Com uma eliminação precoce em Tóquio, Tati Weston-Webb quer alavancar performance olímpica e alcançar o pódio em Paris 2024, nas ondas de Teahupo’o
A surfista brasileira Tatiana Weston-Webb desembarcou no último domingo (21) em Teahupo’o, no Taiti, onde serão disputadas as provas de surfe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Em meio a uma delegação de seis atletas, a gaúcha de nacionalidade estadunidense é uma das grandes promessas de medalha olímpica para o Brasil.
O Game Arena traz, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre a trajetória de Tatiana Weston-Webb, a influência familiar desde a infância, as principais conquistas da carreira e as expectativas para a disputa no Taiti.
.@tatiwest has announced her decision to represent Brazil moving forward | Tatiana vai representar o Brasil na elite da WSL e em preparação para as olimpiadas de 2020 em Tokyo | Read more: https://t.co/Uiy6HVEV22 pic.twitter.com/IyYiyVnNpJ
— World Surf League (@wsl) April 30, 2018
Família de surfistas
Tatiana é filha de Douglas Weston-Webb, inglês descendente de uma família envolvida com a indústria têxtil, que teve os primeiros contatos com o surfe ainda aos oito anos de idade. Sua mãe, a brasileira Tanira Weston-Webb, foi mais longe e chegou a se tornar bodyboarder profissional, ao lado da irmã Andrea Guimarães. O irmão mais velho de Tatiana, Troy Weston-Webb, também pratica o surfe desde a infância. Em 2020, Tati se casou com o também surfista brasileiro Jessé Mendes.
Principais conquistas
Por influência do irmão mais velho, Tatiana começou a se aventurar no surfe aos oito anos de idade. Cerca de uma década depois, sua performance passou a ganhar destaque em revistas especializadas como Surfline e Surfing. A primeira conquista significativa veio em 2015, quando foi campeã do WSL Qualifying Series e garantiu a vaga no Campeonato Mundial da WSL.
Ainda no mesmo ano, recebeu da WSL o prêmio de “Rookie of the Year”, dedicado a jovens talentos em ascensão no esporte. Encerrou o Campeonato Mundial da WSL 2015 na 7ª colocação geral. No ano seguinte, foi campeã do Vans US Open of Surfing e fechou o Campeonato Mundial da WSL na 4ª posição.
Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, a brasileira faturou o ouro ao vencer a canadense Sanoa Dempfle-Olin com uma pontuação de 12,33, contra 10,13 da adversária. No ISA Games 2024, a surfista ficou com o vice-campeonato, ao ser derrotada pela australiana Sally Fitzgibbons, com uma pontuação de 12,24 contra 13,10 da oponente.
DEU ONDA, DEU OURO 🌊🥇
Tatiana Weston Webb é campeã pan-americana no Surfe!
A brasileira faz 12.33 na final da shortboard e vence a canadense Sanoa Dempfle-Olin.
A TATI ARRASAAAAAAAA 🤩 pic.twitter.com/J800DzqwIN
— Time Brasil (@timebrasil) October 30, 2023
Estreia em Tóquio 2020
A vaga olímpica para os Jogos de Tóquio 2020 foi conquistada em 2019, ao vencer a havaiana Coco Ho e avançar às quartas de final na etapa de Portugal do Circuito Mundial da WSL. Um ano antes, a atleta, que até então representava os Estados Unidos nas competições, resolveu assumir a nacionalidade brasileira em torneios internacionais.
Já na Olimpíada, Tatiana Weston-Webb fez uma primeira rodada impecável, ficando com uma pontuação total de 11,33, a melhor entre as quatro participantes, e avançou direto para a terceira rodada. Foi então que acabou eliminada com uma derrota para a japonesa Amuro Tsuzuki, ficando com uma pontuação de 9,00 contra um 10,33 da adversária.
Final para Tati Weston-Webb! 🇧🇷
Com soma total de 12.83, nossa brasileira chegou na decisão do ISA Games e vai forte pelo título!
Pra cima delas, Tati 🌊🌊
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Expectativa para Paris 2024
Para os Jogos de Paris 2024, a expectativa segue em alta. Na etapa classificatória, Tatiana Weston-Webb foi a primeira a garantir uma vaga olímpica para o surfe brasileiro. O critério para a classificação foi o ranking do Campeonato Mundial da WSL, no qual a surfista ocupa a 5ª colocação. A estreia acontece no próximo sábado (27), quando entra na água ao lado de Caitlin Simmers e Molly Picklum.
Em maio deste ano, Weston-Webb disputou a etapa de Teahupo’o no circuito da WSL e tirou uma nota 10 ao conseguir emplacar um tubo perfeito. “Tô me sentindo bem, eu amo essa onda e me sinto super confortável nela. Mas, claro que essa onda é bem poderosa e também traz muito medo para todo mundo. Tenho que competir da melhor forma pra chegar com chance de disputar uma medalha”, relatou em entrevista ao ge.
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Assista também nossos vídeos. Neste aqui, Cassio Zirpoli fala sobre os detalhes das medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris. Confira: