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Tenista Bia Haddad Maia em jogo de Roland Garros 2024
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Divulgação/FFT

Roland Garros: Brasil perde todos os jogos da 1ª fase e tem pior campanha desde 2019

Todos os seis brasileiros na chave de simples foram eliminados ainda na 1ª fase

Vítor Aguiar •
28/05/2024 às 16h01, atualizado há 6 meses
Tempo de leitura: 6 minutos

A participação do Brasil no torneio de Roland Garros terminou muito mais cedo que o esperado. Mesmo com uma participação recorde na França, todos os seis tenistas brasileiros na chave principal de simples foram eliminados logos na 1ª fase e o país se despede do saibro parisiense sem vitórias, como não acontecia desde 2019.

Entre viradas sofridas, jogos fracos, derrotas surpreendentes ou confrontos muito difíceis, Laura Pigossi, Thiago Monteiro, Thiago Wild, Bia Haddad Maia, Gustavo Heide e Felipe Meligeni encerraram a gira de saibro ainda na 1ª rodada de Roland Garros. Para Bia, inclusive, isso vai representar uma grande queda no ranking da WTA, já que ela defendia a semifinal e perdeu 770 pontos com essa eliminação precoce, tendo grandes possibilidades de sair do top-20.

Quem também despenca no ranking com a derrota na estreia é Wild, que tinha furado o quali e garantido uma bela campanha, chegando à 3ª fase. Agora, sem esses pontos, ele já deixa o top-60 e vê otop-70 sob fortes riscos. Do outro lado, Monteiro, Heide e Meligeni, mesmo com a derrota, ganharão posições por causa do desempenho no quali. Agora, a participação do Brasil em Roland Garros segue apenas com as duplas, com jogos já a partir desta terça-feira (28).

As eliminações do Brasil em Roland Garros 2024

A campanha decepcionante começou com uma sinalização muito positiva. Antes do 0% na chave principal, o Brasil teve 100% no quali e conseguiu classificar todos os quatro tenistas que participaram das disputas na semana passada. Assim, o país chegou a seis nomes confirmados, na sua maior presença um Grand Slam desde Roland Garros 1988.

A chave principal de Roland Garros começou no domingo (26) e já largou com uma derrota dura para o Brasil. Laura Pigossi enfrentou a ucraniana Marta Kostyuk (#20) e foi derrotada com parciais de 5/7, 7/6 (4) e 4/6. No último set, ela vencia a parcial por 4/2, quando o jogo foi interrompido pela chuva e só pôde ser retomado 1h30 depois. Nesse meio-tempo, a ucraniana conseguiu colocar a cabeça de volta no jogo e buscou a virada com quatro games seguidos.

E uma história muito parecida aconteceu com Gustavo Heide no dia seguinte. Em seu 1ª Grand Slam da carreira, ele foi superado pelo argentino Sebástian Báez (#20) com parciais de 6/4, 3/6, 1/6, 6/4 e 3/6. O jovem paulista de 22 anos começou melhor no 5º set e abriu 2-0, mas, assim como Pigossi, viu o adversário crescer na reta final, após um jogo instável, e fechar o jogo com seis dos últimos sete games.

Além de Laura e Gustavo, outro nome que fez sua estreia em Roland Garros foi Felipe Meligeni. Aí não houve muito o que fazer. Enfrentando o norueguês Casper Ruud (#7), que vem em ótima fase na carreira e de título no saibro, o brasileiro lutou e respondeu bem nos ralis, mas teve dificuldades frente ao forte saque do top-10, que fechou o jogo em sets seguidos, com parciais de 3/6, 4/6 e 3/6.

Quem também teve um cruzamento complicado foi o #1 do Brasil no ranking, Thiago Wild, que enfrentou o francês Gaël Monfils (#37), que jogou melhor e apesar de oscilar no 2º set, conseguiu fechar o jogo sem maiores sustos, em parciais de 2/6, 6/3, 3/6 e 4/6. Wild ainda segue na Roland Garros para a disputa da chave masculina de duplas, com estreia marcada para esta quarta-feira (29).

Para Thiago Monteiro, o jogo foi um reencontro com o sérvio Miomir Kecmanovic (#57). Há duas semanas, o cearense tinha vencido o europeu na 3ª fase do Masters 1000 de Roma (quanto também venceu Monfils), mas o top-60 buscou a revanche em Roland Garros e superou um brasileiro desgastado pelo alto número de jogos nas últimas semanas, em quatro sets, com parciais de 2/6, 1/6, 6/4 e 7/5.

A maior surpresa, porém, ficou por conta de Beatriz Haddad Maia, que enfrentou a italiana Elisabetta Cocciaretto (#51) e tinha amplo favoritismo, já que tinha recuperado o alto nível nos últimos torneios, chegava como cabeça de chave e defendia a semifinal de Roland Garros em 2023. Mas tudo começou a ruir no 2º set. Falhando no saque e vendo a europeia ganhar confiança ponto a ponto, Bia perdeu de virada, com parciais de 6/3, 4/6 e 1/6.

Melhores campanhas do Brasil por ano em Roland Garros

  • 2024: 1ª rodada (Laura Pigossi, Thiago Monteiro, Thiago Wild, Bia Haddad Maia, Gustavo Heide e Felipe Meligeni)
  • 2023: Semifinal (Bia Haddad Maia)
  • 2022: 2ª rodada (Bia Haddad Maia)
  • 2021: 2ª rodada (Thiago Monteiro)
  • 2020: 3ª rodada (Thiago Monteiro)
  • 2019: 1ª rodada (Thiago Monteiro)
  • 2018: 1ª rodada (Thomaz Bellucci e Rogério Dutra da Silva)
  • 2017: 2ª rodada (Thiago Monteiro, Thomaz Bellucci e Rogério Dutra da Silva)
  • 2016: 2ª rodada (Teliana Pereira)
  • 2015: 2ª rodada (Thomaz Bellucci e Teliana Pereira)
  • 2014: 2ª rodada (Thomaz Bellucci e Teliana Pereira)
  • 2013: 1ª rodada (Rogério Dutra da Silva)
  • 2012: 1ª rodada (João Sousa, Thomaz Bellucci e Rogério Dutra da Silva)
  • 2011: 3ª rodada (Thomaz Bellucci)
  • 2010: 4ª rodada (Thomaz Bellucci)

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