo, e Ons Jabeur, número dez, alegaram motivos semelhantes para justificar suas ausências em Paris.
Por ora, são casos isolados e mais ligados à competição feminina. Contudo, mostram um movimento que pode ser aderido por outros jogadores até o começo dos Jogos.
As Olimpíadas no calendário
O tênis nos Jogos Olímpicos de Paris será disputado entre os dias 27 de julho e 4 de agosto. Os duelos vão acontecer nas icônicas quadras de saibro de Roland Garros.
É importante situar que as Olimpíadas estão entre dois Grand Slams no calendário. De 1 a 14 de julho, ocorre o torneio de Wimbledon, em Londres, nas quadras de grama.
22 dias após o ciclo olímpico, é a vez do US Open – este em piso duro, de maior impacto. A competição acontece entre 26 de agosto e 8 de setembro nos Estados Unidos.
The Championships 2024.
One thing is for certain – it will be Always Like Never Before ✨#Wimbledon
— Wimbledon (@Wimbledon) June 10, 2024
Os entraves
A belarussa Aryna Sabalenka e a tunisiana Ons Jabeur desistiram das Olimpíadas por questões de saúde, como expressaram em seus respectivos comunicados à imprensa.
Sabalenka, número três do mundo, disse que precisava sacrificar algo em função da saúde e do calendário apertado da WTA. Por isso, optou por deixar Paris de lado.
Quando se fala em saúde, necessariamente se fala dos riscos inerentes às nuances das quadras. A mudança abrupta de um piso para outro é considerada prejudicial aos tenistas.
Além disso, Sabalenka jogaria sob bandeira neutra em Paris-2024. O COI impediu russos e bielorrussos de defenderem seus países como uma forma de repulsa à Guerra da Ucrânia.
“Não vou jogar as Olimpíadas. Nesta fase da minha carreira e principalmente com todas as dificuldades que tive nos últimos meses, tenho que cuidar da minha saúde”, iniciou Sabalenka.
“É demais para o calendário, é ruim ficar mudando de superfície. Prefiro descansar um pouco para ter certeza de que estou fisicamente preparada para as quadras duras”, concluiu.
Do mesmo modo, Ons Jabeur, número dez do mundo, informou que não estará em Paris por recomendação médica. Isso porque a mudança de superfície é um risco ao seu joelho.
“Após consultar minha equipe médica visando os Jogos Olímpicos de Paris 2024, decidimos que a rápida mudança de superfícies poderia colocar o meu joelho e o restante da temporada em risco, então, infelizmente, estou fora das Olimpíadas”, declarou.
— Ons Jabeur (@Ons_Jabeur) June 17, 2024
Outros nomes de fora
Além das tenistas já citadas, outros nomes relevantes não irão a Paris por desejo próprio. São os casos da russa Samsonova, da belga Elise Mertens e da espanhola Paula Badosa.
No masculino, o desfalque de maior destaque é o do russo Andrey Rublev, número seis do mundo, que vetou sua participação em prol da parte física. Ele seria um atleta neutro.
Quem já está garantido que NÃO disputará as Olimpíadas:
🇧🇾Aryna Sabalenka
🇹🇳Ons Jabeur
🇷🇺Liudmila Samsonova
🇧🇪Elise Mertens
🇪🇸Paula Badosa
🇬🇧Emma Raducanu🇷🇺Andrey Rublev
🇺🇸Ben Shelton
🇷🇺Karen Khachanov pic.twitter.com/hSXa9dHfGw— Tênis Além do Óbvio 🎾 (Alemzão) (@AlemTenis) June 17, 2024
Há quem diga o contrário
Iga Swiatek, líder do ranking mundial e recém-campeã de Roland Garros, pensa diferente. Presença confirmada nas Olimpíadas, a polonesa afirmou que não terá problemas.
“Seria mais complicado se fosse ao contrário, ou seja, jogar um tempo na grama, depois no saibro e voltar à grama. Não é um problema para mim jogar na grama em Wimbledon e voltar ao saibro para os Jogos Olímpicos”.
“Acho que em poucos dias me sentirei ótima e com o ritmo adequado para o saibro novamente quando chegar esse momento”, projetou.
Assista também nossos vídeos. Neste aqui, Cassio Zirpoli fala sobre os detalhes das medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris. Confira: